terça-feira, 14 de setembro de 2010
Rivais criam duelo na arquibancada.
Mesmo em divisões diferentes do Campeonato Brasileiro, Goiás e Vila Nova levam para o Serra Dourada a rivalidade histórica entre as duas equipes nesta semana, quando fazem jogos em casa. O desafio, que é saudável, está voltado para a arquibancada. Qual dos dois clubes levará mais público ao estádio: o alviverde, que joga contra o Botafogo, amanhã, às 19h30, ou o colorado, que recebe o Guaratinguetá, na sexta-feira, às 21 horas?
O momento dos dois clubes é parecido: ambos lutam contra o rebaixamento em suas séries e dão ao torcedor a perspectiva de que podem reagir. Na Séria A, o Goiás está na lanterna há seis rodadas, mas vem de uma vitória em casa (3 a 1 em cima do Guarani) e um empate sem gols fora (com o Inter). Na B, a situação é melhor ainda: o colorado está invicto há seis rodadas e goleou fora de seus domínios na última partida - bateu o Icasa por 4 a 1 -, o que o tirou da zona de degola.
Além disso, Goiás e Vila Nova mantêm a promoção da última partida em casa. O alviverde continua a adotar os valores de 15 reais (arquibancada) e 30 reais (cadeira) - a venda já começou. O colorado sorteia moto ou carro entre os torcedores que comprarem ingresso antecipado - a venda deve começar hoje - e mantém o preço único (15 reais) para qualquer setor.
O desafio esquenta dias depois de o presidente do Goiás, Hailé Pinheiro, afirmar que o Vila Nova é exemplo para o clube esmeraldino. Ele chegou a dizer que gostaria que a torcida alviverde fosse vibrante como a colorada. A razão para a afirmação foi o público de mais de 13 mil pagantes que o clube vilanovense levou ao Serra contra a Portuguesa (vitória por 2 a 1).
Em outras ocasiões, Hailé já havia se manifestado como "admirador" da torcida vilanovense e suas declarações sempre geraram descontentamento nos esmeraldinos. Resta saber se os torcedores do Goiás responderão indo ao campo amanhã para apoiar o time ou não.
Nas estatísticas da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o Goiás tem média e total de público cerca de 50% maior do que o Vila Nova, mas no ranking dentro de cada série, o alviverde só ganha do Grêmio Prudente, enquanto o colorado é o 8º melhor. Em dez jogos, o Goiás levou 67.114 torcedores ao Serra (média de 6.711). O Vila Nova teve 34.149 torcedores em suas dez partidas em Goiânia (média de 3.415).
Não faz muita diferença, mas a CBF não computa para o clube esmeraldino parte do público de 5.213 pagantes do clássico contra o Atlético, na 5ª rodada da Série A, em que o rubronegro foi mandante.
Os números referentes à torcida na Série A é reflexo do momento dos goianos. Entre os dez piores públicos na competição, cinco foram no Serra Dourada. Foram três jogos do Goiás (contra Prudente, Guarani e Ceará) e dois do Atlético (contra Vitória e Guarani), que também está na zona de rebaixamento.
Na disputa entre Goiás e Vila Nova, os dirigentes não querem polemizar. Pelo lado do Goiás, além de um público grande, a vontade é de que a torcida seja maioria contra o Botafogo. Neste ano, quando enfrentou São Paulo, Vasco e Fluminense, o alviverde viu boa parte da arquibancada tomada pelos rivais.
INGRESSOS
Goiás e Vila Nova jogam no Serra Dourada nesta semana
GOIÁS X BOTAFOGO Quarta-feira, às 19h30 Valor:R$ 15,00 arquibancada R$ 30,00 cadeira VILA NOVA X GUARATINGUETÁ Sexta-feira, às 21horas Valor:R$ 15,00 em qualquer setor
Goiás não contrata e pode até dispensar
A 14 dias do fim das inscrições no Campeonato Brasileiro, o Goiás tem dificuldades financeiras para contratar e, com um elenco de 27 jogadores, pode até ter baixas, já que a diretoria estuda dispensas de jogadores com altos salários e que não têm atuado. O time precisa de um atacante e dois meios-de-campo e busca na Série B possíveis reforços. Mas a disponibilidade de jogadores não é tão grande.
É diante desse cenário que o garoto Manoel, de 19 anos, passa a fazer parte do grupo. Ele ainda não entrou em campo, mas já ficou no banco de reservas duas vezes (contra Corinthians e Guarani). O atacante, que nasceu em São Paulo, mas tem família em Minas Gerais, aguarda uma chance mesmo em meio ao mau momento da equipe, que está na lanterna do Brasileirão.
"Estou preparado. Poderia ser aqui ou em qualquer outro time. Quero entrar nos jogos, mas já estar no banco e no grupo já é bom. É o objetivo de qualquer jogador", disse Manoel, que está no Goiás desde o início de 2009 - começou no Itaúna (MG) e passou um ano no sub-18 do Santos treinando com Neymar, André, Ganso e companhia, turma que explodiu no time paulista neste ano.
Fã do marfinense Drogba (atacante do Chelsea), Manoel pode ajudar o Goiás com sua força e velocidade. "Gosto de jogar lá na frente trombando com os marcadores, mas fico me movimentando e buscando jogo nas beiradas", descreve, reconhecendo a dificuldade no cabeceio já exposta pelo técnico Jorginho. Com o outro Jorginho (hoje na Ponte Preta), o garoto chegou a treinar por quatro dias no profissional do Goiás.
Manoel foi visto num dos jogos-treino que o time profissional do alviverde tem feito contra a equipe sub-20 do clube. É uma estratégia de Jorginho para observar jogadores que não atuam muito e os garotos da base.
Suspensos Para a partida contra o Botafogo, amanhã, às 19h30, Ernando e Romerito estão suspensos. Para a zaga, as opções são Augusto e Rafael Toloi, que estava fazendo trabalho separado de recondicionamento físico, mas pode voltar. No meio-de-campo, Amaral e Rithely são os favoritos para a posição de Romerito.
O Goiás conhece hoje seu adversário nas oitavas-de-final da Sul-Americana. Peñarol (URU) e Barcelona (EQU) se enfrentam hoje. No primeiro jogo, o time uruguaio venceu por 1 a 0.
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