terça-feira, 25 de novembro de 2025

Justiça Determina Prisão de Carlinhos Cachoeira

A novela jurídica envolvendo Carlos Augusto de Almeida Ramos, o célebre e controverso Carlinhos Cachoeira, ganhou um novo capítulo — e desta vez, um dos mais incômodos para o personagem que já protagonizou alguns dos escândalos mais emblemáticos da história recente de Goiás.

A Justiça da 6ª Vara de Família de Goiânia determinou a prisão civil de Cachoeira pelo não pagamento de pensão alimentícia à ex-mulher, Andressa Mendonça, acumulando uma dívida que chega a impressionantes R$ 1,175 milhão.

Sim.

Mais de um milhão de reais em pensão atrasada.

E por mais que pareça surreal, esse valor é apenas mais um item na longa lista de imbróglios jurídicos de Cachoeira.

O que diz a defesa

O advogado Arthur Paulino, que representa Cachoeira, afirmou que:

  • ainda não houve cumprimento do mandado,
  • Cachoeira estaria em Goiânia,
  • e se diz à disposição para se apresentar.

Uma declaração que, na prática, tenta transmitir serenidade para um caso que está longe de ser simples.

Segundo o advogado, o cliente buscava um acordo referente ao atraso de três parcelas da pensão, que totalizariam — segundo ele — algo equivalente a 120 salários mínimos.

O acordo?

Foi rejeitado pela Justiça.

Com isso, a prisão civil segue de pé e pode ocorrer a qualquer momento, com duração prevista de 70 dias.

O peso simbólico desse mandado

Carlinhos Cachoeira não é uma figura qualquer no imaginário político e criminal de Goiás.

É um personagem que, ao longo de décadas, transitou entre:

  • escândalos de corrupção,
  • operações federais,
  • condenações,
  • delações,
  • e articulações de bastidores.

Ver seu nome novamente associado a um mandado de prisão, ainda que por pensão alimentícia, reforça uma narrativa que nunca deixou de cercá-lo: a de alguém que está sempre orbitando as fronteiras do sistema legal.

E mais uma vez, é o Judiciário quem bate à porta.

A prisão civil: dura, legal e irrefutável

A prisão civil por dívida de pensão alimentícia não é uma punição criminal — é um mecanismo de coerção previsto em lei para pressionar o devedor a quitar a dívida.

A lógica é simples: não pagou, não justificou, não negociou — vai preso.


E não há foro privilegiado, sobrenome famoso, passado midiático ou histórico político que amenize isso.


Cachoeira entra agora numa fila de devedores alimentares que precisam resolver o problema para evitar o cárcere.


E no caso dele, o valor não é pequeno.

E a paciência da Justiça, muito menos.

O silêncio de Andressa Mendonça

Até o momento, a ex-esposa não foi localizada pela imprensa para comentar o caso.

E esse silêncio diz muito.

Andressa, que foi figura constante nos noticiários ao longo da turbulenta trajetória do ex-marido, hoje parece preferir a discrição — enquanto a Justiça faz o que precisa ser feito.


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