domingo, 9 de novembro de 2025

O GOIÁS ENCOLHEU — E O CAMPO RUIM NÃO É DESCULPA


Eu cobri o Goiás por mais de dez anos.

Vi esse clube conquistar Goiás, Centro-Oeste e respeito no cenário nacional.

Vi o Goiás enfrentar gigantes do futebol brasileiro de igual para igual.

Vi o Goiás chegar, disputar, incomodar, crescer.

Vi o Goiás representar.

Por isso, ler que o Goiás Sub-20 atribuiu sua derrota ao estado do gramado do Estádio Eurípedes da Silva Nolasco não causa revolta.

Causa tristeza.

Sim, o gramado era ruim. Muito ruim.

Mas ele estava ruim para os dois lados.

O Atlético Pontalinense não jogou no Maracanã.

Jogou no mesmo chão esburacado.

E ganhou.

A diferença que não existe mais

Estamos falando de um clube com mais de 60 anos de estrutura,

multicampeão de base,

campeão regional,

revelador de talentos,

e que já sustentou times que enfrentaram Flamengo, Corinthians, São Paulo, Santos e Grêmio de peito aberto.

E hoje, o Goiás, com toda a sua história, centro de treinamento, investimento, departamento médico, psicologia, nutrição, logística, categoria de base estruturada,

perde para um time debutante e tenta justificar a derrota no gramado.


Isso não é futebol.

Isso é uma fotografia exata da decadência.

O Goiás de hoje é o retrato da sua administração

O que se vê em campo é o resultado do que se faz fora dele:


  • Planejamento raso
  • Contratações duvidosas
  • Interesses de grupos internos
  • Treinadores que vêm e vão sem protagonismo
  • Jogadores que vestem a camisa sem sentir o peso dela
  • Uma diretoria perdida, que administra patrimônio, mas não administra futebol

O Goiás, hoje, é um clube que não sabe quem é.

E quando um time esquece quem é, qualquer adversário vira montanha.

Clube grande não reclama do chão — pisa nele e vence. E quando é vencido não coloca a culpa no Gramado, mostra grandeza e reconhecer os méritos do oponente. Porque quem é grande de verdade, não chora diante de uma derrota, colocando culpa no

Campo de Batalha. Esse argumento quem utiliza são os fracassados e covardes.

Eu já vi o Goiás ganhar em campo ruim, em campo molhado, em campo duro, em sintético, em altitude, em estádio hostil, em arquibancada lotada contra.

Porque o Goiás era Goiás.

E um clube grande vence pela imposição da sua camisa, da sua história, da sua hierarquia, do seu respeito.

Hoje, o Goiás perde e procura desculpa.

Isso é o mais grave.


Opinião


Se colocassem esse jogo na terra batida do Jardim Guanabara da década de 90,

o Goiás, de verdade, ganhava de olhos fechados. Por que naquela época o Goiás tinha jogador de verdade. Jogador que fadava o sangue pelo time e não jogador Sanguessuga como é hoje. Gigolôs de empresários e filhos de mãe de misse dirigentes incompetentes que respaldam essa atitude de fracassados. É triste ver no que o que o Goiás se transformou na mãos dessa gente que está por trás administrando o Goiás. Na minha época o Goiás tinha dirigente que colocava a cara a tapa. Era dirigente de verdade. Jogadores de verdade e um time vencedor. 

O problema nunca foi o gramado.

O problema é que o Goiás diminuiu.

Diminuiu futebol.

Diminuiu ambição.

Diminuiu respeito.

Diminuiu tamanho.

Diminui de

Competência.


E enquanto a diretoria briga por influência interna, o clube vai virando aquilo que sempre prometeu nunca ser:


E se o Goiás aceitar ser comum,

aí sim — o pior já aconteceu.


Cleuber Carlos

Crônica, memória e verdade.


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