sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Bomba: Solicitado Ao Ministério Público Investigação e Bloqueio de Bens do Prefeito de São Miguel e Presidente da Câmara Municipal

ESCÂNDALO EM SÃO MIGUEL DO ARAGUAIA: REPRESENTAÇÃO AO MP-GO PEDE INVESTIGAÇÃO SOBRE CONTRATOS, FAVORECIMENTOS E ENTREGA DE ESCOLA A FACULDADE LIGADA À FAMÍLIA DO PREFEITO, emendas parlamentares usadas de formas casadas com adesões  de atas e realização de shows com Irregularidades diversas.

Uma denúncia robusta, protocolada pelo jornalista Cleuber Carlos, aponta um conjunto de irregularidades que pode configurar o maior esquema de favorecimento político e dano ao erário da história recente de São Miguel do Araguaia.

A representação detalha suspeitas que envolvem:

📌 1. Saúde: Instituto Alcance (IAGS) e a Pró-Saúde

– repasses milionários sem transparência;

– cirurgias não realizadas;

– autocontratação do médico Marcelo Coleta;

– vínculos ocultos entre OS e fornecedor;

– ausência de relatórios e auditoria.


📌 2. Conflito de interesses no coração da Prefeitura

– a servidora Kamilla Pedrosa atua em licitações enquanto seu pai fornece caminhões à empresa contratada W.B. Barreto;

– indícios de nepotismo cruzado, quebra de impessoalidade e favorecimento deliberado.

📌 3. Escola Municipal Faria cedida à UNISMA


Esse é um dos capítulos mais graves, mais escandalosos e mais completos da denúncia: a entrega da Escola Municipal Faria para uso privado da UNISMA, empresa ligada à família do prefeito — e a participação decisiva do Presidente da Câmara, João Batista Garcia Costa, na aprovação de uma lei formalmente ilegal, materialmente inconstitucional e politicamente imoral.

Prepare-se: esta parte é longa, contundente, detalhada e demolidora.

🚨 **PARTE 5 — O ESCÂNDALO DA ESCOLA MUNICIPAL FARIA ENTREGUE À UNISMA

E O PAPEL DO PRESIDENTE DA CÂMARA NA APROVAÇÃO DA LEI 1.224/2025**

O ATO DE PATRIMONIALISMO FAMILIAR MAIS CLARO DA HISTÓRIA DE SÃO MIGUEL DO ARAGUAIA


**V – DA ENTREGA DO PATRIMÔNIO PÚBLICO À FAMÍLIA DO PREFEITO:

A “DOAÇÃO DISFARÇADA” DA ESCOLA MUNICIPAL FARIA À UNISMA**

Este núcleo expõe, com o máximo de precisão jurídica, o caso mais escandaloso desta gestão: a cessão integral de um prédio público municipal para uma empresa privada de um parente do prefeito, sem licitação, sem contrapartida, sem avaliação, sem estudo técnico e com aprovação legislativa inconstitucional, comandada pelo Presidente da Câmara.

1. A Lei Municipal nº 1.224/2025: um instrumento criado sob medida

A lei foi aprovada de forma:

apressada,

silenciosa,

sem debate,

sem parecer jurídico,

sem estudo técnico,

sem avaliação patrimonial,

sem licitação,

e com quórum insuficiente.

A lei autoriza:

👉 A cessão da Escola Municipal Faria para uso exclusivo da UNISMA – Faculdade São Miguel do Araguaia Ltda.


por:

10 anos,

prorrogáveis por mais 10,

sem pagamento de aluguel,

sem contrapartida financeira,

sem estudo de impacto,

sem justificativa adequada.

2. A UNISMA é empresa privada ligada ao irmão do prefeito

A UNISMA possui sócios diretamente ligados à família do prefeito Jeronymo José de Siqueira Neto.

Ou seja:

👉 o prefeito enviou para a Câmara um projeto que beneficia sua própria família.

👉 o prefeito usou o patrimônio público para fortalecer uma empresa privada do seu círculo familiar.

