sexta-feira, 3 de setembro de 2010

PC GUSMÃO INVICTO NO BRASILEIRÃO


Se não perder neste sábado (4), o técnico Paulo César Gusmão vai alcançar a maior invencibilidade de um treinador em uma edição de Campeonato Brasileiro na era dos pontos corridos. Muricy Ramalho, comandando o São Paulo, permaneceu invicto durante as 18 últimas rodadas da competição em 2008, na arrancada para o tricampeonato (2006-2007-2008), desbancando a própria marca de 16 partidas sem derrota pelo tricolor paulista em 2007, que dividia com Cuca, na impressionante recuperação do Goiás, que, em 2003, saiu da lanterna para uma das vagas para a Libertadores. Se naquele ano, Muricy parou no Flamengo de Joel Santana, na temporada seguinte só foi interrompido pelo fim do Brasileirão. PC já está imbatível a 17 jogos, 10 com o Vasco.

Quis o destino que ironicamente o comandante da nau vascaína conquistasse esse feito histórico, ou fracassasse, justamente diante do Ceará, a quem ajudou a retornar à série A e que sob seu comando dividiu a liderança com o Corinthians antes da parada para a Copa do Mundo. Entusiasmado, PC acredita estar num grande momento:

“É bacana, acredito estar vivendo um dos melhores, senão o melhor momento da minha carreira de treinador, nesta campanha dos pontos corridos”. Gusmão, no entanto, não está satisfeito: “Trocaria isto tudo pela liderança, para ver o Vasco brigando pelo título”.

O meio-campo Carlos Alberto considera que chegar ao recorde histórico será importante para enaltecer o trabalho dos jogadores e demais integrantes da comissão técnica:

“O futebol é uma unidade, se o Vasco está a tanto tempo sem perder também deve ao preparador físico, ao Carlos Germano (preparador de goleiros), ao empenho de todos, o único esporte onde se ganha sozinho é o tênis”.

Todavia, mesmo que o Vasco vença o Ceará, a campanha de Muricy Ramalho será melhor, com 12 vitórias, contra nove de Paulo César Gusmão, 5 pelo Vovô. E é bom PC abrir o olho: o técnico líder do Brasileirão 2010 já está a 15 partidas invicto, a última derrota foi para o Corinthians, no Pacaembu, pela 3ª rodada. Um tropeço cruzmaltino e Muricy, agora no tricolor carioca, pode repetir 2008 e superar o próprio recorde nos pontos corridos. Consideradas as 40 edições de Campeonatos Brasileiros, desde 1971, o rei da invencibilidade é Ênio Andrade, comandante do impecável Internacional campeão em 1979, com 23 jogos, sendo 16 vitórias e 7 empates.

Confira abaixo 11 das maiores invencibilidades dos técnicos em uma edição do Brasileiro desde 2003:

18 Jogos - Muricy Ramalho (São Paulo), 2008
17 Jogos - PC Gusmão (Ceará, Vasco), 2010 **até a 18ª rodada
16 Jogos - Muricy Ramalho (São Paulo), 2007 *14 vitórias
16 Jogos - Levir Culpi (Atlético-PR), 2004 *12 vitórias
16 Jogos - Cuca (Goiás), 2003 *8 vitórias
15 Jogos - Muricy Ramalho (Fluminense), 2010 **até a 18ª rodada
13 Jogos - Muricy Ramalho (São Paulo), 2006
12 Jogos - Muricy Ramalho (Internacional), 2005
11 Jogos - Celso Roth (Grêmio), 2008 *8 vitórias
11 Jogos - Ney Franco (Botafogo), 2008 *8 vitórias
11 Jogos - Cuca (Fluminense), 2009 *7 vitórias

VILA VENCE SÃO CAETANO E PASSA LANTERNA



Depois de empatar com o Sport fora de casa e, em Goiânia, vencer Bragantino e Náutico, o Vila Nova mostrou que ainda está vivo na Série B do Campeonato Brasileiro. Hoje, às 21 horas, diante do São Caetano, no Estádio Anacleto Campanella, tem a oportunidade de passar adiante a lanterna da competição. Mas, para isso, tem de vencer o Azulão e torcer para que Ipatinga e América (MG) percam seus jogos, respectivamente para Icasa e Brasiliense.
Ainda na última colocação, com 14 pontos, o Vila Nova fecha o 1º turno no ABC paulista. Mesmo sabendo das dificuldades de enfrentar o adversário em seus domínios, o elenco colorado embarcou para São Paulo confiante em mais um bom resultado pelo desempenho que apresentou nas três últimas partidas.
"Não podemos deixar a peteca cair. Precisamos continuar pontuando. Para isso estou procurando fazer uns ajustes no time e corrigindo alguns erros", disse o técnico Ademir Fonseca. Na verdade, ele faz uma única alteração em relação equipe que venceu o Náutico, terça-feira. Jorge Henrique, recuperado de pancada na perna, entra em lugar de Thiago Fernandes, que curiosamente nem foi relacionado para o jogo em São Caetano do Sul.
Como o zagueiro Mimica não se recuperou de contusão, o treinador preferiu manter o esquema 4-4-2, que vem dando certo. "Desde o empate com o Sport que o ambiente no clube melhorou", afirmou o volante Juninho. E, após o pagamento (terça-feira) da folha salarial que estava em atraso, a tendência é que as coisas melhorem em campo.
O atacante Bruno Lopes não marcou na vitória sobre o Náutico, mas está confiante de que isso volte a ocorrer na partida de hoje. Com a chegada de Ademir Fonseca, ele ganhou espaço novamente na equipe e fez dois gols diante do Bragantino. O segundo, um golaço num belo chute de fora da área. "Foi um dos gols mais importantes de minha carreira pelo momento que eu e o Vila atravessávamos", declarou. Com outros treinadores, segundo Bruno, ele estava sempre "entrando em fria."
São Caetano
O São Caetano vive uma fase ruim na Série B. Dos últimos 12 pontos que disputou, conquistou apenas um, somando três derrotas em quatro jogos. Os resultados fizeram o Azulão despencar na tabela. Hoje, contra o Vila Nova, busca uma reação em jogo válido pela 19ª rodada do campeonato. No momento, o São Caetano aparece em 17º lugar, com 28 pontos.

