quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Supreender líder é a missão do Goiás.


Haverá muitos contrastes no Serra Dourada hoje, a partir das 19h30, entre Goiás e Fluminense, que se enfrentam com objetivos distintos pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. Na zona de rebaixamento, o alviverde quer começar a fugir da crise pela qual passa. O time sentirá a cobrança que virá da torcida e tentará evitar a maior série de jogos sem vitória da história do clube na competição. Na parte de cima da tabela, o tricolor das Laranjeiras é líder da Série A, quer se manter na ponta e arrastará ao estádio goiano uma torcida empolgada com o momento do time.
Se não vencer hoje, o Goiás alcança a marca de nove partidas sem vitória no Brasileiro e ultrapassa o recorde do ano passado, de oito partidas sem triunfo. O jejum em 2009, que durou da 27ª à 34ª rodadas, foi o que acabou com o sonho do alviverde de brigar por vaga à Copa Libertadores e até pelo título.
Neste ano, a última vitória esmeraldina no Brasileirão foi antes da paralisação para a Copa do Mundo, sobre o Flamengo (2 a 1), fora de casa. Depois disso, a equipe empatou três vezes e perdeu cinco, inclusive na última rodada, para o Grêmio Prudente, em casa (2 a 1). "Não tem nada que eu possa dizer. Tanta coisa foi dita e a gente não conseguiu vencer o Prudente. A situação é complicada", reconheceu o atacante Rafael Moura, que volta ao time após quatro jogos de suspensão.
Efeito suspensivo
O Goiás conseguiu efeito suspensivo que permite a escalação de Rafael Moura. O jogador pegou gancho de seis jogos por conta de agressão a um repórter no Barradão, em Salvador, no dia 21 de julho, após empate por 2 a 2 com o Vitória. "Tem de juntar todos os fatores, vontade, sorte e um pouco mais de competência", comentou o atacante, um dos artilheiros do time no ano, com dez gols, ao lado de Felipe, negociado com o Al-Nasr, dos Emirados Árabes.

Se o Goiás tem limitações e ainda perdeu opções ofensivas - foi anunciada a saída de Felipe e Johnathan -, o Fluminense, mesmo líder e com um bom elenco, se reforçou mais ainda.
Deco, meia-armador luso-brasileiro, foi o último a ser contratado. "Quando se tem consciência de sua limitação, acho mesmo legal, porque você trabalha para superar", disse o técnico do Goiás, Emerson Leão.
"É muito difícil falar em técnica e qualidade dos jogadores estando na vice-lanterna (o Goiás é o 19º, com 13 pontos), mas acredito no potencial do meu grupo", disse, otimista, Rafael Moura.
A situação distinta entre as duas equipes que se enfrentam hoje ficou mais evidente há quatro rodadas. Na 12ª partida pela competição, o Fluminense bateu o Atlético (PR), em casa, por 3 a 1, e voltou à liderança do Brasileiro, onde permanece até agora, mas apenas dois pontos à frente do Corinthians. Já o Goiás foi goleado pelo Avaí (4 a 1) e caiu para a zona de rebaixamento, da qual ainda não conseguiu se livrar.
Outras diferenças são os números de ataque e defesa. O Fluminense tem a segunda melhor defesa (11 gols sofridos) e está entre os quatro melhores ataques (25 marcados) do Brasileirão. Já Goiás tem a terceira pior defesa (24) e o terceiro pior ataque (14). "Mas o futebol é feito de surpresas, de tabus. A gente tem de quebrar paradigmas", resumiu Rafael Moura.
O Goiás atravessa uma de suas maiores crises administrativa dos últimos anos com atritos e declarações polêmicas dos principais dirigentes, inclusive com pedidos de renúncia mútua do presidente do Conselho Deliberativo, Hailé Pinheiro, e do presidente executivo, Syd de Oliveira Reis.
O Goiás também está com problemas financeiros. Para piorar a situação, a equipe está entre as últimas colocadas no Brasileiro, ameaçada de rebaixamento. Para falar desses assuntos, o entrevistado desta semana do Face a Face será o presidente, Syd de Oliveira Reis.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Atlético vai dispensar atletas.


O Atlético contratou o meia Diguinho e os atacantes Josiel e Diogo na semana passada e ainda pretende reforçar o elenco. Porém, como não está nos planos do clube ficar com o elenco inchado, o Dragão deverá se desfazer de alguns atletas."Futebol é uma selva, só os mais fortes sobrevivem", afirmou o diretor de futebol Adson Batista, confirmando que deverá haver baixas no grupo.
O dirigente do Atlético não revelou nomes, mas afirmou que vai esperar um pouco para abrir mão de alguns atletas. "Vamos ver como será o rendimento dos novos contratados, observar bem para depois pensar nisso (dispensas). Estamos pensando primeiro em reforçar a equipe", pondera Adson, que viu evolução na equipe no domingo, mas lamentou a perda da boa chance que o time criou para ganhar aquele jogo.
"Perdemos uma grande oportunidade de ganhar um jogo que poderia ser nossa arrancada. Alguns jogadores evoluíram, mas outros deixaram um pouco a desejar. O mais importante é o empate fora de casa. Pelo menos saímos deste um dígito na pontuação (de 9 para 10 pontos)."
O rubronegro vem segurando a lanterna do Brasileirão há 12 rodadas seguidas. Domingo, empatou por 1 a 1 com o time reserva do Internacional. A campanha neste Brasileiro - 22% de aproveitamento - é igual à do América (RN) em 2007. Naquele ano, com a pior campanha da era dos pontos corridos, o time potiguar foi rebaixado.
Na partida de quinta-feira, diante do Palmeiras, o Atlético terá dois desfalques. Além do zagueiro Jairo, que recebeu o terceiro cartão amarelo contra o Inter e cumprirá suspensão, o meia William não poderá atuar. Os direitos federativos dele pertencem ao Palmeiras.