Isso não é parceria.

Isso não é política pública.

Isso é patrimonialismo clássico.

3. A cronologia da aprovação é um roteiro de ilegalidades

A aprovação na Câmara ocorreu em duas sessões extraordinárias:

realizadas no mesmo dia,

com 30 minutos de intervalo,

sem convocação formal adequada,

sem tramitação regular,

sem disponibilização prévia dos documentos aos vereadores.

A votação registrou:

❗ Apenas 5 votos a favor, quando a Lei Orgânica exige 6 votos (maioria absoluta) para aprovação de lei que trata de patrimônio público.

4. A lei é formalmente nula por vício insanável

Conforme a Lei Orgânica de São Miguel do Araguaia:

✔️ a cessão de bens públicos exige MAIORIA ABSOLUTA

✔️ maioria absoluta = 6 votos

❌ a lei foi aprovada com apenas 5

❌ portanto, a lei é nula de pleno direito

Não se trata de mero erro procedimental.

É violação direta ao processo legislativo, que gera inconstitucionalidade formal.


5. A lei também é materialmente inconstitucional

A Constituição (art. 37) exige:

moralidade

legalidade

impessoalidade

eficiência

probidade administrativa

Mas a lei aprovada:

❌ entrega patrimônio público a empresa privada de parente do prefeito

❌ sem licitação

❌ sem estudo técnico

❌ sem contrapartida

❌ sem justificativa pública

❌ com benefício econômico privado evidente

É uma afronta à moralidade administrativa.

6. O papel decisivo do Presidente da Câmara João Batista Garcia Costa

João Batista Garcia Costa foi peça central neste esquema.


Ele:

colocou o projeto em votação sem debate,

conduziu duas sessões extraordinárias no mesmo dia,

ignorou a exigência de 6 votos,

proclamou a aprovação com quórum insuficiente,

deixou de exigir parecer jurídico,

não solicitou avaliação patrimonial da escola,

não provocou a Comissão de Constituição e Justiça,

não abriu consulta pública,

e agiu com evidente conivência com o prefeito.

Sua responsabilidade é direta e incontornável.

7. O conteúdo da cessão: uma entrega total e irrestritas

A Escola Municipal Faria foi cedida com:

salas de aula

mobiliário

laboratório de informática

pátio coberto

secretarias

sala de professores

equipamentos adquiridos com verba da educação

toda a estrutura física

E a UNISMA, em contrapartida, oferece:

Nada.

Nenhuma:

reforma necessária,

contrapartida financeira,

plano pedagógico,

cronograma de devolução,

compartilhamento de espaço,

abertura à comunidade.

A única “compensação” mencionada é:

“servidores poderão utilizar as instalações quando possível.”

Isso é um insulto à inteligência pública.

8. Este é um caso escandaloso de patrimonialismo

Quando uma família política usa o Estado como se fosse sua fazenda, o nome técnico é:

PATRIMONIALISMO

Quando um prefeito entrega uma escola pública para uma empresa do irmão, o nome técnico é:

IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

Quando o presidente da Câmara aprova isso sem quórum, o nome técnico é:


VIOLAÇÃO DO PROCESSO LEGISLATIVO

Quando o contrato não tem licitação, o nome é:

ILEGALIDADE

Quando não há contrapartida, o nome é:

LESÃO AO ERÁRIO

Quando há benefício econômico a familiar, o nome é:

NEPOTISMO INDIRETO

9. A lei é tão grave que viola até princípios implícitos


A situação configura violação a:

princípio da finalidade

proibição de favorecimento

probidade

lealdade institucional

segregação de funções

supremacia do interesse público

vedação da promoção familiar por meio do Estado

E mais: gerou apreensão e indignação social, pois a comunidade escolar não foi sequer informada ou consultada.

10. Responsabilidades individuais neste núcleo

Prefeito Jeronymo Siqueira

é autor do projeto,

beneficiário direto,

responsável pela remessa à Câmara,

responsável por ocultar contrapartidas,

responsável por violar moralidade,

responsável por dano ao erário.


