A Petrobras informou no início da noite desta quinta-feira que reajustará o preço de venda da gasolina em 3% e o do diesel em 5% nas refinarias, a partir da zero hora desta sexta-feira. Em comunicado ao mercado, a estatal informou que "os preços da gasolina e do diesel sobre os quais incide o reajuste anunciado não incluem os tributos federais Cide e PIS/Cofins e o tributo estadual ICMS".
O aumento, que era amplamente esperado pelo mercado, é considerado pequeno frente às necessidades da estatal e às perdas acumuladas no ano. Embora deva dar algum alívio para o caixa da estatal, a alta dos preços deve pressionar a inflação, que já está rondando acima do teto da meta do governo em doze meses. Uma analista avalia que, contudo, o impacto será limitado. "O impacto do aumento da gasolina no IPCA não deve ser muito alto. Aumento de 3% é na refinaria, mas na bomba será menos, então diminui a pressão", afirmou Flavio Serrano, economista sênior do Espírito Santo Investment Bank. "Com esse aumento da gasolina, o IPCA deve fechar novembro com inflação em torno de 0,6%", acrescentou.
O reajuste certamente vai refletir nas bombas de gasolina, uma vez que o governo não anunciou nenhuma compensação tributária simultaneamente, como fez em outras ocasiões. O índice de reajuste da gasolina para o consumidor final deve ser menor, pois a gasolina dos postos tem mistura de 25% de etanol anidro, mais barato que o combustível fóssil.
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