Vila Nova enfrenta Sport e crise na Série B.


Com remotas perspectivas de reação na Série B do Brasileiro, ocupando a lanterna da competição e em profunda crise técnica, administrativa e financeira, o Vila Nova tem hoje, às 21 horas, mais outra missão indigesta - vencer o Sport fora de casa, na Ilha do Retiro, no Recife.
Não será tarefa fácil, pois o adversário reagiu nas últimas rodadas da Série B, após a chegada do técnico Geninho (ex- Goiás e Atlético). Sob o comando dele, o clube pernambucano já obteve 7 pontos em 9 disputados - foram duas vitórias e um empate. O Sport é 13º com 19 pontos.
O Vila Nova esperava engatar uma sequência de vitórias após vencer o América (RN), por 2 a 1, fora. Mas a reação foi logo abafada por mais um tropeço, agora em casa, onde foi derrotado pelo ASA (AL), sexta-feira, por 3 a 2. Assim, o time tem 7 pontos nos 45 pontos disputados na Série B.
Como as chances de permanecer na Série B são remotas, o técnico vilanovense, Roberto Cavalo, dá sinais de que começa a apostar novamente na base alvirrubra. E, hoje, mesmo com o time em crise, o treinador deverá escalar o jovem Jorginho, meia de 19 anos da equipe sub-20. Jorginho, conhecido como Jorge Luz, pode ser utilizado na ala-direita.
Na partida de hoje, o técnico deve optar por uma formação tática diferente, passando o time para o esquema 3-6-1. Assim, Jorginho não é a única novidade. O zagueiro Éder Lima deve ter mais uma chance.
Fora de campo, o Vila Nova tentará mais uma contratação na viagem ao Recife. Dirigentes do clube tentam negociar a volta do atacante Pedro Júnior, de 23 anos e que já atuou no clube duas vezes: no início da carreira, até 2005, e na Série B de 2008. Outro nome que interessa ao Vila é o meia Ailton (ex-Itumbiara).
Ontem, os conselheiros definiram os dois vice-presidentes do Vila Nova: José Martibnes (1º vice) e Murilo dos Reis Sobrinho. Eles assumem no lugar de Sizenando Ferro e Edson Pio, que renunciaram.
Na busca por mais três pontos, o Sport tem vários desfalques. Estarão fora o zagueiro Gustavo (recém-contratado e que se contundiu às vésperas da estreia), o meia Fabrício, os volantes Tobi e Zé Antônio, o atacante Leandro e o lateral Dutra, também lesionados. O volante Germano (ex-Vila Nova) está suspenso.
Ciro, atacante de 21 anos, é o artilheiro da Série B com 11 gols e principal esperança de vitórias do time. Ele disputou e foi vice do Mundial Sub-20, ano passado, pela seleção brasileira. Outro jogador de renome é o meia Marcelinho Paraíba, liberado pelo São Paulo.
Da base que levou o Sport ao título da Copa do Brasil, em 2008, continuam o goleiro Magrão, os zagueiros César e Ígor, o lateral Dutra, o volante Daniel Paulista e Ciro.

Syd condiciona renúncia à saída de Hailé e empresta atacantes.


Com o poema Versos Íntimos do poeta brasileiro Augusto dos Anjos, que diz, entre outras coisas, que "a mão que afaga é a mesma que apedreja", o presidente do Goiás, Syd de Oliveira Reis, iniciou ontem, na Serrinha, o discurso do "Fico". Ele também anunciou o empréstimo para clubes do exterior dos atacantes Felipe, um dos artilheiros do alviverde na temporada (10 gols), e Johnathan, revelação do clube no ano passado. Os versos abriram uma nova série de críticas ao presidente do Conselho Deliberativo, Hailé Pinheiro.
Negando novamente a renúncia, que chegou a ser pedida por Hailé, Syd voltou a condicionar tal atitude. Se antes chegou a dizer que só deixa o Goiás por "enfarte, derrame ou tiro", agora admite pensar em sair se Hailé renunciar ao cargo de presidente do Conselho. Além disso, ele responsabiliza gestões anteriores pelo atual momento do Goiás, em campo e fora dele.
"Existe uma condição atual em que eu possa renunciar. Estou sabendo que os dois vice-presidentes (Alexandre Iunes e Sebastião Macalé) renunciaram (assinaram carta-renúncia). Se o presidente do Conselho Deliberativo também renunciar, eu vou pensar na minha renúncia", afirmou Syd,que garante ter apoio de 300 sócios e/ou conselheiros do Goiás.
Ao recitar o poema de Augusto dos Anjos na íntegra, Syd reiterou a postura de enfrentamento a um dos principais dirigentes da história do clube, Hailé. Com o poema, o presidente faz uma analogia com a situação que vive no clube: de ter adversários que antes eram aliados. "O homem que nesta terra miserável mora entre feras, sente inevitável necessidade de também ser fera. (...) Apedreja essa mão vil que te afaga, escarra nessa boca que te beija", diz os versos.
Empréstimos
O atacante Felipe encerra o seu ciclo no Goiás e vai para o Al-Nasr, dos Emirados Árabes, time que é comandado por Hélio dos Anjos, que pediu a contratação do jogador ao alviverde em 2008 e com quem o artilheiro teve sua melhor temporada - no ano passado, ele foi o segundo maior goleador do País com 34 gols, atrás de Diego Tardelli. O empréstimo até o fim do ano, quando se encerra o contrato do jogador com o Goiás, renderá US$ 500 mil (R$ 880 mil) ao alviverde. Sem poder negociar jogadores em definitivo (precisa de aprovação do Conselho), Syd tomou decisão para emprestar jogadores.