O técnico Sérgio Guedes conta com o retorno do zagueiro Anderson Marques, do lateral Bruno Recife e do volante Moradei, que cumpriram suspensão na derrota de 1 a 0 para o Duque de Caxias na última rodada. "Conversamos para acertar algumas coisas. O grupo sabe da importância de conquistar um bom resultado em casa e manter uma regularidade na competição", explicou o treinador.
Pedro Júnior acerta volta ao clube
Insatisfeito com a reserva no Sport, o atacante Pedro Júnior está de volta, dois anos depois, ao clube que o revelou. "Estou feliz com meu retorno. Me sinto em casa", declarou o jogador depois de vestir novamente a camisa colorada para as tradicionais fotografias.
Pedro Júnior disse que recebeu com carinho a notícia do interesse do Vila em contratá-lo. "Gosto demais do clube e estou triste com a situação. Espero poder ajudar com minha volta", declarou o atacante de 23 anos e que tem passagens por clubes do Brasil e do Japão.
Segundo o presidente Geso Oliveira, o acerto com ele foi um pedido de torcedores e conselheiros. "Uma conta corrente foi aberta na Caixa Econômica Federal. O torcedor que quiser ajudar a pagar o empréstimo do Pedro Júnior é só depositar qualquer valor", disse o dirigente, que vai fazer uma promoção no preço do ingresso e sortear uma moto no jogo de terça-feira, contra a Portuguesa, no Serra Dourada.
Ontem foi inaugurado o monumento da artista plástica Walkyria Veríssimo na sede do Vila Nova. Ele ocupa o lugar da obra Os Tigres, de Siron Franco, que foi queimada no início do ano.

São Paulo bate Atlético no Morumbi.


Mais uma vez o Atlético deixou escapar um bom resultado por entre os dedos. Ontem, jogou de igual para igual com o São Paulo, chegou a empatar por 1 a 1, mas acabou perdendo por 2 a 1, no Morumbi, pela 18ª rodada do Brasileiro. O mesmo ocorreu no domingo, quando o time goiano, em uma falha da defesa, deixou a vitória escapar diante do Avaí, no Serra Dourada.
Com o resultado, o Atlético permanece na penúltima posição, com 14 pontos. Já o São Paulo quebrou um jejum de cinco jogos sem vitória e subiu para 13º, com 22. O Dragão joga domingo, contra o Vitória (BA), às 18h30, no Serra. Daniel Marques e Ramalho cumprirão suspensão.
O primeiro tempo foi equilibrado e o Atlético mostrava personalidade. Aos 9 minutos, em contra-ataque veloz, com uma troca de bola envolvente, Elias lançou Wesley que cruzou para Marcão. Livre na entrada da pequena área, o atacante, que poderia ter emendado de primeira, tentou dominar e a bola sobrou para Rogério Ceni.
Aos 16, Jean cobrou falta cruzada na área, Rodrigo Souto cabeceou e a bola bateu no braço de Ramalho, mas o árbitro nada marcou. O time goiano era melhor em campo, mas a defesa vacilou duas vezes seguidas e o São Paulo aproveitou. Na primeira, aos 22. Xandão, no seu campo de defesa, lançou Fernandinho, que aproveitou cochilo da zaga e saiu cara a cara com Márcio. O atacante passou pelo goleiro e, sem ângulo, chutou, mas Daniel Marques evitou o gol.
Na segunda, aos 23, Jean cruzou a bola cruzada, Xandão subiu mais alto que Welton Felipe, na entrada da pequena área, e cabeceou para abrir o placar e fazer seu primeiro gol em 27 jogos atuando pelo São Paulo. O tricolor se assanhou com o gol e passou a pressionar o rubronegro, que só obrigou Rogério Ceni a fazer uma boa defesa aos 37, em chute de Diguinho.
Alguns jogadores do Dragão chegavam atrasados nas jogadas e o time exagerava nas faltas, terminando o primeiro tempo com 19 faltas cometidas contra 7 do tricolor.
O São Paulo voltou para o segundo tempo com Dagoberto no lugar de Fernandinho e passou a dominar. Foi quando o Dragão encaixou contra-ataque e empatou o jogo. Aos 5, Elias, que ontem completou 27 anos, assistiu Juninho, que passou por Rogério Ceni e tocou para o gol. Ele tinha marcado pela última vez dia 25 de abril, no primeiro jogo da final do Goianão, na goleada sobre o Santa Helena (4 a 0).
Aos 7, Jorge Wagner arriscou de fora da área e Márcio fez bela defesa. Aos 20. Elias lançou Juninho, que dominou e, livre, chutou por cima do gol. Mas, aos 24, o tricolor não desperdiçou.
Após cruzamento, Dagoberto se antecipou a Victor Ferraz e cabeceou para fazer São Paulo 2 a 1. Os jogadores do Dragão pediram falta do atacante no lateral, mas o árbitro nada marcou. Aos 33, Marlos saiu com a bola do meio-de-campo, passou por três defensores e, por excesso de preciosismo, desperdiçou o que seria um golaço. O Dragão pressionou nos minutos finais, mas sem eficácia.
FICHA TÉCNICA:
2 SÃO PAULO:Rogério Ceni; Jean (Samuel), Xandão, Miranda e Junior Cesar; Casemiro, Rodrigo Souto, Marcelinho (Cléber Santana) e Jorge Wagner; Marlos e Fernandinho (Dagoberto). Técnico: Sérgio Baresi.
1 ATLÉTICO: Márcio; Victor Ferraz, Daniel Marques, Welton Felipe e Thiago Feltri; Pituca, Ramalho, Diguinho (Anailson), Wesley (Agenor) e Elias; Marcão (Juninho). Técnico: René Simões.
Local: Morumbi (São Paulo). Árbitro: Paulo Henrique Godoy Bezerra (SC). Assistentes: Luís Alberto Kallenberger (SC) e Fernando Lopes (SC). Público: 9.364 pagantes. Renda: R$ 165.493,59. Gols: Xandão, aos 23 minutos do 1º tempo. Juninho, aos 5, e Dagoberto, aos 24 minutos do 2º tempo.

