Eu cobri o Goiás por mais de dez anos.
Vi esse clube conquistar Goiás, Centro-Oeste e respeito no cenário nacional.
Vi o Goiás enfrentar gigantes do futebol brasileiro de igual para igual.
Vi o Goiás chegar, disputar, incomodar, crescer.
Vi o Goiás representar.
Por isso, ler que o Goiás Sub-20 atribuiu sua derrota ao estado do gramado do Estádio Eurípedes da Silva Nolasco não causa revolta.
Causa tristeza.
Sim, o gramado era ruim. Muito ruim.
Mas ele estava ruim para os dois lados.
O Atlético Pontalinense não jogou no Maracanã.
Jogou no mesmo chão esburacado.
E ganhou.
A diferença que não existe mais
Estamos falando de um clube com mais de 60 anos de estrutura,
multicampeão de base,
campeão regional,
revelador de talentos,
e que já sustentou times que enfrentaram Flamengo, Corinthians, São Paulo, Santos e Grêmio de peito aberto.
E hoje, o Goiás, com toda a sua história, centro de treinamento, investimento, departamento médico, psicologia, nutrição, logística, categoria de base estruturada,
perde para um time debutante e tenta justificar a derrota no gramado.
Isso não é futebol.
Isso é uma fotografia exata da decadência.
O Goiás de hoje é o retrato da sua administração
O que se vê em campo é o resultado do que se faz fora dele:
- Planejamento raso
- Contratações duvidosas
- Interesses de grupos internos
- Treinadores que vêm e vão sem protagonismo
- Jogadores que vestem a camisa sem sentir o peso dela
- Uma diretoria perdida, que administra patrimônio, mas não administra futebol
O Goiás, hoje, é um clube que não sabe quem é.
E quando um time esquece quem é, qualquer adversário vira montanha.
Clube grande não reclama do chão — pisa nele e vence. E quando é vencido não coloca a culpa no Gramado, mostra grandeza e reconhecer os méritos do oponente. Porque quem é grande de verdade, não chora diante de uma derrota, colocando culpa no
Campo de Batalha. Esse argumento quem utiliza são os fracassados e covardes.
Eu já vi o Goiás ganhar em campo ruim, em campo molhado, em campo duro, em sintético, em altitude, em estádio hostil, em arquibancada lotada contra.
Porque o Goiás era Goiás.
E um clube grande vence pela imposição da sua camisa, da sua história, da sua hierarquia, do seu respeito.
Hoje, o Goiás perde e procura desculpa.
Isso é o mais grave.
Opinião
Se colocassem esse jogo na terra batida do Jardim Guanabara da década de 90,
o Goiás, de verdade, ganhava de olhos fechados. Por que naquela época o Goiás tinha jogador de verdade. Jogador que fadava o sangue pelo time e não jogador Sanguessuga como é hoje. Gigolôs de empresários e filhos de mãe de misse dirigentes incompetentes que respaldam essa atitude de fracassados. É triste ver no que o que o Goiás se transformou na mãos dessa gente que está por trás administrando o Goiás. Na minha época o Goiás tinha dirigente que colocava a cara a tapa. Era dirigente de verdade. Jogadores de verdade e um time vencedor.
O problema nunca foi o gramado.
O problema é que o Goiás diminuiu.
Diminuiu futebol.
Diminuiu ambição.
Diminuiu respeito.
Diminuiu tamanho.
Diminui de
Competência.
E enquanto a diretoria briga por influência interna, o clube vai virando aquilo que sempre prometeu nunca ser:
E se o Goiás aceitar ser comum,
aí sim — o pior já aconteceu.
Cleuber Carlos
Crônica, memória e verdade.

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