quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

A Represa da Vergonha: Obra Ilegal, Risco de Colapso e o Enriquecimento de Cassim”

A verdade que ninguém em Mossâmedes quer dizer em voz alta está finalmente exposta: a obra ilegal, perigosa e devastadora no lago municipal tem um responsável direto — e o nome dele é Cassim.


Enquanto o Ministério Público age agora, a origem do problema remonta ao período em que Cassim comandava o município e tratava pessoalmente da construção da represa, uma obra feita com dinheiro público, em propriedades particulares, sem licenciamento ambiental válido e com uma sequência de decisões que desafiam a lógica, a lei e o interesse público.

Foi ele — e somente ele — quem:

  • autorizou, negociou e conduziu a execução da obra,
  • tratou diretamente com as empresas envolvidas,
  • permitiu a supressão ilegal de 3,4 hectares de vegetação nativa,
  • deixou falhas estruturais gravíssimas na barragem, hoje apontadas como risco concreto de colapso,
  • e, enquanto tudo isso acontecia, via seu patrimônio explodir de forma incompatível com a realidade de um prefeito do interior.

Um prefeito sem patrimônio que “virou fazendeiro” durante a gestão


Cassim assumiu a Prefeitura de Mossâmedes sem posses relevantes, sem histórico de patrimônio expressivo e com uma vida financeira modesta.

Mas saiu dela milionário.

Durante seu mandato, adquiriu fazenda, ampliou bens e triplicou o próprio patrimônio, numa velocidade que qualquer cidadão minimamente atento sabe que não acontece por acaso. Não quando, no mesmo período, obras irregulares são tocadas com recursos públicos sem transparência e sem licenciamento.

A matemática não fecha.

A coincidência não convence.

E o silêncio não explica.

A obra que nasceu ilegal e quase terminou em tragédia

Segundo o Ministério Público, o empreendimento foi construído em imóveis particulares, com uso de recursos públicos, sem licenciamento ambiental da SEMAD e com destruição de área de preservação permanente.

A investigação identificou:

  • supressão ilegal de vegetação nativa em APP,
  • falhas estruturais sérias na barragem,
  • risco real de colapso no período chuvoso,
  • dano ambiental expressivo,
  • tudo isso bancado com o dinheiro do povo de Mossâmedes.

E o mais grave:

toda essa obra pertence ao legado direto do ex-prefeito Cassim.

Não há como atribuir responsabilidades ao atual gestor por algo concebido, contratado e executado integralmente na gestão anterior, sob comando político e administrativo exclusivo do ex-prefeito.

A Justiça confirma a gravidade


A decisão judicial, provocada pelo MPGO, confirmou a dimensão do problema. O juiz determinou:

  1. paralisação imediata de qualquer ato que continue a obra ou gere novos danos, sob multa de R$ 10 mil;
  2. averbação da existência da ação nas matrículas de todos os imóveis particulares envolvidos.

Ou seja: a Justiça reconhece que a obra, além de ilegal, pode gerar prejuízo permanente ao meio ambiente e risco à população.

E essa obra tem dono: Cassim.

O escândalo que precisa ser chamado pelo nome


Mossâmedes vive hoje o resultado de uma obra feita:

  • fora da lei,
  • fora do licenciamento,
  • fora de qualquer padrão técnico,
  • mas dentro de um esquema político que transformou um prefeito sem patrimônio em um fazendeiro milionário.

A conta chegou — e está chegando pelas mãos do Ministério Público e da Justiça.

Mas a responsabilidade não pode ser distorcida.

Essa obra não é herança administrativa.

É resultado direto de decisões pessoais do ex-prefeito Cassim.

E agora, diante do risco real para a cidade, para o meio ambiente e para o erário, Mossâmedes precisa fazer a pergunta que ficou anos engasgada:

Quem enriqueceu com essa barragem?

E por que o povo de Mossâmedes é que está pagando a conta?



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