terça-feira, 19 de abril de 2016

Governador Marconi Perillo Amplia Parceria Com ACCG e Libera R$ 9,6 Milhões Para Araújo Jorge


Governador reconhece importância do trabalho do hospital, ao qual pretende continuar ajudando até o fim de seu governo, em 2018

Marconi se diz solidário com os hospitais em relação aos valores pagos pelo SUS e promete levar ao Fórum de Governadores proposta de atualização dos valores

Pelo convênio, o Araújo Jorge vai cuidar do fracionamento, diluição e infusão de medicamentos oncológicos oferecidos pelo Juarez Barbosa, com mais segurança, eficiência e economia


O governador Marconi Perillo assinou, na manhã de hoje, convênio com Associação de Combate ao Câncer de Goiás (ACCG), ao liberar de R$ 9,6 milhões para o Hospital Araújo Jorge, em 12 parcelas mensais de R$ 800 mil. A assinatura do documento marcou a posse da nova da diretoria – presidida por Paulo Moacir de Oliveira Campoli –, e do Conselho Fiscal, em substituição à Diretoria Interventora, que assumiu a gestão de 2012 a 2016, por determinação judicial.
Pelo convênio, o Araújo Jorge dará uma contrapartida de R$ 200 mil, na prestação de serviços de fracionamento, diluição e infusão de remédios oncológicos do Centro de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa. Segundo o secretário estadual de Saúde, Leonardo Viela, o Araújo Jorge é a melhor unidade do Centro-Oeste nesse tipo de serviço, e vai garantir uma administração segura. Como resultado, além da infusão diária mínima em 20 pacientes, a unidade vai evitar a perda de medicamentos fracionados, com grande economia para o Estado.

Este é o segundo convênio fechado com a ACCG pela administração de Marconi Perillo desde 2012, quando foi iniciada a reestruturação da associação, com a destituição judicial da diretoria anterior. Naquela época, Marconi liberou à instituição R$ 6,2 milhões, em 12 parcelas de 520 mil.

Aceleradores lineares - Após assinar o convênio, Marconi informou, em discurso, sua intenção de manter a parceria com a instituição, e que vai ajudar pelo menos na instalação de aceleradores lineares que estão depositados no Porto Seco de Anápolis. Acelerador linear é um aparelho de radioterapia, e tem como função emitir a radiação utilizada em diversos tratamentos contra o câncer. As radiações emitidas por ele são raios x de alta energia ou elétrons acelerados (partícula beta).
O governador ressaltou que a decisão do Governo de Goiás pelo fechamento do convênio foi voluntária, motivada exclusivamente pela consciência da importância do Hospital Araújo Jorge. E lembrou as diversas visitas à unidade já saneada, feitas por ele, o secretário Leonardo Vilela e a presidente da OVG, a primeira-dama Valéria Perillo, também presente no evento.

Ou seja, o convênio é mais uma prova de sua confiança no trabalho social do hospital, que recebe pessoas de todas as partes do País, sobretudo do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. E elogiou a eficiência da diretoria anterior, ao tirar a ACCG de um déficit de mais de R$ 74 milhões. Sobretudo porque as tabelas do SUS estão há muito tempo defasadas. Citou, por exemplo, o valor de uma diária de leito de UTI, que hoje é de R$ 478. “Se os Estados não ajudarem, essas instituições morrem à míngua”, desabafou.
Fórum de governadores - Preocupado com essa disparidade, disse que vai defender, junto aos governadores integrantes do Fórum do Brasil Central, uma atualização dos valores pagos pelo SUS aos hospitais brasileiros. Mas ressaltou que o momento de crise não colabora. O próprio convênio com a ACCG é quase exceção, na atual conjuntura. Tanto que já pediu à Secretaria Estadual de Saúde a elaboração de nova regulamentação, com critérios ainda mais rigorosos, para a realização de futuras parcerias.

No entanto, em virtude do trabalho realizado no hospital, “lugar de esperança para desesperados”, Marconi garantiu que vai continuar ajudando “até o fim de nosso governo, em 2018”. E disse que sai muito feliz do evento, juntamente com Valéria, por colaborar com uma causa tão justa e humanitária.

Pela segunda vez, Marconi elogiou o trabalho dos funcionários e, principalmente, dos voluntários do hospital. “O que vocês fazem é muito nobre, sem esperar retribuição, com amor e carinho”, disse. Antes, já havia citado o apóstolo Paulo, sobre as três grandes virtudes do cristão, quais sejam: a fé, o amor e a caridade. “O trabalho de vocês é a junção disso tudo, ao levar carinho a quem precisa.”


Impeachment reflete vontade da esmagadora maioria dos goianos

Logo após a cerimônia de assinatura de convênio com a Associação Goiana de Combate ao Câncer, o governador Marconi Perillo falou com os jornalistas sobre a aprovação, na Câmara dos Deputados, domingo passado, do prosseguimento do impeachment da Presidente Dilma Rousseff. Lembrou que sempre evitou falar sobre o tema, por não ser parlamentar e não participar do processo de votação. "Eu não voto, não é decisão minha”, explicou.

Disse também que o resultado representa a vontade da população de todo o País. “Acho que o resultado reflete também a vontade da imensa e esmagadora maioria dos goianos”, afirmou, ao ressaltar que os votos da bancada de apoio ao governo estadual foram todos favoráveis ao impeachment.

Para Marconi, o processo que deve ir para o Senado no próximo domingo é reflexo da inquietude da população em relação ao governo federal, à crise econômica e à corrupção no Brasil. "Percebemos que a população brasileira está inquieta e cansada com a crise econômica, política e moral instalada no Brasil. A decisão da Câmara foi uma resposta a essa inquietude e ansiedade dos brasileiros", avaliou.

Opinião pública - Com base em sua experiência de parlamentar, disse que a opinião pública e as redes sociais têm hoje grande influência nas decisões parlamentares e que, dessa forma, acha que o processo no Senado deverá ter o mesmo destino que o obtido na Câmara.

Questionado sobre o futuro, o governador salientou que defende, há muito tempo, uma reforma política, que acabe com as coligações proporcionais, com a grande quantidade de partidos, e que tenha uma agenda clara quanto ao financiamento público de campanha e a criminalização do Caixa 2.

Afirmou que, caso um novo governo assuma, serão necessárias mudanças imediatas na máquina pública, como a redução de ministérios, de cargos públicos, bem como a montagem de uma equipe de alto nível para retomar o crescimento no Brasil.

Sobre um eventual governo Temer, Marconi disse ainda que terá a responsabilidade de fazer uma administração de transição que dê suporte para que o País volte a crescer. "Se Temer assumir a presidência, deve anunciar na primeira hora que não será candidato a mais nada, e que terá como objetivo fazer a transição e levar o Brasil a um porto seguro”, sugeriu. “Essas são premissas fundamentais para que possamos ter uma administração com credibilidade, que retome a esperança, que tenha uma agenda econômica capaz de dar a volta no desemprego e na inflação. E que o Brasil volte a ser de fato a grande nação que ele deve ser." 

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