No próximo dia 19/10 estarei participando de mais uma audiência no tribunal regional do trabalho onde corre uma ação minha contra a rádio 730 que ainda não pagou meus direitos trabalhistas de 12 anos de casa inclusive fgts. minha demissão aconteceu em março de 2010 por determinação de jorcelino braga ex-secretário da fazenda e dono da emissora á pedido de um dirigente vendedor de carro. durante mais de dois anos fui censurado e cerceado dentro da emissora. muitas da matéria publicadas neste blog foram censuradas na emissora. para relembrarmos segue abaixo texto publicado por mim no blog da própria rádio 730 em 01/11/2009 onde sem poder dizer o que queria retratava o momento através de parábolas.
Em um lugar perdido no mapa, mas conhecido por todos, existia um reino onde as crianças viviam brincando cheias de vida e alegria.
Um menino se destacava entre todos os outros por sua coragem, espírito de aventura e ousadia. Não tinha limites e andava por onde queria. Muitos no entanto, não apreciavam estas qualidades e estavam aborrecidos com o menino. Suas atitudes estavam contagiando as outras crianças que achavam bonito este modo de ser e já o estavam copiando.
Um dia o rei mandou prender o menino no campo de futebol onde as crianças brincavam, bem no meio do gramado fincou um poste para acabar com a brincadeira das crianças, arrumou uma corrente de aproximadamente 2 metros e amarrou o menino para que todos visse e assim serviria de exemplo para que outros não tentasse mais nenhuma ousadia.
Desse modo, de repente, o mundo tão amplo que o menino tinha foi reduzido a exatamente onde a corrente lhe permitia chegar. Ali, brincando, comendo, dormindo, estabeleceu sua vida. Dia após dia acontecia o mesmo. De tanto andar nesse círculo, a grama que era verde foi desaparecendo e ficou somente a terra.
Era interessante ver delineado um círculo perfeito em volta dele. Do lado de fora, onde o menino não podia chegar, a grama verde do lado de dentro só terra. Depois de um tempo o rei se compadeceu do menino, pois, ele que era tão inquieto e audacioso, havia se tornado uma pacata figura. Então cortou a corrente que o prendia pelo pé e o deixou solto. Agora estava livre, o horizonte seria o limite, poderia ir onde quisesse.
Mas estranhamente, o menino mesmo solto, não ultrapassava o limite que ele próprio havia feito. Só brincava e andava dentro do círculo, seu limite imaginário. Olhava para o lado de fora mas não tinha coragem suficiente para se “aventurar” a ir até lá. Preferiu ficar do lado conhecido. Com o passar do tempo, envelheceu e ali morreu. Quem sabe esta história traga a memória a vida de alguém conhecido. Nasce livre, tendo somente seus desejos como limite, mas as pressões do dia-a-dia fazem com que aos poucos seus pés fiquem presos a um chão que se torna habitual pela rotina.
Olha para além do limite, que ele mesmo cria, com grande desejo e alimentando fantasias a respeito do que lá possa haver. Mas não tem a coragem para sair e enfrentar o que é desconhecido. Diz: “Sempre se fez assim, para que mudar? Ou meu avô, meu pai sempre fizeram assim, como eu iria mudar agora? Há pessoas que enfrentam crises violentas em suas vidas, sem a coragem de ir à frente e tentar algo novo que seja capaz de tirá-las daquela situação. Admiram quem têm a ousadia de recomeçar, porém, eles próprios, queixando-se e lamentando-se, buscam algum culpado e vão ficando no lugar, dentro do limite o qual só existe na sua imaginação.
O importante da vida não é ir onde determinaram que você vá, mas sim criar seus próprios limites, pois como a vida termina todos sabemos, mas como viver é você que decide. Nunca limite sua vida pelo desejo dos outros. Construa seu próprio caminho sempre de forma diferente, por que no final será seu caminho percorrido que vai dizer se sua vida valeu á pena.
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