Goiás tem defasagem física de 50%.

O Goiás precisa de quase um "milagre" para se recuperar no Brasileirão e deixar a lanterna da competição: em meio à maratona de jogos (no meio e no fim das semanas), o elenco tem de dobrar sua capacidade física. A estimativa do preparador físico do alviverde, Joelton Urtiga, é de que o grupo tenha uma defasagem tão grande que atualmente esteja desempenhando apenas 50% daquilo que deveria ter neste momento da Série A.
A queda de rendimento durante as partidas é visível. O Goiás não se mantém inteiro fisicamente no segundo tempo. Já virou rotina atuar bem na etapa inicial e se arrastar em campo nos últimos 45 minutos. Os números comprovam: na série de derrotas seguidas nas últimas cinco rodadas, a pior da história do clube no Brasileiro,10 dos 12 gols sofridos foram no segundo tempo (veja quadro). Após o revés, de virada, para o Atlético (MG), quarta-feira, o técnico Jorginho reclamou do condicionamento do grupo.
A nova comissão técnica ainda faz testes cinco dias depois assumir o time, mas Joelton acredita que 40% dos jogadores do Goiás estejam com o porcentual de gordura acima do ideal. O nível de força e a velocidade dos atletas estão longe do que deveriam ser. Isso apenas um mês e meio depois da paralisação de 39 dias para a Copa do Mundo, que as equipes aproveitaram para recondicionar o grupo.
"Posso considerar que foi um tempo (o do recesso) mal-aproveitado pelo que os colegas que estavam aqui na época me passaram. O time tem perdido no segundo tempo. Isso é reflexo de que a condição física deixa a desejar", afirmou Joelton, ex-jogador que começou a trabalhar como preparador físico em 2005.
Como não há tempo para recuperar a condição física do elenco, a solução é aumentar a carga de trabalho na academia após os jogos - a carga semanal praticamente quintuplicou - e fazer trabalhos de velocidade durante o aquecimento para os treinos. "Temos de monitorar o treinamento para não ter fadiga no jogo e sobrecarga", explicou Joelton, ressaltando o aumento do risco de lesões se extrapolar a dose. "Não é fácil pela sequência de jogos, mas tentar esse milagre. Vai ajudar bastante."
Hoje de manhã, o Goiás faz o último treino antes do jogo contra o Corinthians, amanhã, às 18h30, no Pacaembu.
Rotina é dividida em dois grupos
Em dois dias de nova diretoria após a suspensão preventiva de 30 dias de Syd de Oliveira Reis da presidência, dois grupos comandam a rotina no Goiás. Na Serrinha, o novo presidente, Hailé Pinheiro, passa o tempo reunido com Marcelo Segurado, que voltou ao posto de superintendente geral, dois advogados e em contato constante com João Bosco Luz e Alexandre Iunes.
As reuniões diárias não são feitas na sala da presidência. Como o afastamento de Syd é provisório, o grupo despacha da antiga sala do departamento de marketing.
O grupo conhece o terreno para depois agir. A maioria das decisões ficará para após a definição da situação de Syd - se será afastado definitivamente ou não, o que deve ser decidido em Assembleia Geral. A volta de Luvanor, demitido do cargo de técnico e coordenador das categorias de base, é um exemplo. Outras 26 demissões serão analisadas - outros funcionários podem retornar.
Em outra frente, no futebol, trabalham Marcos Figueiredo que, por enquanto, não quer adotar o rótulo de diretor de futebol, e Edmo Mendonça Pinheiro. Os dois estão em contato direto com Jorginho pensando em possibilidade de reforços para a sequência do Goiás na temporada.
Diogo Galvão volta e busca oportunidade
Após o empréstimo frustrado para o Atlético, Diogo Galvão voltou ontem a treinar no Goiás e adotou o discurso de ser funcionário do clube. "Não estou aqui para optar, dizer que o Atlético ou o Goiás é melhor. Sou funcionário do Goiás, tenho contrato até 2012, tenho de acatar ordens", comentou. "Espero que a nova comissão técnica me enxergue com bons olhos e eu tenha oportunidade."
Artilheiro do Goianão com 15 gols e sem atuar como titular desde abril - entrou em apenas dois jogos do Brasileiro -, Diogo Galvão marcou mais na temporada do que os dois artilheiros do alviverde: Felipe e Rafael Moura, que têm 10 gols cada.
O atacante Rafael Moura teve a pena reduzida ontem em julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Punido por conta de confusão no Barradão, no dia 21 de julho, o jogador teve redução de seis para quatro jogos, já cumpridos. O técnico Emerson Leão, que até já deixou o alviverde, também teve pena reduzida de três para um jogo.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Goiás volta a decepcionar no Serra.