O interesse do clube árabe por Felipe não é novidade. Segundo Syd, o artilheiro quer deixar o Goiás e "a comissão técnica acha que ele pode ser dispensado". "O Felipe não jogaria mais aqui. Ele não tem cabeça para jogar aqui." De acordo com o presidente, Felipe não arrebentaria "por um time que negou a grande chance da vida dele". "Ficar aqui talvez ele vai receber como uma punição", definiu.
A negociação de Johnathan, de 20 anos, com o Arles-Avignon, último colocado do Campeonato Francês - estreia na 1ª Divisão nesta temporada -, também é motivada pelo aspecto psicológico. "Achamos que vai fazer muito bem para ele e, se nós não fizéssemos isso, ele iria embora para São Paulo e iria encerrar a carreira dele", afirmou Syd, que acrescenta que o jogador "não sabe gerir bem a sua vida".
O atacante apareceu no final de 2008, foi para o profissional e chegou a ter casos de indisciplina. Johnathan ficará no clube francês até 31 de julho do ano que vem e prorrogou seu vínculo com o Goiás por mais um ano - o empréstimo dele será por um valor "simbólico" (R$ 50 mil).
Com o Goiás na zona de rebaixamento há quatro rodadas, aproveitamento de apenas 28,89% e sem vencer há oito jogos no Brasileirão, Syd praticamente se exime de culpa pela atual situação do clube. E ainda se diz de mãos atadas para resolver os problemas. "Desde que não sejam prejudicadas as ações do presidente, que ele não seja impedido de fazer as coisas, ele conseguirá fazer. Se amarram o presidente, se suprimem a capacidade dele de resolver problemas,infelizmente vocês (repórteres) têm de atribuir a culpa a quem faz isso e não ao presidente", disse o mandatário do Goiás.
Sobre uma possível retaliação por conta da força e influência de Hailé no alviverde, Syd garante estar tranquilo. "Vão ter de arranjar uma falta bastante grave para conseguir fazer uma Assembleia que tenha pessoas dispostas a condenar um inocente e retirá-lo do Goiás."
Para dirigente, órgão é autoritário
Ontem, o presidente Syd de Oliveira Reis adotou a mesma estratégia da semana passada de distribuir um comunicado, de três páginas, que leu antes de responder algumas perguntas. No discurso, que durou 12 minutos, disse que o Conselho Deliberativo, é autoritário. O presidente do órgão, Hailé Pinheiro, é seu principal adversário atualmente, apesar de Syd ter sido eleito com o apoio do dirigente em 2008.
No discurso, Syd disse que uniu dois grupos ao se lançar candidato e que se surpreendeu com "o comportamento de certas pessoas, que são sedentas de poder". Ele questiona o contrato com a Luppi e o destino do dinheiro da venda de Welliton, em 2007.
Syd voltou a comentar sobre a negociação do zagueiro Rafael Toloi, impedida pelo Conselho. Segundo ele, a renda do negócio (3 milhões de euros por 50% dos direitos do jogador) poderia sanar pendências financeiras do clube, que deve salário e premiações ao elenco.
"Pedem minha renúncia para que, no final do ano, se o time for rebaixado, seja eu o vilão do fracasso ou, caso contrário, eles se arvorarão de salvadores do clube." Ele considerou o veto uma "forma de boicote à atual administração".
Amaral e Rafael Toloi devem voltar ao time do Goiás amanhã, contra o Fluminense, às 19h30, no Serra Dourada. Os ingressos custam 20 reais (arquibancada) e 40 reais (cadeira).(PP)
Fluminense chega hoje a Goiânia
Líder do Brasileirão com 33 pontos, o Fluminense chega hoje, por volta de 19 horas, a Goiânia e não treina em solo goiano antes de enfrentar o Goiás amanhã, às 19h30, no Serra Dourada. O clube faz a última atividade antes da 16ªrodada no Rio, nas Laranjeiras, às 10 horas. A viagem será à tarde.
O técnico Muricy Ramalho, depois de deixar o Maracanã satisfeito com o empate no clássico com o Vasco, não teve o que comemorar ontem. O Fluminense tem problemas para as duas próximas partidas. Peça importante no esquema da equipe, o volante Diguinho sofreu uma torção no tornozelo esquerdo no clássico e é desfalque para o jogo de amanhã, contra o alviverde. Pior, o jogador provavelmente também não poderá encarar o São Paulo, no fim de semana, pela 17ª rodada.
Como se não bastasse, Muricy ficou sabendo ainda que o atacante Fred ficará mais tempo fora de ação. Recuperando-se de estiramento muscular na panturrilha, Fred era aguardado para jogar contra o São Paulo, mas agora a expectativa mais cautelosa é de que só volte na 19ª rodada.
Para a vaga de Diguinho, Muricy tem como opções Fernando Bob, Valência e Belletti, que mantém o esquema com dois volantes. Mas o treinador pode optar por Deco e tornar o time ainda mais ofensivo.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

René prevê título do Brasileiro em 5 anos.