Presidente da Câmara João Batista Garcia Costa

é responsável por conduzir votação irregular,

por declarar aprovada lei ilegal,

por omissão diante de conflito de interesses,

por permitir lesão ao patrimônio público,

por participar da manobra legislativa.

Demais vereadores que votaram a favor

respondem por violação à Lei Orgânica,

por votar projeto que beneficia família do prefeito,

por dano ao erário,

por conivência com irregularidades.

UNISMA – Faculdade São Miguel do Araguaia

é beneficiária direta,

recebeu patrimônio público de forma irregular,

deve responder solidariamente.

11. Conclusão jurídica do núcleo UNISMA

A cessão da Escola Municipal Faria configura, em tese:

✔️ Improbidade administrativa (Lei 8.429/1992 – arts. 9, 10 e 11)

✔️ Crime de responsabilidade (Decreto-Lei 201/67 – art. 4º, VII e VIII)

✔️ Violação da Lei Orgânica Municipal

✔️ Violação da Constituição Federal (art. 37)

✔️ Violação da Lei de Licitações (Lei 14.133/2021)

✔️ Dano ao erário

✔️ Nepotismo indireto

✔️ Ilegalidade e nulidade absoluta da Lei 1.224/2025


A lei que passou a escola pública para a faculdade ligada ao irmão do prefeito é classificada como:

– inconstitucional (quórum insuficiente),

– ilegal (violação da Lei Orgânica),

– imoral (benefício direto a familiar).

O presidente da Câmara, João Batista Garcia Costa, é apontado por omissão grave.

📌 4. O escândalo das lousas digitais (R$ 6,6 milhões)

O município aderiu a uma ata da empresa G Atlanticus Ltda para comprar 70 painéis digitais por quase R$ 95 mil cada, enquanto o mercado pratica valores entre R$ 30 e R$ 40 mil.

O risco de dano ao erário ultrapassa R$ 4 milhões.

📌 5. Consultorias e escritórios contratados por dispensa

Contratos repetidos, sobrepostos e sem resultado mensurável.

Nos bastidores, fala-se em “cabide de contratos” para blindar decisões.

📌 6. FMAS usado para festas

O Fundo Municipal de Assistência Social — que deveria atender famílias em vulnerabilidade — foi usado para contratar estrutura de Páscoa, via empresa recém-aberta.

Um claro desvio de finalidade.

📌 7. Empresas recém-criadas recebendo contratos imediatos

Casos como a TM Soluções, aberta e contratada em 48 horas, reforçam a suspeita de direcionamento.

          8 - Carna Araguaia - Existem varia irregularidades apontar a realização do Carna Araguaia em Luiz Alves. A prefeitura anunciou gasto de 50 mil reais mais o custo total foi de mais 1.200.00 reais, com valores a descobertos que só serão quitados depois de emendas parlamentares destinadas para a saúde e de manobras contábeis para pagamento dos shows. O envolvimento direto do secretário de turismo e do empresário Werlan que também está na denúncia a ser protocolada ainda nesta sexta feira.

🧨 Os pedidos ao Ministério Público incluem:

  • instauração de Inquérito Civil e Criminal;
  • suspensão imediata dos contratos suspeitos;
  • auditoria completa na Saúde, Educação e Assistência Social;
  • bloqueio de bens do prefeito, secretários e empresários envolvidos;
  • afastamento de servidores estratégicos;
  • anulação da lei que entregou a escola pública à UNISMA.

📣 Conclusão

A denúncia aponta um esquema multifacetado, que inclui:


  • favorecimento familiar,
  • contratos superfaturados,
  • consultorias duvidosas,
  • desvio de verbas sociais,
  • omissão legislativa,
  • uso político da máquina pública.

Caso o MP-GO confirme os indícios, São Miguel do Araguaia poderá enfrentar um dos maiores processos de responsabilização administrativa e criminal de sua história.

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