A Polícia Civil prendeu nesta tarde o homem suspeito de ter estuprado duas adolescentes (uma de 11 anos e outra de 12) em Rio Verde. Cristiano Silva de Macena é major da Polícia Militar, e até então comandante da Companhia de Patrulhamento Especializado (CPE) da cidade. A prisão aconteceu na casa dele.
O crime aconteceu na noite de terça-feira (22). De acordo com a Polícia Civil (PC), um homem encapuzado pulou o muro da casa onde as adolescentes moravam, amarrou a avó e levou as meninas para um outro imóvel, onde o estupro teria acontecido. Em seguida, elas foram deixadas perto de uma escola.
De acordo com informações o suspeito estava na camionete dele, de cor marrom quando praticou o crime. Quando entrou no bairro Vila Verde a placa estava adulterada com fita crepe. No entanto, as imagens de câmeras de circuito de segurança mostram a mesma camionete saindo com a placa verdadeira, já sem a fita. As investigações apontavam que apenas duas camionetes entraram e saíram do bairro. O veículo está no nome da mulher do PM. Os relatos das adolescentes foram fundamentais para ajudar a esclarecer o caso. Tanto as vitimas, quanto a avó das meninas reconheceram as características do suspeito.
De acordo com informações ele usou um tambor para pular o muro da casa. Do lado de dentro tinha um vidro na parede, próximo a fechadura e foi por lá que ela abriu a porta e entrou na casa.
As investigações apontam que ele pode ter premeditado o crime, pois já tinha ido a esta casa no início do ano em uma operação relacionada a carros, onde a tia delas estava envolvida.
As adolescentes contaram que foram levadas dentro do carro para uma casa que tinha poucos móveis, possivelmente esta casa seja uma daquelas usadas por oficiais militares, próximo ao Corpo de Bombeiros, já que o PM estava se organizando para mudar para lá.
Após o abuso ele teria perguntado as meninas onde queria que as deixassem, elas responderam que na escola pois saberiam voltar para casa. Como ele não sabia encontrar o lugar deixou as duas próximo a outra escola na Morada do Sol.
O PM se mudou para Rio Verde há pouco mais de um ano e já pode ter tido relacionamento com adolescentes de 13 anos em Goiânia, onde morava.
Atencedentes criminais do Major Macena
Cristiano Macenas foi denunciado pelo ministério público de ter torturado e matado Célio Roberto Ferreira de Sousa. O crime ocorreu por volta das 22h de 11 de fevereiro de 2008, na Borracharia Serra Dourada, no Setor Jardim Goiás. Cristiano foi denunciado pelo MP de tortura e ocultação de cadáver.
Conforme o documento, a namorada de Sousa e uma testemunha estão vivas. Já os outros dois agredidos na borracharia, Deusimar Alves Monteiro e Almiro Martins Miranda, foram mortos em ocasiões distintas.
Miranda foi executado em 2011 em um espetinho próximo à borracharia. Já Monteiro foi morto na cidade de Tucumã, no Pará, três dias antes de prestar depoimento sobre a agressão na borracharia.
Apesar de citar as mortes, não há detalhes nem conclusões do MPF sobre as circunstâncias das mortes das testemunhas. Porém, consta o seguinte trecho do relatório da PF: "Fica claro, portanto, que, assim como Almiro, a vítima Deusimar foi executada para que não falasse sobre o que havia ocorrido na abordagem policial à Borracharia Serra Dourada em 11/02/2008. É certo afirmar que Deusimar foi para o Estado do Pará para escapar dos policiais militares que procuravam matá-lo, o que acabou se concretizando antes que pudesse prestar depoimento sobre o que viveu e presenciou".
O major Cristiano Macena já está detido na carceragem da Polícia Militar, em Goiânia. Ele foi preso ontem acusado de sequestrar e estuprar duas menores de idade, em Rio Verde.
Veja abaixo a nota da PM:
“O Comando Geral da Polícia Militar do Estado de Goiás informa que está preso na carceragem da Academia da Polícia Militar, em Goiânia, o Policial Militar suspeito de ter cometido o crime de estupro na cidade de Rio Verde, região sudoeste do Estado. A corporação destaca que está colaborando com as investigações e a denúncia está sendo apurada com mais absoluto rigor. A Polícia Militar do Estado de Goiás reitera o compromisso com a garantia da Segurança Pública da sociedade goiana e não corrobora com nenhuma ação praticada por qualquer integrante da Instituição que esteja em desencontro com a ética, a moral e os limites da lei”
2 comentários:
Se o mesmo tiver cometido o crime, este deve ser punido de forma mais que exemplar. Não é porque guarda a farda da Policia Militar, que não pode vir a ser um bandido.
Temos casos recentes no Rio de Janeiro em que um Coronel foi preso em flagrante delito por estupro e outro em Goiás, envolvido com o crime organizado.
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