O empate por 1 a 1, ontem, diante do Internacional, em Porto Alegre, dividiu opiniões entre jogadores e o técnico René Simões, que vem se empolgando com a estrutura e o projeto do Atlético. Tanto que até disparou no fim da partida de ontem: "Estou entusiasmadíssimo. O clube quer crescer. Corro o risco de alguém tripudiar sobre o que vou dizer, mas acredito que muito cedo, e isso é algo para daqui uns 5 anos, o Atlético será campeão brasileiro."
René gostou da evolução da equipe no jogo de ontem, mas ressaltou a ansiedade dos jogadores e os passes errados com questões a serem exaustivamente trabalhadas. Ele não costuma reclamar da arbitragem, mas ficou indignado com dois erros graves dos assistentes. "Foi lamentável o impedimento do Tiuí e do William também. Foi na minha frente e a marcação foi errada", aponta. Mas os jogadores, apesar de concordarem que a equipe mostrou evolução, saíram de campo com sentimento de que poderiam ter vencido.
"Deixamos de somar dois pontos. O Inter errou muitos passes e estávamos melhor no jogo. O empate para nós foi ruim pelo que foi o jogo, mas bom por ter sido fora de casa contra uma grande equipe", avalia Carlinhos Bala.
"É mais um jogo que a gente deixa de somar dois pontos. Erramos bastante passes. Estávamos contando com estes três pontos, mas agora é nos recuperar e preparar para mais uma pedreira", diz Robston, referindo-se ao jogo de quinta-feira, contra o Palmeiras.


Presidente do Goiás revela hoje futuro dele e do clube.


Hoje, uma entrevista coletiva que vai ser concedida pelo presidente do Goiás, Syd de Oliveira Reis, deve definir o futuro do clube e até do próprio dirigente, que afirmou ontem ao POPULAR que "está em situação difícil e que, nesse momento, tudo é possível".
Quando afirmou que "tudo é possível", o dirigente do alviverde admitiu que até a renúncia do cargo que ele ocupa pode ser anunciada hoje na entrevista, cujo horário não foi confirmado, mas que deve ser por volta de 11h30. "Posso dizer que eu não tenho apego ao cargo", comentou o dirigente, que se mostrou evasivo e com a voz triste no rápido contato por telefone com o POPULAR.
A renúncia dele à presidência executiva foi proposta quarta-feira pelo presidente do Conselho Deliberativo do Goiás, Hailé Pinheiro, mas sem uma resposta imediata. Indicado, apoiado e eleito pelo grupo de sócios ligados a Hailé Pinheiro, Syd de Oliveira está em rota de colisão com o homem-forte do clube.
Um documento foi redigido e assinado pelos vice-presidentes do clube, Sebastião Macalé e Alexandre Iunes, propondo a renúncia coletiva da atual diretoria - o documento foi entregue a Hailé Pinheiro e nele ficou faltando a assinatura de Syd de Oliveira.
A informação foi confirmada por Sebastião Macalé, que antes havia renunciado ao cargo de diretor de futebol do clube por discordar da demissão do diretor jurídico do alviverde, Felicíssimo Sena. "Me afastei totalmente do clube. Não quero atrapalhar. Eu tenho de me afastar dessa situação. Se ele (Syd de Oliveira Reis) não assinar (o documento), vou parar para pensar e ver que caminho tomar", revelou Macalé, ontem, acrescentando que não tem participado das decisões tomadas e que não pretende continuar na atual gestão do clube.
A crise política e administrativa do Goiás vai se afunilando, também, com os resultados ruins do time na Série A do Brasileiro - o alviverde está sem vencer na competição há oito rodadas, voltou a ocupar a faixa do rebaixamento e o risco de queda já é eminente no clube.

Lamentações
O melhor resultado, recente, foi a classificação à próxima fase da Copa Sul-Americana, na qual o time eliminou o Grêmio. A derrota de 2 a 1, sábado, em casa, para o Grêmio Prudente, piorou ainda mais a situação interna - o Goiás é o penúltimo com 13 pontos.
"Estou lambendo as feridas. A derrota não estava nos planos", lamentou o dirigente, acrescentando que, se depender dele, o técnico Emerson Leão está firme no comando da equipe. O presidente do Goiás concorda que é necessário reforçar o elenco, mas diz ser difícil encontrar bons jogadores para contratar. O clube ainda convive com dificuldades financeiras.
Syd de Oliveira reitera que tem o apoio da família dele em qualquer decisão que for tomar, além de ter o respaldo de outros esmeraldinos. Estas pessoas seriam ou foram consultadas pelo dirigente nos últimos dias. Ontem, o dia foi dedicado às reflexões sobre o momento político do clube.

Atacante Felipe pode deixar clube

Não é só o futuro político e administrativo o tema que vai ser tratado hoje, na entrevista coletiva, pelo atual presidente do Goiás, Syd de Oliveira Reis. Ele também deverá se posicionar em relação à situação do atacante Felipe, de 32 anos e que teria recebido, nos últimos dias, proposta do Al-Nasr, clube dos Emirados Árabes Unidos que é dirigido pelo ex-técnico do Goiás, Hélio dos Anjos.