As mudanças na diretoria do Goiás não se refletiram em campo. O time não esboçou reação, voltou a mostrar fragilidade e perdeu, de virada, para o Atlético (MG) ontem, no Serra Dourada, por 3 a 1, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. O alviverde completou 11 rodadas sem vencer na Série A e igualou a série sem vitória de 2006. Além disso, o clube chega à 6ª rodada seguida na zona de rebaixamento.
Não adiantou nem a reunião, à tarde, com o presidente Hailé Pinheiro, que assumiu cargo do suspenso Syd de Oliveira Reis, e o acerto do "ganhem, que eu resolvo" com os jogadores - o clube deve salários e premiações ao elenco. O alviverde caiu na estreia do técnico Jorginho e mostrou queda de rendimento durante a partida. O alviverde segue com 13 pontos, na lanterna.
Hailé não estava frequentando os jogos do Goiás no estádio e seu retorno ao Serra não foi tranquilo. Ao lado de Alexandre Iunes, que renunciou ao cargo de vice-presidente, ele ouviu protestos da torcida. Após o jogo, a torcida não perdoou e atirou objetos ao elenco que deixava o gramado em direção ao vestiário.
O Goiás começou o jogo pressionando. Logo no primeiro minuto, Júnior já havia arriscado chute de fora da área. Aos 5, Éverton Santos fez jogada que resultou em pênalti para o alviverde. O jogador foi lançado em velocidade e, na área, foi derrubado por Rafael Cruz. O meia Bernardo cobrou no canto direito e Fábio Costa caiu para o esquerdo: Goiás 1 a 0.
Sem Ricardinho e Diego Souza, que começaram no banco de reservas, o Atlético (MG) não conseguia chegar ao ataque. Sem ser ameaçado, o Goiás se acomodou. Aos 34, Wendel Santos teve grande chance e faltou sorte. Ele chutou no travessão, a bola bateu nas costas de Fábio Costa e saiu pelo lado direito, rente à trave.
O castigo saiu aos 37 minutos. Neto Berola forçou a jogada pela direita e cruzou. Obina dominou, passou por Wendel Santos e Wellington Monteiro, mas o volante o derrubou na área. Obina mesmo bateu aos 38, no alto, no canto direito. Harlei saiu embaixo.
No segundo tempo, o Galo voltou com Ricardinho, que deu bom toque de bola ao time alvinegro. Mas a equipe ainda não ameaçava. O Goiás também não chegava. Aos 10, a torcida começou a pedir Felipe, que entrou aos 14. Jadílson, que foi barrado por Leão, também voltou a atuar, no lugar de Júnior - sua última partida tinha sido na 5ª rodada. Aos 23, Neto Berola exigiu defesa de Harlei após dois dribles na área.
Aos 28, um minuto depois de entrar, Diego Souza marcou após receber lançamento na área e chutar na saída de Harlei. Aos 35, Obina acabou com as chances do Goiás. Ele saiu na cara de Harlei e driblou o goleiro, que cometeu pênalti. Na cobrança, Obina bateu rasteiro no canto direito, vencendo Harlei.
FICHA TÉCNICA:
1 GOIÁS:Harlei; Douglas, Rafael Toloi, Ernando e Júnior (Jadílson); Jonilson, Wellington Monteiro, Wendel Santos (Rithely) e Bernardo; Everton Santos e Otacílio Neto (Felipe). Técnico: Jorginho.
3 ATLÉTICO (MG): Fábio Costa; Rafael Cruz (Diego Macedo), Réver, Werley e Eron; Rafael Jataí, Fabiano, Serginho e Jackson (Ricardinho); Neto Berola (Diego Souza) e Obina. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Local: Estádio Serra Dourada. Árbitro: Jailson Macedo Freitas (BA). Assistentes: Luiz Carlos Teixeira (BA) e Adailton da Silva (BA).Público: 3.312 pagantes. Renda: R$ 50.060,00. Gols: Bernardo, aos 6, e Obina, aos 38 minutos do 1º tempo. Diego Souza, aos 28, e Obina, aos 35 minutos
do 2º tempo.
Figueiredo retorna para diretoria de futebol
Depois de três meses afastado, Marcos Figueiredo volta a ser diretor de futebol do Goiás, cargo vago desde a saída de Sebastião Macalé, no início de julho. O dirigente foi anunciado ontem por Hailé Pinheiro, numa de suas primeiras medidas após assumir a presidência do clube.
"Futebol hoje é com Marcos Figueiredo e com Edmo Pinheiro", frisou o presidente alviverde. O gerente de futebol, Beto Souza, indicado pelo ex-técnico Emerson Leão, também deixou o clube ontem.
Uma das prioridades do clube será a renovação de contrato do atacante Felipe, um dos artilheiros do time neste ano com 10 gols - mesmo número de Rafael Moura. O jogador chegou a ter seu empréstimo para o Al-Nasr, dos Emirados Árabes, anunciado por Syd de Oliveira Reis, mas o Conselho Deliberativo do clube vetou a negociação.
"O Goiás precisa muito do Felipe, precisa dos atletas que estão aqui e conseguem fazer a diferença. E o Felipe é um deles", afirmou Edmo Mendonça Pinheiro, que tinha se afastado do clube em solidariedade a Marcos Figueiredo, em maio, e agora retorna. Felipe tem contrato até dezembro.
Reunião
Reunir-se com o elenco foi a primeira atitude tomada por Hailé Pinheiro após assumir a presidência do Goiás. Ontem, ele chegou à Serrinha por volta de meio-dia, se encontrou com o técnico Jorginho e, após o almoço, falou com jogadores e comissão técnica por cerca de 30 minutos. Pediu para confiarem nele.

