Senador Álvaro Dias mostra planilha com repasses do governo federal para a Delta Construções (Foto: George Gianni) |
O governador Marconi Perillo (PSDB) ganhou reforço da cúpula nacional do partido em relação às acusações de sua suposta ligação com Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (17/7), parte da executiva nacional acusou o PT de partir para cima do governador goiano para tirar o foco do julgamento do mensalão, programado para ter início dia 2 de agosto.
"Não tem investigação na CPMI. O objetivo é criar uma cortina de fumaça para esconder o óbvio. Em 30 dias, petistas vão ser investigados por formação de quadrilha depois de 7 anos por causa do mensalão", atacou o presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra (PE), na sala da Liderança do PSDB no Senado.
Guerra também classificou as acusações do PT de "fraudulentas" e "equivocadas". "Não venham para cima dele com investigações furadas que não vão nos atingir". O apoio da cúpula tucana é uma resposta à ação do PT e da oposição em reconvocar o governador goiano para a CPMI.
O senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP) protocolou requerimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional solicitando novo depoimento de Marconi. O pedido ganhou corpo depois de a revista Época divulgar relatório em que a Polícia Federal (PF) afirma que o governador teria recebido R$ 500 mil de propina da empresa Delta Construções pela venda de uma casa no condomínio Alphaville Ipê, em Goiânia, onde Cachoeira foi preso.
Voltando a artilharia para cima do PT, Guerra mostrou planilha mostrando a quantidade de recursos repassados pelo governo federal para a Delta. Principal empreiteira do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) do governo federal, a empreiteira, regionalmente, é considerada pela PF como o braço financeiro de Cachoeira.
"Um terço de tudo que o Estado pagou à empresa foi no período eleitoral. No segundo semestre de 2010, R$ 180 milhões para Delta", afirmou o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), sobre a quantidade de recursos repassados pelos governo do Rio de Janeiro durante a gestão de Sérgio Cabral (PMDB). O governo do Rio de Janeiro responde por grande parte de pagamentos feitos à Delta.
Fazendo um balanço dos primeiros 90 dias de trabalho na CPMI, o PSDB acusou o PT de blindar Cabral e o ex-presidente nacional da Delta Fernando Cavendish. Integrante da comissão, o deputado federal Carlos Sampaio (SP) comparou a quantidade de pessoas convocadas relacionadas a Marconi e ao governo federal. "Foram ouvidas 52% das testemunhas ligadas ao governador Marconi e 19% das pessoas ligadas à organização criminosa. O que o PT pretende é direcionar a CPMI para o governador Marconi tirando a Delta do foco."
Fonte: A Redação
Fonte: A Redação
Um comentário:
Cabral não foi blindado, nem protegido. Apenas ficou de fora desse escândalo todo porque não há nenhuma prova de seu envolvimento. Não adianta tentar acusá-lo. Está mais do que claro que ele não tem nada a ver com isso. Melhor se preocupar com quem está, de fato, envolvido.
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