Para tirar o jogador do alviverde, o clube do futebol árabe teria de pagar a multa rescisória ao Goiás, cujo valor não é confirmado pela diretoria esmeraldina - especula-se que seria cerca de R$ 1,8 milhão. O Sport também teria procurado o Goiás para levar o jogador.
Sábado, na derrota para o Grêmio Prudente por 2 a 1, Felipe foi relacionado pelo técnico Emerson Leão para o jogo, ficou no banco de reservas, mas acabou não jogando. "O Felipe não poderia jogar hoje (sábado). Pergunta para o presidente. Precisávamos cobrir o banco ofensivamente, mas essa eu não vou levar para casa", esquivou-se Leão ao explicar os motivos para deixar o artilheiro na reserva.

Mesmo ausente do time durante mais de três meses, Felipe é um dos artilheiros da equipe, na temporada, com dez gols. O atacante foi o segundo maior goleador do País, ano passado, e foi contratado pelo Goiás, no início de 2009, a pedido de Hélio dos Anjos logo após a eleição de Syd de Oliveira à presidência do Goiás.

"No meu pronunciamento, posso falar sobre isso (a negociação de Felipe)", revelou Syd de Oliveira. Segundo ele, até a situação e o futuro do zagueiro Rafael Toloi, de 19 anos, poderão ser tratados hoje na coletiva.

Toloi e o Goiás teriam recebido proposta de transferência para o futebol italiano, mas a negociação foi vetada pelo Conselho Deliberativo do clube. O veto é mais outro capítulo da crise entre Syd de Oliveira Reis e Hailé Pinheiro, antes aliados.
Hoje à tarde, o elenco alviverde vai se reapresentar para iniciar a preparação para a partida de quarta-feira, contra o Fluminense, no Serra Dourada, às 19h30. O Flu é líder do Brasileiro.


Divisão de acesso

Goianésia vence e garante classificação

O Goianésia garantiu a classificação antecipada para a fase final da Divisão de Acesso do Campeonato Goiano. Pela 10ª rodada da 1ª fase, o time da casa venceu o Inhumas por 4 a 2, no Estádio Valdeir José de Oliveira, em Goianésia. Com a vitória, a equipe azul e branca chegou aos 21 pontos conquistados e se mantém na ponta da classificação do certame.
O destaque da partida foi o atacante Nonato, que marcou duas vezes e chegou aos 12 gols, abrindo vantagem na artilharia da competição. Pereira e Alequito marcaram os outros gols do Goianésia. Watthimen e Dioguinho, de pênalti, descontaram para o Inhumas. Tiago, do Inhumas, foi expulso aos 36 minutos do segundo tempo.
A Aparecidense saltou para a vice-liderança ao bater o Iporá, no Estádio Anníbal Batista de Toledo, em Aparecida de Goiânia, por 1 a 0, chegando aos 16 pontos. O Iporá tem 13 pontos. O gol do jogo foi do meia Fabinho, aos 19 minutos do primeiro tempo.
Pela manhã, Jataiense e Cristalina ficaram no empate sem gols, no Estádio Genervino da Fonseca, em Catalão. Com o resultado, o time de Jataí caiu para a 3ª posição. Já o Cristalina subiu para 6º lugar.

Na parte de baixo da tabela, o Nerópolis deixou o Anápolis para trás ao bater o tricolor por 3 a 2, com um gol aos 48 minutos do segundo tempo, no Estádio Jaime Guerra, em Nerópolis. Roni e Zé Rodrigues marcaram para o time da casa, que foi para o 9º lugar. Ednaldo fez o gol da vitória. Rodrigo e Bruno fizeram para o time anapolino, 10º colocado.
No Estádio Durval Ferreira Franco, em Ipameri, o Novo Horizonte deixou a lanterna da competição nas mãos da Rioverdense, ao vencer por 1 a 0, gol de Adrianinho, aos 45 minutos da etapa final. Caimmy, da Rioverdense, foi expulso aos 17 minutos do segundo tempo. (Sérgio Lessa)

Vila Nova

Preparador físico sai após críticas de técnico

A onda de demissões no Vila Nova fez, no fim de semana, mais uma vítima no clube. Dessa vez, o presidente do Vila Nova, Geso de Oliveira, decidiu demitir o preparador físico, Jean Cláudio, após críticas feitas pelo técnico Roberto Cavalo ao preparo físico do elenco vilanovense na derrota de 3 a 2 para o ASA (AL), sexta-feira, no Serra Dourada.
Geso de Oliveira não explicou a demissão de Jean Cláudio e apenas revelou que, por enquanto, a preparação física ficará sob os cuidados de Rodrigo Rocha, profissional da comissão técnica do clube.

O presidente do Vila disse que vai buscar outro profissional para substituir Jean Cláudio - ele foi contratado pelo ex-diretor de futebol, Jair Rabelo, que deixou o clube após os péssimos resultados na Série B, em que o Vila é lanterna.
O dirigente revelou que está à procura de três contratações: um lateral-direito, um atacante e um meia-armador. O clube busca o meia Ailton (ex-Itumbiara) e tenta a volta do atacante Pedro Júnior.
Hoje, de manhã, a delegação do Vila viaja para Recife onde, amanhã, o time enfrenta o Sport, às 21 horas, no Estádio Ilha do Retiro.

