sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Racha Explosivo Entre Roberto Naves e Amilton Filho Revela Aparelhamento Familiar, Ingratidão Política e Um Projeto de Poder em Colapso

 

Quando um aliado chama o outro de “povo vagabundo” em público, o que está em jogo não é apenas um rompimento político — é o desmoronamento de um sistema de conveniências, cargos e troca de favores que sustentou uma década de poder em Anápolis.

O vídeo divulgado pelo ex-prefeito Roberto Naves (Republicanos) expõe um racha que estava escondido sob a superfície, mas que agora explode com força suficiente para redesenhar o tabuleiro eleitoral da cidade.


E o fio condutor desse rompimento é claro: ingratidão, aparelhamento e disputa interna por controle político.

A frase que detonou a crise: “aquele povo vagabundo”


O estopim se deu quando o deputado estadual Amilton Filho (MDB) — em um discurso oficial, em pleno evento de Natal da cidade — classificou o grupo político ligado a Roberto Naves como “aquele povo vagabundo”.


A declaração foi pública, registrada e amplificada nas redes.

Mas, ao reagir, Roberto Naves não apenas defendeu sua honra. Ele abriu a caixa-preta de uma relação política construída com apoio, proteção e cargos, e destruída pela ambição.


Roberto revela: Amilton só virou deputado e presidente da Câmara graças ao “grupo dos vagabundos”

Na gravação, Roberto Naves recorda — com precisão cirúrgica — quem realmente construiu a carreira política de Amilton Filho:

  • Foi eleito deputado estadual pela primeira vez com o esforço do grupo que agora chama de “vagabundos”
  • Foi eleito presidente da Câmara Municipal com apoio direto do então prefeito
  • Recebeu, segundo o ex-prefeito, estrutura, articulação e espaço político que não teria conquistado sozinho

A fala de Roberto deixa claro o que estava apenas implícito:

Amilton Filho cresceu politicamente dentro de um sistema que agora renega diante do público.

A bomba mais séria: a acusação de aparelhamento familiar na máquina pública

O ponto mais delicado da fala do ex-prefeito — e que transforma a crise em denúncia política grave — é a exposição da suposta acomodação de parentes do deputado dentro da administração pública.


Segundo Roberto:

  • A mãe de Amilton foi colocada na gestão
  • A madrasta ocupou função
  • O marido da atual presidente da Câmara, Andréia Rezende (Avante) — que é irmã do deputado — também foi acomodado

A denúncia articula o que pode configurar:

  • Nepotismo direto e indireto
  • Uso da máquina municipal para fins eleitorais
  • Rede de proteção familiar mantida com recursos públicos

São acusações graves, porque fazem referência a um comportamento recorrente na política local:

a utilização da estrutura pública como balcão de acomodação para garantir fidelidade e perpetuação de poder.


O rompimento revela algo maior: um projeto político que implode por dentro

A troca de acusações não é apenas um desentendimento moral. Ela escancara:

  • Uma disputa interna por protagonismo
  • A insatisfação de quem se sentiu “maior que o grupo”
  • A deslealdade de quem cresceu politicamente e agora tenta se desvincular da base que o criou
  • O medo de perda de controle sobre o grupo político de Anápolis

Em outras palavras:

Roberto Naves e Amilton Filho travam uma guerra pela narrativa e pelo futuro do poder na cidade.

A pergunta que ecoa após o vídeo: quem realmente tem medo de quem?

Quando Roberto detalha, nome por nome, os familiares e aliados de Amilton inseridos na administração municipal, ele faz mais do que responder uma ofensa. Ele atinge o coração do discurso moralista do deputado, que agora precisará explicar:

  • Se havia ou não favorecimento pessoal
  • Se usou sua influência para acomodar parentes
  • Por que atacou publicamente o mesmo grupo que o elevou ao poder

A fala do ex-prefeito desmonta a imagem de integridade que o deputado tenta construir e o coloca no centro de uma disputa que pode comprometer seu capital político para 2026.

Conclusão opinativa — estilo Blog do Cleuber Carlos

O racha entre Roberto Naves e Amilton Filho não é apenas uma briga entre aliados.

É a revelação de um modelo de gestão política baseado em troca de favores, dependência estrutural e vínculos familiares escondidos atrás da liturgia do cargo.

O que implodiu em Anápolis não foi uma aliança — foi um pacto de conveniência.


E quando o sistema que sustenta um grupo se rompe, sobra apenas a verdade crua:

👉 não existem vagabundos, existem revelações inconvenientes.

👉 não existe moralidade, existe medo de perder o controle.

👉 não existe ingratidão que fique oculta quando o poder muda de mãos.

A guerra está aberta.

E, como sempre ocorre na política goiana, não vence quem fala mais alto — vence quem tem menos a esconder.


Nenhum comentário: