sábado, 30 de agosto de 2025

AparecidaPrev no olho do furacão: empresa investigada, presidente sem certificação e risco às aposentadorias

Márcia Tinoco assume o instituto sob suspeitas, mantém contrato emergencial com empresa investigada em Goiânia e coloca Aparecida em situação irregular no sistema previdenciário nacional


Sob a promessa de moralizar a gestão, a nova presidente do Instituto de Previdência dos Servidores de Aparecida de Goiânia (AparecidaPrev), Márcia Tinoco da Silva, assumiu o cargo já cercada de polêmicas. Sua primeira decisão foi contratar, em caráter emergencial, a empresa responsável pela folha de pagamento do GoiâniaPrev — hoje investigada por fraudes envolvendo aposentados da capital.


O contrato foi firmado sem licitação, sob justificativa de urgência administrativa, reacendendo o debate sobre o uso recorrente de dispensas questionáveis e o risco de direcionamento na gestão de recursos públicos. Para especialistas em gestão pública, a dispensa levanta suspeitas de burla à concorrência e fragiliza o controle externo.


O caso se torna ainda mais grave quando se descobre que a nova presidente não possui a certificação obrigatória exigida em lei federal para comandar o instituto previdenciário. Sem essa qualificação mínima, a nomeação afronta diretamente a legislação previdenciária e compromete a credibilidade da gestão.


O resultado foi imediato: desde 31 de julho de 2025, Aparecida de Goiânia está em situação de irregularidade junto ao Ministério da Previdência, o que impede o município de firmar convênios, receber repasses e captar novos recursos. Na prática, significa colocar em risco a sustentabilidade do fundo dos servidores e a segurança das aposentadorias.


Para sindicatos e aposentados, a escolha da empresa investigada e a ausência de certificação da presidente representam um grave retrocesso. A gestão da AparecidaPrev, que deveria ser pautada pela transparência e rigor técnico, se vê mergulhada em dúvidas, desconfiança e denúncias.


O silêncio de Márcia Tinoco, que até agora não se manifestou publicamente, apenas reforça a percepção de improvisação política e desrespeito institucional. Um erro que pode custar caro aos servidores, aos aposentados e ao próprio município.


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