O relator, a serviço do mentor maior do mensalão e na ânsia de agradar seu chefe, produziu o mais malfeito e inconsistente “relatório” de todas as CPMIs criadas até hoje no Congresso Nacional.
O “relatório” é tão confuso, direcionado e inconsistente que fica difícil até contestá-lo pontualmente. Fica o repúdio, de forma veemente, a esta peça de ficção elaborada exclusivamente como instrumento de vingança.
Aos fatos:
1. O governador solicitou, por iniciativa própria, que o MPF abrisse processo para investigá-lo.
2. Em respeito ao Congresso Nacional e como ex-parlamentar, ofereceu-se espontaneamente para comparecer à CPMI do Cachoeira, onde respondeu com clareza, objetividade e transparência todos os questionamentos que lhe foram feitos e, em seguida, ofereceu a quebra de todos os seus sigilos – fiscal, telefônico e bancário.
3. Depois de quase três anos de investigações e mais de 30 mil horas de gravações e todos os sigilos do governador à sua disposição, o relator teve oito meses para fundamentar suas posições que, diga-se de passagem, foram manifestadas de forma irresponsável ao longo desse período. Mesmo com toda a farta documentação, ele não conseguiu demonstrar a mínima conexão ou favorecimento do governador Marconi Perillo com o grupo Delta/ Cachoeira.
4. De forma hilária, o relator cria em seu “relatório” a entrega de dinheiro em sistema delivery que, durante as investigações ele afirmou categoricamente que havia sido feito no Palácio das Esmeraldas, e no “relatório” apresentado, ele transfere a entrega para Anápolis, região ou, ainda, Pirenópolis.
5. Não existe, em todo o material analisado pela CPMI, nenhum fato ou indício de vantagens concedidas pelo governo ao grupo Delta/Cachoeira. Por esta razão, o relator não indicou, na farsa apresentada por ele como “relatório”, um único fato concreto sequer de vantagens oferecidas a esse ou a qualquer outro grupo.
6. A pressa do relator, em encerrar esta CPMI antes de analisar mais de 500 pedidos de depoimento e de quebra de sigilos, evidencia seu pavor ao ver que as investigações caminhavam perigosamente em direção à verdade nua e crua dos fatos, isto é, ao DNIT e governos estaduais e municipais ligados ao partido dele.
7. Não convocar membros da administração federal, de governos estaduais e de prefeituras detentores dos maiores contratos do grupo Delta/Cachoeira com entidades públicas foi o maior indicativo de que esta CPMI foi transformada pelo relator e alguns de seus apoiadores em um grande circo.
8. O que vimos no “relatório” covarde, parcial e direcionado, elaborado como instrumento de vingança contra desafetos do líder maior oculto do mensalão foi uma tentativa de, através de fragmentos de gravações, montar uma peça frágil, inconsistente, sem o mínimo de embasamento técnico ou de provas para incriminar e desgastar politicamente adversários dos mensaleiros.
9. Diante disso, da fragilidade do “relatório”, do espírito de vingança do relator e do fato de esta peça elaborada pelo deputado Odair Cunha nada de novo ter trazido e não ter conseguido provar nenhuma das sandices ditas por ele ao longo dos últimos oito meses, o governador não se manifestará mais sobre esses assuntos, pois já prestou, no período, todas as informações solicitadas pela CPMI e pela sociedade de forma geral através da imprensa.
10. O governador se reserva o direito de, a partir de agora, prestar as informações relativas ao caso ao Superior Tribunal de Justiça, onde as investigações já são conduzidas de forma isenta por pessoas de bem, honestas e que não estão a serviço de nenhum partido político.
11. Desta forma, mais uma vez o governador Marconi Perillo reafirma sua inocência e, se confirmado o pedido de indiciamento formulado pelo relator, terá sido esta uma ação mesquinha, midiática, covarde, irresponsável e inócua.
2 comentários:
FALOU E DISSE.
O excelentíssimo senhor governador do estado de Goiás precisa de, bem mais que uma nota e do apoio de parte da imprensa goiana para defender-se das acusações levantadas pelo relatório do deputado Odair Cunha (PT/MG).
O que me assusta é ver, parte da imprensa de meu estado, imprensa que deveria ser isonômica e séria acobertando o que de fato esta detalhado no relatório do parlamentar citado acima. As táticas dos partidos oposicionistas, através de seus maiores representantes de, atribuir ao ex-Presidente Luís Inácio Lula da Silva tudo o que de ruim lhes ocorre e é divulgado com o que esta exposto no livro a privataria tucana, a relação do ex-senador Demostenes Torres, a ligação do jornalista Policarpo Junior (Revista Veja), e conforme apontado no relatório referido, do elo de Marconi Perillo, nosso excelentíssimo governador com Carlos Augusto Ramos é de imaginar e nos fazer acreditar numa força que o Lula não tem. Ele não é sobrehumano, não tem o poder de mandar em tudo e todos.
Marconi Perillo de fato solicitou ao Ministerio Publico Federal (MPF) que fosse investigado, diga-se de passagem, em partes. Mesmo ministério publico que, através de seu procurador geral Roberto Gurgel enrolou e engavetou investigações contra o mesmo Carlinhos Cachoeira e Demostenes Torres. Ofereceu-se mesmo para ir a CPMI mas foi vago em muitas de suas declarações e foi escoltado pelos partidos que coalizam com o seu nas esferas estadual e federal. Somente autorizou a quebra de seus sigilos após, o Governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz, que longe de ser probo, o fez após 24 horas da presença de Marconi na mesma comissão.
Nos demais pontos da nota oficial do governo, nosso administrador estadual cita que talvez o relator tenha encerrado o relatório com medo que o mesmo respingasse nas administrações petistas, mesmo que não tenha as citado diretamente. Ora, esquece-se o nosso mandatário que consta no mesmo relatório denuncia contra o Prefeito de Palmas, capital tocantinense, pelo mesmo deslize desse, ter se deixado envolver com o grupo de Cachoeira? E olha que la, pelo menos ate agora, não há evidencias que o Carlinhos tenha indicado secretários ligados diretamente ao executivo.
Por falar em secretario, o Presidente da Agencia Goiana de Transportes e Obras Publicas (AGETOP) veio a publico dizer, também por meio de uma nota no inicio dos trabalhos da comissão do congresso nacional responsável por investigar e punir o contraventor e seus transgressores, que tinha uma doença grave e séria e com isso conseguiu livrar-se de dar explicações a mesma comissão em que esteve o seu chefe. Respeito o estado de saúde do senhor Jayme Rincón. Afirmo inclusive ser desumano ele ainda estar a frente de suas atividades laboriosas. Esse moço precisa repousar, mas, para o seu chefe talvez ele ainda lhe seja útil nas valorosas e difíceis missões que tem a cumprir.
Há, antes que eu me esqueça, o Supremo Tribunal Federal através do relator do processo do mensalão e agora presidente da mais alta corte do país e a maioria de seus pares julgou e condenou Jose Dirceu e Jose Genoino, AMBOS DO PT, baseados no domínio do fato. Não haviam provas suficientes, ainda assim eles foram condenados com base no fato de ocuparem cargos importantíssimos quando da existência do mensalão. Pois é, agora o mesmo domínio do fato pegou o, finalizo, excelentíssimo senhor governador.
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