A novela jurídica envolvendo Carlos Augusto de Almeida Ramos, o célebre e controverso Carlinhos Cachoeira, ganhou um novo capítulo — e desta vez, um dos mais incômodos para o personagem que já protagonizou alguns dos escândalos mais emblemáticos da história recente de Goiás.
A Justiça da 6ª Vara de Família de Goiânia determinou a prisão civil de Cachoeira pelo não pagamento de pensão alimentícia à ex-mulher, Andressa Mendonça, acumulando uma dívida que chega a impressionantes R$ 1,175 milhão.
Sim.
Mais de um milhão de reais em pensão atrasada.
E por mais que pareça surreal, esse valor é apenas mais um item na longa lista de imbróglios jurídicos de Cachoeira.
O que diz a defesa
O advogado Arthur Paulino, que representa Cachoeira, afirmou que:
- ainda não houve cumprimento do mandado,
- Cachoeira estaria em Goiânia,
- e se diz à disposição para se apresentar.
Uma declaração que, na prática, tenta transmitir serenidade para um caso que está longe de ser simples.
Segundo o advogado, o cliente buscava um acordo referente ao atraso de três parcelas da pensão, que totalizariam — segundo ele — algo equivalente a 120 salários mínimos.
O acordo?
Foi rejeitado pela Justiça.
Com isso, a prisão civil segue de pé e pode ocorrer a qualquer momento, com duração prevista de 70 dias.
O peso simbólico desse mandado
Carlinhos Cachoeira não é uma figura qualquer no imaginário político e criminal de Goiás.
É um personagem que, ao longo de décadas, transitou entre:
- escândalos de corrupção,
- operações federais,
- condenações,
- delações,
- e articulações de bastidores.
Ver seu nome novamente associado a um mandado de prisão, ainda que por pensão alimentícia, reforça uma narrativa que nunca deixou de cercá-lo: a de alguém que está sempre orbitando as fronteiras do sistema legal.
E mais uma vez, é o Judiciário quem bate à porta.
A prisão civil: dura, legal e irrefutável
A prisão civil por dívida de pensão alimentícia não é uma punição criminal — é um mecanismo de coerção previsto em lei para pressionar o devedor a quitar a dívida.
A lógica é simples: não pagou, não justificou, não negociou — vai preso.
E não há foro privilegiado, sobrenome famoso, passado midiático ou histórico político que amenize isso.
Cachoeira entra agora numa fila de devedores alimentares que precisam resolver o problema para evitar o cárcere.
E no caso dele, o valor não é pequeno.
E a paciência da Justiça, muito menos.
O silêncio de Andressa Mendonça
Até o momento, a ex-esposa não foi localizada pela imprensa para comentar o caso.
E esse silêncio diz muito.
Andressa, que foi figura constante nos noticiários ao longo da turbulenta trajetória do ex-marido, hoje parece preferir a discrição — enquanto a Justiça faz o que precisa ser feito.
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