"Vamos ter de tomar medidas radicais. A primeira coisa é sair da zona de rebaixamento, pelo menos da lanterna. Se pensar num clube que está bagunçado, é o Goiás", disparou Hailé, que garantiu Jorginho no comando. "Eu falei para o Jorginho: "Se nós formos rebaixados, você vai ser rebaixado conosco. Ele é o técnico do Goiás até o fim do campeonato."
Ao dizer que a situação financeira do Goiás é horrível, Hailé não fala como buscará os recursos. "Se eu tivesse (R$ 8 milhões), eu colocaria (no Goiás) com muito prazer. O Goiás é um caos." O presidente garantiu tentar acertar os salários (dois meses) e premiações atrasados (14).
Hailé repetiu várias vezes, durante a entrevista de quase 20 minutos na concentração da Serrinha, que não queria assumir a presidência. "Conheço minha situação, sei da minha idade (74 anos), não é isso que eu quero mais. Estou assumindo porque sou obrigado", afirmou, acrescentando que "tem de ser louco para assumir o Goiás nessa situação". "Se eu não assumisse o Goiás hoje, o Goiás ficaria acéfalo", afirmou.(PP)
Hailé diz que Syd foi sua maior decepção
Quase dois anos após ajudar a eleger Syd de Oliveira Reis à presidência - no fim de 2008, no pleito contra Raimundo Queiroz -, Hailé Pinheiro está rompido com o antigo aliado. Os dois protagonizam crise política nunca antes vista no clube, o que culminou com a suspensão preventiva de Syd por 30 dias, terça.
Ontem, Hailé revelou: "Disse para ele, sentado ao meu lado, na penúltima reunião do Conselho (dia 17 de agosto): ‘Doutor Syd, o senhor foi a maior decepção da minha vida’. Eu esperava dele outro comportamento", acusou.
Para Hailé, Syd "expôs o Goiás ao ridículo publicamente", mas disse que a crise não é de hoje, mas que é potencializada pelo mau momento dentro do campo. "O Goiás vem mal há muito tempo. Temos seis anos de confusão, presidente (Raimundo Queiroz) assinando documento após deixar a presidência, confissão de dívidas, uma série de coisas. Quando tem vitória, ela esconde tudo. Tudo vai para debaixo do tapete. Agora com a lanterna na mão, todo o lixo aparece", disse Hailé.
Syd de Oliveira não foi ao clube. A reportagem do POPULAR ligou para ele, mas ele não atendeu às ligações.(PP)
Eleições podem ser antecipadas
Marcadas para dezembro, as eleições para a presidência do Goiás poderão ser antecipadas se Syd de Oliveira Reis for afastado definitivamente do cargo. Suspenso preventivamente por 30 dias, ele poderá se defender das acusações de irregularidades durante sua gestão. No dia 10, uma Assembleia Geral deverá ser convocada e, o destino do dirigente, definido.
"O Goiás não pode ter presidente interino como eu. Se puder, vou antecipar as eleições o mais rápido possível", garantiu Hailé Pinheiro, que assumiu ontem o cargo no lugar de Syd.
Syd foi afastado por ter desrespeitado o estatuto do clube. Segundo as acusações, ele não pagou tributos, descumpriu resoluções impostas pelo Conselho Deliberativo e não prestou contas mensalmente.
Mas a gota d’água, segundo Hailé Pinheiro, foi a liminar que o atacante Johnathan conseguiu na Justiça do trabalho para se transferir para o Arles-Avignon, da França. Emprestado as clube francês por Syd, o prata da casa teve sua transferência impedida pelo Conselho Deliberativo do clube, mas conseguiu a liminar.
"A gota d’água foi o irrisório empréstimo (R$ 50 mil) do Johnathan com uma liminar. Liminar a Fifa não admite. Esse problema vai dar uma polêmica internacional", afirmou Hailé, que revelou que o Goiás entrará com um mandado de segurança para que a liminar seja anulada. O atacante Diogo Galvão, que foi emprestado ao Atlético, será reintegrado, segundo Hailé.(PP)
Torcida protesta na sede
Após a derrota por 3 a 1 para o Atlético (MG) houve protesto, com quebra-quebra, na Serrinha. Supostos torcedores quebraram as vidraças da portaria da concentração, que fica na Avenida Edmundo Pinheiro. Segundo a PM, pessoas em motos atiraram pedras nos vidros. A polícia deteve quatro suspeitos, que estavam vestidos com camisas do Goiás - um deles também vestia calça de torcida organizada. A ocorrência foi antes da chegada dos jogadores à Serrinha, que deixaram o Serra Dourada num ônibus em direção à sede. Depois, os jogadores deixaram o local em seus carros rapidamente.

Goleiros-artilheiros duelam no confronto São Paulo e Atlético.


Na única vez em que se enfrentaram na elite do Campeonato Brasileiro, em 26 de março de 1980, houve empate de 0 a 0 entre São Paulo e Atlético. Depois de 30 anos, o Atlético volta a jogar contra o tricolor, hoje, às 21 horas, no Morumbi, num jogo em que estarão, frente a frente, dois goleiros artilheiros - Rogério Ceni, autor de 90 gols pelo time são-paulino e perto de comemorar 20 anos de clube, na próxima semana, e Márcio, que soma 14 gols em jogos oficiais.
Os dois times precisam pontuar, pois não fazem boas campanhas na Série A. O São Paulo, de favorito à conquista da Libertadores - foi eliminado na semifinal pelo Inter - tem 19 pontos, apesar do elenco caro e dos atletas de renome. O Atlético tem 14 pontos e está entre os últimos colocados, apesar de reação na Série A.
"A confiança está voltando ao time. Os resultados apareceram e a equipe vive a expectativa de sair das últimas posições", disse o goleiro Márcio, de 29 anos, 14 gols oficiais e 4 anotados em amistosos. Márcio diz que está eufórico por enfrentar o ídolo, Rogério Ceni, referência aos goleiros que gostam tentar o gol .
O Atlético vai ter outra atração no Morumbi - o meia-atacante, autor de cinco gols nos dois últimos jogos e que comemora hoje, 27 anos. Elias volta a enfrentar o São Paulo, clube em que teve passagens pelo juvenil, de 2000 a 2002. Na Série A, Elias já tem sete gols e ganhou projeção por causa de três gols contra o Palmeiras e dois gols sobre o Avaí.
O técnico do Atlético, René Simões, optou por mexer o mínimo possível no time, mas ontem decidiu não relacionar o meia William nem para a reserva "Eu o senti bloqueado. A possibilidade de o ombro dele sair é grande", previu o técnico, referindo-se ao problema de William desde o período em que esteve no Goiás. Assim, o meia Weslley, que não atuou na Série A, deve ser titular. Na zaga, Welton Felipe entra na vaga de Jairo.
Reforços
Ontem, enquanto o elenco do Atlético treinava no CCT do Urias Magalhães, um jogador chegou discretamente para fazer exames - o meia e lateral Adriano Lara, de 22 anos, 1,85 metro e indicado pelo técnico René Simões. Adriano estava no futebol português. Outro jogador que finalmente deve ser anunciado é o zagueiro Teco, de 27 anos e 1,88 metro. Após treinar e ser avaliado, Teco deverá reforçar o elenco.

