sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Atlético é líder do ranking de cartões.

Se na classificação do Campeonato Brasileiro o Atlético está em 18º lugar, com 17 pontos, em outro quesito o Dragão está disparado na liderança da competição: cartões. São 79 recebidos nas 20 partidas que disputou. O Grêmio, 2º no ranking da indisciplina, recebeu 67 cartões, enquanto o Vasco, equipe que menos foi advertida, tinha recebido 38 até antes do jogo de ontem contra o Atlético (MG).
A quantidade excessiva de cartões dificulta a situação do rubronegro, que sofre com as constantes mudanças na formação por conta das suspensões. Para o jogo de amanhã, às 18h30, no Serra Dourada, contra o Fluminense, o Dragão não terá Diguinho, Pituca e Victor Ferraz, que receberam o terceiro amarelo. Pelo mesmo motivo, quarta-feira, contra o Grêmio, o rubronegro não teve William e Elias, artilheiro do Brasileirão ao lado de Bruno César, do Corinthians - ambos com 9 gols. Da mesma forma, Ramalho e Daniel Marques não atuaram contra o Vitória, domingo. Márcio, Pedro Paulo e Erandir, pendurados, podem se tornar as próximas baixas.
Com uma média de quase quatro (veja quadro) cartões recebidos por jogo no Brasileirão, a impressão é de que ou o Atlético é um time violento ou indisciplinado a ponto de receber muitas advertências por reclamação com a arbitragem. Para o volante Ramalho, que atuou contra o Grêmio, após cumprir suspensão diante do Vitória, a equipe não é maldosa, mas muitas vezes tem de matar as jogadas para evitar gols e contra-ataques.
O goleiro Márcio acredita em indisciplina como consequência da ansiedade que a equipe vinha tendo antes da chegada do técnico René Simões. "Pela situação na tabela (zona de rebaixamento),alguns momentos. A gente tomou muitos cartões por reclamação", ressalta.
Para atletas, ansiedade já passou
Os jogadores do Atlético garantem que o período da alta ansiedade já passou, mas, nos oito jogos em que técnico René Simões comandou o Dragão até agora, a equipe recebeu 28 cartões amarelos (3,5 por partida).
Para o zagueiro Daniel Marques, o Atlético "nunca vai ser beneficiado pela arbitragem, porque é tido com uma das equipes que voltarão para a 2ª Divisão". "A gente sabe que vai ser sempre contra nós", diz.
Mas para René, a explicação para tantos cartões está no mau posicionamento da equipe. "Quando os jogadores estão mal posicionados, afastados uns dos outros, chegam atrasados nas jogadas e vão tomar cartões. Dois cartões por jogo não é mal. Mais do que isso é demais", pondera.
O volante Agenor acredita que o número alto de cartões se dá pela soma dos fatores citados por René e seus companheiros de time. "É o peso da camisa. Contra o São Paulo, por exemplo, o árbitro nos deu cartões que não daria contra o time da casa. Muitas vezes, marcamos jogadores de qualidade e temos de matar a jogada", afirma. "No começo (do Brasileiro), não havia uma compactação da equipe e muitas vezes levamos cartões por termos chegado atrasados e matado as jogadas. Alguns jogadores ficavam sobrecarregados na marcação", salienta Agenor.

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