domingo, 28 de setembro de 2014

Adversários intensificam ataques, mas não conseguem abalar campanha de Marconi

 A campanha de ataques movida contra o governador Marconi Perillo (PSDB) pelos candidatos a governador Iris Rezende (PMDB), Vanderlan Cardoso (PSB) e Antônio Gomide (PT) se revelou um grande fiasco e está desidratando os números dos três postulantes nas pesquisas de intenção de voto. Pelo menos é isso o que expressam os últimos levantamentos dos institutos Grupom, Fortiori, Serpes, Veritá e Ibope, que registraram queda de Iris, Vanderlan e Gomide. Marconi, que faz campanha propositiva, cresceu e consolidou a liderança na corrida eleitoral, com possibilidade de vitória ainda no primeiro turno. 

Mas o que estaria dando errado nas estratégias dos candidatos de oposição? A resposta é simples, segundo a opinião geral de especialistas em eleição e cientistas políticos: está faltando conteúdo às campanhas dos oposicionistas. Iris, Vanderlan e Gomide não conseguem chegar como alternativas viáveis a Marconi, não apresentam propostas e suas críticas soam como ataques desesperados de fúria ao primeiro lugar nas pesquisas. Ou seja, a oposição está perdida e, a poucos dias das eleições, demonstra total falta de rumo, apostando unicamente nos ataques. 

O mais prejudicado pela falta de calibragem do discurso é o peemedebista Iris Rezende, cuja imagem raivosa está afastando até mesmo os seus eleitores cativos. O visual agressivo do candidato do PMDB na propaganda do horário gratuito de TV não só está empurrando Iris para baixo nas pesquisas como pode, inclusive, estar comprometendo definitivamente o desempenho político até mesmo das candidaturas proporcionais da sua coligação. Ronaldo Caiado, candidato ao Senado, percebeu a tempo que poderia ser arrastado para o buraco com Iris e amenizou o discurso em relação a Marconi. 

Vanderlan Cardoso também não encontrou o ponto de equilíbrio para criticar Marconi e atrair a simpatia dos eleitores. O discurso técnico e monotemático do candidato do PSB não empolgou. Para piorar, acabou pagando o pato pela manobra da campanha de Iris, que fez ataques com cenas de Carlinhos Cachoeira na TV como se fosse dentro do programa de Vanderlan. Com isso, ficou parecendo ao eleitor que o socialista estava batendo no governador por não conseguir se impor no debate de ideias.

Antônio Gomide, por seu turno, adotou tom belicoso, mas sem alcançar efeito algum. Caiu na pesquisa e, segundo o Ibope, foi ultrapassado até pelo candidato nanico do PSOL. Desconhecido do eleitorado e tendo como referência sua gestão à frente da Prefeitura de Anápolis, o candidato do PT partiu para o ataque contra Marconi com o discurso de que o tucano está há 16 anos poder e o seu projeto teria se exaurido, mas se esqueceu que tem telhado de vidro. Seu partido também está há 12 anos no Governo Federal, sem contar o envolvimento de petistas no escândalo do mensalão.

A fúria contra Marconi até agora não rendeu nada para Iris, Vanderlan e Gomide. Pelo contrário, tirou preciosos pontos de cada um deles nas pesquisas, o que pode fazer muito falta quando os votos forem apurados e a vitória de Marconi no primeiro turno deixar de ser uma possibilidade para tornar pesadelo para a oposição. 

Regra de ouro
Um dos profissionais de marketing político mais requisitado do Brasil, o publicitário baiano Duda Mendonça cunhou uma máxima que virou lei nas campanhas eleitorais: "Quem bate, perde". Duda defende a tese de que as pessoas comuns não estão interessadas nas rusgas dos políticos e tendem a votar em quem lhes passa segurança, equilíbrio e serenidade. Daí, o tom das campanhas deve ser propositivo, com ideias concretas para melhorar a vida dos cidadãos. "O marketing deve o da construção e não o da destruição", pontifica o manqueteiro, que trabalhou para Iris Rezende no segundo turno da fracassada campanha do PMDB em 1998.

Pode até ser coincidência, mas a regra de Duda Mendonça está confirmada na totalidade em Goiás. Os três candidatos de oposição a Marconi Perillo experimentaram queda depois que passaram a fustigar o tucano. Iris Rezende, Vanderlan Cardoso e Antônio Gomide perdem pontos a cada ataque e já não sabem mais o que fazer para reverter o quadro de vantagem do adversário comum a todos eles. Um coisa, porém, é certa: não será batendo em Marconi que vão crescer eleitoralmente.



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