Ontem, o clube ficou sabendo que o atacante Diogo Galvão não será liberado pelo novo presidente do Goiás, Hailé Pinheiro. Assim, o clube tentará regularizar outro jogador da posição - o atacante Josiel. A diretoria negocia a saída do lateral Márcio Gabriel.(JJS)
Tricolores mostram cautela
São Paulo- O São Paulo enfrenta hoje o Atlético (GO), penúltimo colocado do Campeonato Brasileiro, no Morumbi. Em tese, é noite para o técnico Sérgio Baresi conseguir a sua primeira vitória no comando do time e sair de perto da zona do rebaixamento.
Na prática, os tricolores mostram cautela. Querem evitar repetir o rival Palmeiras, que jogou contra os goianos na semana passada e amargou uma derrota de 3 a 0, em casa.
Com dores no tornozelo, o atacante Fernandão é dúvida. Como Ricardo Oliveira, com tendinite no joelho esquerdo, está vetado para o jogo, o técnico não teria nenhum atacante de área para enfrentar o time goiano. Por isso, treinou ontem com dois jogadores de velocidade: Dagoberto e Fernandinho.(AE)
FICHA TÉCNICA:
SÃO PAULO:Rogério Ceni; Jean, Xandão, Miranda e Junior Cesar; Casemiro, Rodrigo Souto, Marcelinho e Jorge Wagner; Fernandão e Fernandinho. Técnico: Sérgio Baresi.
ATLÉTICO: Márcio; Victor Ferraz, Daniel Marques, Welton Felipe e Thiago Feltri; Pituca, Ramalho, Diguinho, Wesley e Elias; Marcão. Técnico: René Simões.
Local: Morumbi (São Paulo). Horário: 21 horas. Árbitro: Paulo Henrique Godoy Bezerra (SC). Assistentes: Luís Alberto Kallenberger (SC) e Fernando Lopes (SC.

Vila apresenta 2 e chega a 61 jogadores contratados.

O Vila Nova chegou ao seu recorde em termos de contratação numa só temporada. Ontem, com a chegada do zagueiro Thiago Eleutério e do atacante Leandro Assumpção, o clube completou o acerto com 61 jogadores em oito meses (foram dispensados 34). Hoje, outro atacante - Pedro Júnior, ex-Sport - pode ser mais um a fechar contrato com a diretoria.
"Vim para ajudar o Vila Nova a conquistar mais vitórias e melhorar sua situação na Série B", disse Thiago Eleutério, de 22 anos, 1,82 m e 76 kg. Ele iniciou a carreira no Olaria (RJ), clube que defendeu até a semana passada. Segundo ele, está pronto para jogar e não teme a difícil concorrência na defesa do Vila- no momento, o elenco tem outros cinco zagueiros: Mimica, Cris, Éder Lima, Thiago Carvalho e Leandrão.
Thiago Eleutério disse que tem as melhores informações do novo clube e que vai ser fácil a adaptação. "Até porque chegaram também outros jogadores que já conheço do futebol carioca", disse ele, referindo-se aos atletas vindos da parceria do Vila Nova com a Sport News e que foram contratados na semana passada. De acordo com o zagueiro, as suas principais características são a velocidade e a recuperação.
O atacante Leandro Assumpção tem 24 anos, 1,78 metro e 73 quilos. Ele começou também no Olaria, mas já é rodado. Depois, o jogador esteve no Flamengo ( 2007) e no futebol de Portugal, onde defendeu o Estrela Amadora. Ultimamente, estava no Bonsucesso. "Joguei pela última vez sábado, no empate (0 a 0) com o América, pela Copa Rio. Se o técnico precisar, estou pronto para a estreia", afirmou o atacante recém-contratado.
Leandro é destro e costuma jogar pelos lados do campo, mas revelou que também sabe atuar como meia. "O mais importante é que sei fazer gols. Em 2008, por exemplo, marquei 13 na Copa Rio e mais 13 na 2ª Divisão do Campeonato Carioca", afirmou o atacante.
Em 2006, Leandro Assumpção esteve emprestado ao Gama, equipe pela qual disputou a Copa São Paulo.
Dúvidas
Hoje, após o treino, Ademir Fonseca fica sabendo se poderá ou não contar com Roni, sentindo dores na coxa, e Jorge Henrique, que levou pancada na perna e é dúvida para jogar contra o São Caetano, sábado. O meia Jorginho disse que está pronto para atuar nos próximos jogos.

Segundo o fisiologista André Araújo, Jorginho continuará fazendo trabalho físico especial para fortalecer a musculatura e será acompanhado pela nutricionista Núbia Melo para ganhar peso. Ele tem 19 anos, 1,80 m e pesa apenas 58 kg.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Conselho suspende Syd e Hailé assume presidência do Goiás.


