A partida entre Flamengo e Goiás, no dia 5 de junho de 2010, válida pelo Campeonato Brasileiro não traz boas recordações para Bruno. Além de ter falhado em um dos gols do adversário e ter saído de campo com a derrota, o confronto foi o último do goleiro antes de ser preso, acusado de ser o mandante do sequestro e morte de Eliza Samudio.
Ao mesmo tempo que a partida aflora esta ingrata lembrança, Bruno pode se orgulhar de ter conquistado um grande amigo naquele dia: Rodrigo Calaça, goleiro do Goiás naquele jogo, soube da prisão dele e passou a ser uma espécie de anjo da guarda.
- Vi na imprensa a prisão dele, não acreditei. Não o conhecia, mas sempre trocávamos camisas, já que eu era fã dele. Procurei a Ingrid (noiva de Bruno) e passei a ajudar no que ele precisa. Já mandei luvas, bolas, chuteiras para ele manter a forma na prisão. Pelo menos uma vez por ano eu vou visitá-lo no presídio. Virei um grande amigo dele - revelou o goleiro.
Calaça, que jogou nesta temporada pela Portuguesa, revelou ainda a sua revolta com os jogadores do Flamengo que viraram as coisas para o amigo:
- Esses jogadores não poderiam ter virado as costas para ele. Enquanto o Bruno era o cara, servia. Agora que está preso é um bandido que não vale nada? Não pode ser assim, ele não merecia isso.
BATE BOLA
Rodrigo Calaça
Goleiro da Portuguesa
Você acredita na inocência do Bruno?
Eu acredito. Acho que quem deve julgar é a Justiça, mas eu acho ele inocente, ele é inocente. Mesmo que não for, ele é um ser humano e acho que todo ser humano está sujeito a errar.
Sofreu preconceito de outros jogadores por estar ajudando o Bruno, um presidiário?
No começo eu tinha medo de admitir que eu estava ajudando ele. Afinal, é um presidiário acusado de ter mandando matar uma pessoa. Mas depois os jogadores da Portuguesa começaram a dizer que queriam ajudar também. Fiquei mais aliviado com essa força que eu recebi dos companheiros.
Lancenet
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