Atlético deixa vitória escapar diante dos reservas do Inter.


Mais uma vez o Atlético ficou no "quase" no Campeonato Brasileiro. A falta de pontaria e um erro de arbitragem foram determinantes para que o Dragão não vencesse sua primeira partida fora de casa na competição. Ontem, pela 15ª rodada, o rubronegro saiu na frente, mas acabou empatando por 1 a 1 com o time reserva do Internacional, no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre.
O resultado manteve o Atlético na lanterna, com 10 pontos. Um empate, fora de casa, contra o campeão da Copa Libertadores seria um bom resultado em condições normais. Porém, além de o colorado ter entrado com o time reserva - apenas o goleiro Renan de titular -, o Dragão teve mais oportunidades de sair com a vitória que o time da casa. O rubronegro volta a campo, quinta-feira, diante do Palmeiras, no Pacaembu. Jairo, que recebeu o terceiro cartão amarelo ontem, não poderá atuar.
O Inter tomou a iniciativa do jogo. O Atlético se dedicava a se defender, mas saía com perigo. O time goiano assustou os gaúchos logo aos 5 minutos de partida. O Dragão fez uma boa trama na defesa colorada e Robston deixou William frente a frente com Renan. O meia chegou a marcar o gol, anulado pela arbitragem que, corretamente, assinalou impedimento de William.
Aos 9, o Inter deu seu primeiro chute. Leandro Damião chutou forte a gol, mas Jairo desviou de peito. Aos 11, o atacante deu um chapéu em Victor Ferraz, passou por Welton Felipe e Jairo e, mesmo desequilibrado, chutou para a defesa de Márcio.
O Atlético sentiu que poderia ousar e começou a se soltar, criando boas jogadas e chegando a pressionar o adversário. Entretanto, Renan não tinha trabalho, já que os atleticanos não acertavam o gol. Aos 28, William recebeu a bola e sairia cara a cara com Renan, mas o assistente de arbitragem, Ednílson Corona, assinalou impedimento inexistente do meia rubronegro.
O Inter só levou perigo real aos 38. Andrezinho cobrou falta com precisão, mas Márcio fez grande defesa. O Atlético já merecia ter vantagem no placar e transformou sua superioridade em gol aos 41 minutos. Victor Ferraz dominou a bola na entrada da meia-lua e chutou rasteiro no canto direito de Renan. A única bola que acertou o gol do Inter, entrou.
O Inter voltou melhor no segundo tempo. O Dragão manteve a estratégia de se fechar para sair nos contra-ataques. Porém, não conseguia encaixar a saída rápida. Em uma delas, aos 11, foi o Inter que chegou com Leonardo, que levou perigo ao gol de Márcio. Aos 13, Sorondo cabeceou para a defesa de Márcio.
Aos 21, o Inter empatou. Andrezinho recebeu totalmente livre, na área atleticana, e chutou para a ótima defesa de Márcio, mas Leandro Damião pegou o rebote e chutou para o gol vazio: 1 a 1. Aos 24, após cruzamento, Robston bateu mascado de primeira e Tiuí, livre na pequena área, passou da bola.
Aos 26, Anailson, que tinha acabado de entrar, deixou William cara a cara com Renan. O meia tirou do goleiro, mas a bola bateu no pé da trave, levando o técnico René Simões ao desespero.
Aos 32, Anailson deixou Rodrigo Tiuí frente a frente com Renan. O atacante chegou a passar pelo goleiro, mas o assistente Márcio Eustáquio Santiago assinalou um impedimento inexistente, prejudicando o Dragão. No jogo, foram sete impedimentos do ataque atleticano.
René prevê título do Brasileiro em 5 anos
O empate por 1 a 1, ontem, diante do Internacional, em Porto Alegre, dividiu opiniões entre jogadores e o técnico René Simões, que vem se empolgando com a estrutura e o projeto do Atlético. Tanto que até disparou no fim da partida de ontem: "Estou entusiasmadíssimo. O clube quer crescer. Corro o risco de alguém tripudiar sobre o que vou dizer, mas acredito que muito cedo, e isso é algo para daqui uns 5 anos, o Atlético será campeão brasileiro."
René gostou da evolução da equipe no jogo de ontem, mas ressaltou a ansiedade dos jogadores e os passes errados com questões a serem exaustivamente trabalhadas. Ele não costuma reclamar da arbitragem, mas ficou indignado com dois erros graves dos assistentes. "Foi lamentável o impedimento do Tiuí e do William também. Foi na minha frente e a marcação foi errada", aponta. Mas os jogadores, apesar de concordarem que a equipe mostrou evolução, saíram de campo com sentimento de que poderiam ter vencido.
"Deixamos de somar dois pontos. O Inter errou muitos passes e estávamos melhor no jogo. O empate para nós foi ruim pelo que foi o jogo, mas bom por ter sido fora de casa contra uma grande equipe", avalia Carlinhos Bala.
"É mais um jogo que a gente deixa de somar dois pontos. Erramos bastante passes. Estávamos contando com estes três pontos, mas agora é nos recuperar e preparar para mais uma pedreira", diz Robston, referindo-se ao jogo de quinta-feira, contra o Palmeiras.
Ficha técnica