A briga política no Goiás teve ontem mais um capítulo. E, dessa vez, com desdobramento radical depois de uma reunião extraordinária do Conselho Deliberativo com duração de quase cinco horas. Os conselheiros presentes - cerca de 170 - decidiram pela suspensão preventiva do presidente executivo do clube, Syd de Oliveira Reis, por 30 dias.
No lugar dele, e em função do pedido de renúncia dos vice-presidentes, os advogados e conselheiros Sebastião Macalé e Alexandre Iunes, assume o presidente do Conselho Deliberativo, Hailé Pinheiro, que, ontem, não deu entrevista.
O homem-forte do clube deverá, assim que assumir o cargo, se pronunciar sobre o momento do Goiás e quais as primeiras medidas que vai tomar para tentar evitar o rebaixamento do time à Série B do Campeonato Brasileiro, além de já encaminhar algumas resoluções, como a escolha de um diretor de futebol. Até a contratação de Jorginho, domingo, pode ser reavaliada pelo novo comando.
Syd será comunicado hoje, oficialmente, da decisão e, pelo estatuto do clube, terá cinco dias para que apresente a defesa. Na verdade, a situação política no clube caminha para renúncia forçada do dirigente - pessoas ligadas a Syd já teriam telefonado sugerindo-lhe que renuncie ao cargo.
Para o afastamento temporário do presidente, alguns fatos foram citados, como o não pagamento de tributos federais durante a gestão (20 meses), descumprimento de seis resoluções impostas pelo Conselho em relação a medidas administrativas (negociações e empréstimos de atletas, declarações sobre atos administrativos sem a prévia consulta ao Conselho, contratação e demissão do técnico Emerson Leão e prestação de contas mensais, que deveria ser feita aos sócios, e os dois meses de salários atrasados do elenco.
Os conselheiros também escolheram uma comissão interna para avaliar toda a gestão de Syd à frente do clube. A comissão, presidida por Edson José Ferrari e contando com outros quatro conselheiros - Dyogo Crosara, Goiandi Lopes de Brito, José Batista Segurado e Osvaldo Luiz Valinote - trabalha para apresentar relatório sobre o clube e a gestão Syd. Se não renunciar, ele pode ter o mandato cassado na Assembléia Geral, que deverá ser convocada para dia 10. A reunião teve uma discussão acalorada entre os ex-presidentes do clube, Wagner Vilela e João Gualberto (aliado e assessor da presidência).
Alviverde e Galo fazem duelo da crise
Ocupando as últimas posições na classificação da Série A do Brasileiro, Goiás e Atlético (MG)disputam hoje, às 21 horas, no Estádio Serra Dourada, o jogo da crise. Os times já se vêm ameaçados de rebaixamento e, às vésperas do término do 1º turno (é a penúltima rodada), têm fraca pontuação na competição.
A principal novidade do time alviverde, lanterna da Série A com 13 pontos e há dez rodadas sem saber o que é vitória, vai ser a estreia do técnico Jorginho, de 46 anos e ex-aulixiar de Dunga na seleção brasileira nas quatro últimas temporadas. Comandado pelo ex-técnico da seleção brasileira, Vanderlei Luxemburgo, o Galo mineiro tem 14 pontos, se vê também imerso em crise interna, mas o treinador avisou que não sai. O alvinegro é dono da pior defesa -30 gols sofridos.
Jorginho será o quarto técnico do alviverde neste ano - antes dele, passaram pelo clube Hélio dos Anjos, o xará Jorginho (atualmente na Ponte Preta) e Emerson Leão, demitido sexta-feira após a pressão de integrantes da torcida organizada Força Jovem.
Jorginho chegou segunda-feira, comandou dois treinos e não teve muito tempo de fazer mudanças táticas, mas já tomou algumas decisões em relação ao elenco - o goleiro Rodrigo Calaça, antes treinando em separado por determinação de Emerson Leão, já está reintegrado, assim como o volante Túlio e os laterais Jadílson e Wellington Saci, que devem ter novas chances.
Além da lanterna (13 pontos), de ostentar um dos piores ataques da competição, ao lado do Ceará (14 gols em 18 rodadas), Jorginho terá de saber administrar os problemas extracampo vivenciados pelo clube, como a briga política interna entre a diretoria executiva e o Conselho Deliberativo.
Outra situação difícil para o novo treinador é quanto aos atrasos de salários - o elenco alviverde completou dois meses sem receber na segunda-feira. "O atleta precisa receber em dia, pois tem família e outros compromissos para cumprir. A gente tem de reverter o momento difícil e foi isso que tentei passar aos atletas", revelou Jorginho, ontem, após comandar o segundo trabalho à frente do elenco junto com os assistentes Ailton Ferraz (auxiliar-técnico) e Joelton Urtiga (preparador físico).
No Goiás, Jorginho comanda o segundo time na carreira de técnico, iniciada no fim de 2005 e começo de 2006, quando levou o América (RJ) à final da Taça Guanabara e à semifinal da Taça Rio. Depois, o técnico foi convidado para fazer parte da comissão técnica de Dunga na seleção.
Ele sabe que, além de lidar com dificuldades financeiras, praticamente não terá opção de contratar jogadores, justamente pelo momento ruim do clube em termos de finanças. Jorginho não definiu o time e tem uma dúvida: Douglas ou Amaral no time. Dependendo da opção, Amaral cede a posição ao volante Wendel Santos e, nesse caso, Douglas será lateral. Caso contrário, Amaral fica no time e Wendel Santos atua na lateral. As outras novidades serão as presenças de Otacílio Neto no ataque, na vaga de Rafael Moura, suspenso. Wellington Monteiro ganha vaga de Rithely.

Atlético se concentra para maratona de jogos.

Setembro começa hoje e promete ser um mês de muita emoção para a torcida do Atlético. Na verdade, os próximos 39 dias serão decisivos para as pretensões do rubronegro de se manter na Série A do Brasileiro. Serão 12 jogos nesse período - cerca de 1 partida a cada 3 dias -, dos quais 7 fora de casa contra clubes grandes.
Para encarar esta maratona, todo o elenco está concentrado desde segunda-feira e a ordem é dedicação total à meta de escapar da degola.
"A gente fez um pacto para nos unir nestes dias (45) com muita superação, motivação e responsabilidade de todo o elenco para superarmos esta fase", revela o meia Diguinho. "Estamos cientes de que pegaremos muitos jogos difíceis neste 2º turno (começa dia 8 na 20ª rodada)", completa o jogador.
Nos próximos 39 dias, o Atlético enfrentará, fora de casa, São Paulo, Grêmio, Fluminense, Santos, Cruzeiro, Flamengo e Corinthians. No Serra Dourada, o rubronegro terá Vitória, Atlético (PR), Grêmio Prudente, Atlético (MG) e Goiás. São 36 pontos em jogo e o Dragão precisa conquistar pelo menos 50% para manter boas chances de se manter na Série A em 2011.
"São muitos jogos, uma coisa desumana. Por isso temos de nos preparar, nos concentrar, nos alimentar bem. O repouso também é importante. Não é fácil fazer jogos seguidos assim", pondera Ramalho, que participou de 14 das 17 partidas que o time fez neste Brasileiro.
Desde a chegada de René Simões ao comando da equipe, o Atlético fez seis partidas e pontuou em cinco - não perde há três rodadas. O intuito é manter a sequência e deixar a zona de degola até o fim do 1º turno, domingo, contra o Vitória, no Serra Dourada. Amanhã, o Dragão encara o São Paulo, no Morumbi.
"A gente vem crescendo bastante, mas estar em 20º ou 17º fica na mesma situação de rebaixamento. Estamos melhorando, mas a gente não saiu do lugar. Temos tudo para sair da zona de rebaixamento nestes dois jogos", afirma o zagueiro Welton Felipe.
Zaga
Para o jogo de amanhã, diante do São Paulo, o Atlético terá apenas uma mudança. Welton Felipe está confirmado como titular. O jogador sentiu um desconforto muscular na coxa direita minutos antes da partida contra o Avaí e foi poupado. Recuperado, ele fará dupla com Daniel Marques amanhã. Por outro lado, Jairo, que havia substituído Welton Felipe naquela partida, sentiu dores musculares após o jogo e só estará à disposição de René Simões para a partida contra o Vitória, domingo.


Vila Nova bate Náutico e chega à 2ª vitória seguida na Série B.


Motivada pelos últimos resultados e pela promoção no preço do ingresso (15 reais), a torcida do Vila Nova compareceu em bom número ao Estádio Serra Dourada ontem à noite para assistir ao confronto do time com o Náutico (4.330 pagantes). E não se decepcionou. Viu o colorado jogar bem, com muita raça, e conseguir mais um triunfo na Série B, mostrando que está em recuperação. É a segunda vitória seguida - antes, o colorado bateu o Bragantino. Agora, com 14 pontos, dá sinais de que pode deixar a faixa do rebaixamento.
Nos minutos iniciais, o Náutico parecia à vontade como se jogasse nos Aflitos. Tocava a bola com certa facilidade no campo do adversário, mas tinha um falso domínio, pois não conseguia entrar na área vilanovense. Tanto é verdade que os primeiros chutes a gol foram do Vila Nova. Na melhor oportunidade, aos 10 minutos, Bruno Lopes ganhou do zagueiro Diego Bispo e cruzou. David, quase na pequena área, cabeceou sem força e direção, quando poderia ter dominado a bola e feito o gol com tranquilidade.
A partir daí, o Vila Nova passou a dar as cartas. O Náutico só chegou com certo perigo aos 17 minutos, quando Cris rebateu um cruzamento e o volante Walter teve tempo para ajeitar a bola e chutar da entrada da área sem ser incomodado. A bola raspou o travessão. Aos 28 minutos, Bruno Lopes foi lançado. Na área, disputou a bola com um zagueiro e caiu. A torcida pediu pênalti. O árbitro mandou a jogada seguir e, no contra-ataque, Cristiano chutou com perigo à direita de Max.
A superioridade do Vila Nova era flagrante e se transformou em gol aos 31 minutos. O lateral Ivan, que fazia boa estreia, iniciou a jogada e tocou a bola para Roni. Este tabelou com David e, na entrada da área, acertou um belo chute no canto direito do goleiro Gledson: 1 a 0. Justiça feita. Alegria para Roni, que marcou seu sexto gol na Série B e para a torcida colorada, que voltou a cantar o tradicional "Tigrão ê ô!" No intervalo, o goleiro Max foi homenageado com uma faixa que fazia alusão ao 100º jogo que completava com a camisa do Vila Nova. "Temos de continuar do mesmo jeito, sem recuar. Se possível, fazer mais gols", declarou Max.
Sem Roni, contundido, o Vila Nova voltou para a etapa final desfalcado de seu artilheiro (entrou Max Pardalzinho). Aos 2 minutos, ninguém marcou Franscismar, que ficou à vontade para caprichar na pontaria e acertar um chute indefensável de fora da área. A bola ainda tocou na trave direita antes de entrar. Com o empate, o Vila acelerou as jogadas e passou a errar os passes,principalmente no ataque. Aos 17 minutos, só não sofreu o segundo porque Wilton Goiano errou cruzamento quando tinha dois companheiros livres na área.
Mas o Vila não desistiu de buscar a vitória. E ela veio aos 30 minutos. David cobrou falta no setor esquerdo e o zagueiro Cris, na área, desviou de cabeça. Vila Nova 2 a 1. A torcida não resistiu: "Vila, eu te amo!" Essa mesma torcida viu o Náutico ameaçar, mas o colorado segurou o placar e garantiu a vitória.
FICHA TÉCNICA:
2 VILA NOVA:Max; Ivan, Cris, Éder Lima e Thyago Fernandes; Juninho, Adílson, Davi Ceará (Allan) e David (Júnior); Roni (Max Pardalzinho) e Bruno Lopes. Técnico: Ademir Fonseca.
1 NÁUTICO:Gledson; Wilton Goiano, Diego Bispo, Vinícius e Zé Carlos; Walter, Tiago Lima, Tinga (Anderson Paim) e Giovanni (João Henrique); Cristiano (Thiaguinho) e Francismar. Técnico: Alexandre Gallo.
Local: Estádio Serra Dourada. Árbitro: Andrey da Silva e Silva (PA). Assistentes: José Ricardo Guimarães Coimbra (PA) e Ciro Chaban Junqueira (PA). Renda: R$ 47.617,00. Público: 4.330 pagantes. Gols: Roni, aos 31 minutos do 1º tempo. Francismar, aos 2, e Cris, aos 30 minutos do 2º tempo.