1 - INTERNACIONAL:Renan; Bruno Silva, Sorondo, Ronaldo Alves (Fabiano Eller) e Leonardo; Glaydson, Derlei, Edu (Oscar), Andrezinho e Everton (Marquinhos); Leandro Damião.Técnico:Celso Roth.
1 - ATLÉTICO:Márcio; Victor Ferraz, Jairo, Welton Felipe e Thiago Feltri; Pituca, Ramalho, Robston, William (Carlinhos Bala) e Elias (Anailson); Rodrigo Tiuí (Pedro Paulo).Técnico:René Simões.
Local:Estádio Beira-Rio (Porto Alegre).Árbitro:Paulo César de Oliveira (Fifa/SP).Assistentes:Ednílson Corona (Fifa/SP) e Márcio Eustáquio Santiago (Fifa/MG). Público: 13.017 pagantes.Renda:R$ 200.225,00.Gols:Victor Ferraz, aos 41 minutos do 1º tempo. Leandro Damião, aos 21 minutos do 2º tempo.

sábado, 21 de agosto de 2010

Vila perde mais uma no Serra e segue na lanterna.


Não foi ainda dessa vez que o Vila Nova conseguiu duas vitórias seguidas nesta Série B. Ontem, mesmo jogando em casa, foi derrotado pelo ASA (AL) e, com os mesmos sete pontos que tinha, se isolou mais ainda na última colocação, com dois pontos a menos do que o Ipatinga (MG), o penúltimo. Na próxima rodada, o Vila Nova pega o Sport, em Recife.
O Vila começou bem com uma arrancada de Gil, mas o ASA mostrou que sabe se defender e contra-atacar com eficiência. Aos 6 minutos, o time alagoano trocou passes no setor esquerdo e a bola chegou até o atacante Júnior Viçosa, que chutou no canto esquerdo e abriu o placar. Ao contrário do que ocorreu em outros jogos, o Vila não se abalou tanto. Melhorou o rendimento, passou a pressionar o ASA em seu campo e aos 27 minutos chegou ao empate. Ele veio após cruzamento da direita. Roni ajeitou e Max Pardalzinho se livrou da marcação e do goleiro, chutando quase sem ângulo: 1 a 1.
Na etapa final, parecia que a reação vilanovense ia se concretizar e resultaria na segunda vitória consecutiva. Aos 5 minutos, David, na entrada da área, dominou e chutou no canto direito. Um belo gol e 2 a1 no placar. Mas aí o ASA pôs suas asas de fora novamente. Aos 9 minutos, MaxPardalzinho perdeu bola no meio, a defesa estava mal posicionada e Luís Mário deixou Júnior Viçosa em condições de empatar: 2 a 2.
Em outro erro de marcação da defesa colorada, aos 11 minutos, Audálio subiu mais do que Juninho e fechou o placar: 3 a 2. Outra decepção para a torcida colorada, que viu só uma vitória do time no Serra Dourada até agora, contra o Icasa.
Para Cavalo, derrota foi merecida
Avaliando o desempenho do Vila Nova na derrota por 3 a 2 para o ASA (AL), o técnico Roberto Cavalo disse que o time colorado, realmente, não merecia vencer o jogo. Segundo ele, o resultado poderia ser ainda pior. "Se o ASA aperta um pouco, fazia mais", conta.
O técnico ressaltou que não tinha se iludido com a vitória sobre o América (RN) na rodada anterior, na casa do adversário. "Disse que vencemos, mas não convencemos", afirma.
Os jogadores saíram com poucas palavras após o jogo. Um dos poucos que resolveu falar, o volante Adilson disse que o time do Vila Nova estava mal posicionado e errou muitos passes. "Estamos numa situação complicada, mas uma hora a bola vai entrar e a gente vai ganhar", aposta.
FICHA TÉCNICA:
2 VILA NOVA:Max; Juninho, Mimica, Chris e Thyago Fernandes (Jorge Henrique); Adílson, Davi Ceará (Wendel) e Davi; Gil (Thalles), Roni e Max Pardalzinho. Técnico: Roberto Cavalo.
3 ASA:Paulo Musse; Maisena, Plínio, Ewerton e Magal; Rincon, Didira, Audálio, Ciel (Anderson) e Luís Mário (João Vítor); Júnior Viçosa (Nena). Técnico: Vica.
Local: Estádio Serra Dourada. Árbitro: Carlos Ronne Casas de Paiva (AC). Assistentes: Rener Santos de Carvalho (AC) e Jean Carlos da Silva (AC). Público: 2.115 pagantes. Renda: R$ 29.283,00. Gols: Júnior Viçosa, aos 6, e Max Pardalzinho, aos 32 minutos do 1º tempo. David, aos 5, Júnior Viçosa, aos 9, e Audálio, aos 11 minutos do 2º tempo. Expulsão: Wendel.

Tentando fugir da crise, Goiás recebe Prudente no Serra.


O Goiás vai a campo hoje, às 18h30, contra o Grêmio Prudente, no Serra Dourada, para iniciar uma sequência de jogos que define a vida do clube no Campeonato Brasileiro. É no fator casa que o alviverde aposta para voltar a vencer na competição - o que ainda não ocorreu após a paralisação para a Copa do Mundo -, deixar a zona de rebaixamento, que frequenta desde a 12ª rodada, e minimizar a crise política e financeira.
Uma vitória dentro de casa contra o Grêmio Prudente pela 15ª rodada da Série A diminui a pressão em campo e coloca o futebol do clube em primeiro plano. Na última semana, o foco foi o racha político e a instabilidade financeira que o alviverde vive, com a briga entre o presidente Syd de Oliveira Reis e o presidente do Conselho Deliberativo, Hailé Pinheiro.
Sob a acusação de não ter o apoio do elenco, Syd de Oliveira Reis conversou ontem à tarde, na concentração, com jogadores e comissão técnica, que ouviram dele a promessa de acertar premiações e salários atrasados. Durante 20 minutos, o dirigente procurou mostrar que não está distante do grupo e tentou passar confiança.
"Ele falou da importância de todos nós, que está ao lado. Disse para colocarmos a bola na rede do adversário, que o pagamento está atrasado e que ele vai tentar acertar. Falou que sabe que os bichos também estão, mas ele está se desdobrando", comentou o técnico Emerson Leão. O atraso é do salário de julho e 14 premiações, de 2009 e 2010.
Nas próximas quatro rodadas, o Goiás terá três jogos em casa: Grêmio Prudente, Fluminense (quarta-feira) e Atlético/MG (1º de setembro). "O verdadeiro torcedor do Goiás deveria ir ao estádio para nos apoiar. Até porque os únicos que podem tirar o Goiás desta situações somos nós", afirmou Éverton Santos sobre as recorrentes vaias da torcida no Serra.
Nos dois últimos dias, Leão teve problemas no ataque. O titular Pedrão sofreu pancada no tornozelo e Johnathan torceu o pé. Felipe é a principal opção, mas o treinador quer melhor movimentação do jogador.
Os desfalques são o volante Amaral e o zagueiro Rafael Toloi, suspensos. Na zaga, Ernando volta após cumprir suspensão. No meio-de-campo, a dúvida está entre Rithely e Romerito. No treino de quinta-feira, uma conversa entre Romerito e Leão após marcação de falta cometida pelo jogador pareceu ser em tom ríspido. "Não foi discussão, foi diálogo. Se nós tivéssemos tido uma discussão muito ríspida, ele não treinaria hoje", encerrou Leão.
Antônio Carlos estreia à frente do time paulista
Depois de perder, quinta-feira, três pontos no tapetão por conta de escalação irregular do zagueiro Paulão, o Grêmio Prudente tem na estreia do técnico Antônio Carlos a esperança de uma motivação diferente para se recuperar de uma sequência ruim no Campeonato Brasileiro. O time, que hoje enfrenta o Goiás, caiu para a 19ª posição e tem um ponto a menos do que o Goiás (12).
O time não vence há cinco jogos. O último triunfo foi o 2 a 0 sobre o Grêmio, na 9ª rodada. Depois disso, empatou três vezes, com São Paulo, Vitória e Cruzeiro, e perdeu duas, para Santos e Vasco.
Antônio Carlos, ex-Palmeiras, substitui Toninho Cecílio, que foi para o Vitória. O meia Wesley está suspenso e Adriano Pimenta ocupa a vaga na armação do meio-de-campo.

Contra Inter, Elias volta a ser titular no Dragão.


O Atlético já está em Porto Alegre para o confronto de amanhã diante do Internacional, que conquistou, na quarta-feira, a Copa Libertadores da América. Se a missão do lanterna do Brasileirão é ingrata, a esperança é de que as mudanças na equipe surtam efeito. O técnico René Simões deve fazer três modificações e Elias, depois de um longo tempo mergulhado em uma má fase, volta a ser titular.
"O Elias tem 32 gols pelo Atlético, passou por um momento ruim e demos um tempo para ele se recuperar. Sua qualidade é muito boa e eu conto com ele", elogia René. "O Elias dá ritmo ao time. Acelera com o passe longo, segura com o passe curto, chega na área e é um bom finalizador. Ele vem treinando cada dia melhor e espero que ele jogue o que pode jogar", estima o técnico, que revelou ter tido longas conversas com Elias.
Até a chegada do técnico Geninho, em fevereiro, Elias era titular absoluto do Dragão. Porém, alegando que o meia tinha dificuldades na marcação, Geninho foi excluindo Elias aos poucos. Com Roberto Fernandes, o jogador chegou a atuar em duas partidas e depois alternou banco com jogos em que sequer era convocado.
"Alegria e vontade eu sempre tive. Sou feliz no Atlético. Só fiquei muito chateado porque sei do meu potencial e não estava tão abaixo para poder sequer ser relacionado para os jogos. Gosto do Atlético e quero ajudar a tirar o time desta situação", desabafa Elias, que quer "dar a resposta em campo", amanhã, contra o Inter.
"Nada melhor que começar esta reabilitação contra uma equipe vencedora como a do Inter. Na maioria dos jogos na Série A, as outras equipes serão consideradas favoritas. O Atlético é um time grande e joga como um. Temos de nos impor para que as equipes passem a nos respeitar", afirma.
Além da entrada de Elias no lugar de Anailson, Robston, que cumpriu suspensão automática, volta ao time no lugar de Carlinhos Bala, e Jairo ganha a condição de titular no lugar de Daniel Marques. René confirma hoje o time para o jogo de amanhã, mas a formação deverá ser: Márcio; Victor Ferraz, Jairo, Welton Felipe e Thiago Feltri; Pituca, Ramalho, Robston, William e Elias; Rodrigo Tiuí.
Os recém-contratados Diguinho e Josiel viajaram ontem com a delegação para Porto Alegre. O primeiro deve jogar e o segundo foi à capital gaúcha visitar a família.