sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Syd não suporta pressão e renuncia.


Syd de Oliveira Reis não suportou a pressão e o isolamento na tentativa de voltar ao comando do Goiás e renunciou ontem, no início da noite, ao cargo de presidente do clube. A decisão foi tomada após um dia inteiro de articulações e negociações para a entrega da carta-renúncia, de uma página, que chegou às mãos do vice-presidente do Conselho Deliberativo e líder da Comissão de Sindicância criada para apurar as supostas irregularidades da gestão 2009/2010, Edson Ferrari. Hailé Pinheiro reassume o alviverde após sete dias, tempo que Syd passou no posto máximo do clube por ter obtido liminar na Justiça.
Em carta endereçada ao Conselho e ao seu presidente, Syd falou sobre o que o motivou a renunciar. "Leva-me a fazê-lo a consciência que tenho de que o Goiás Esporte Clube deve estar sempre à frente dos interesses pessoais e todos os elementos que, de um modo ou de outro, participam da administração, dos interesses morais ou patrimoniais do nosso clube. Foi imbuído desse sentimento e consciente desse dever cumprido", escreveu o ex-presidente, que finalizou o documento desejando sorte à nova equipe que comandará o clube esmeraldino. Em agosto, Syd chegou a dizer que só deixaria a presidência em caso de "enfarte, derrame ou tiro".
Hailé irá acumular as funções de presidente executivo e do Conselho Deliberativo, mas terá quatro auxiliares de sua confiança. Juntos, eles formação uma comissão para gerir o Goiás. Alexandre Iunes cuida da parte jurídica, Marcelo Segurado é o responsável pela área administrativa e ajuda em outros departamentos e Edmo Mendonça Pinheiro fica mais diretamente ligado ao futebol. Marcos Figueiredo, que foi nomeado por Hailé diretor de futebol quando Syd foi suspenso preventivamente, disse não querer voltar ao cargo oficialmente, mas deve ajudar nos próximos passos.
Pagamento
A primeira atitude, que deve ser tomada até amanhã, é o pagamento de pelo menos um mês de salários aos jogadores do elenco - o atraso é de dois meses e já gerou insatisfação, desgaste e reclamações públicas antes da vitória sobre o Guarani, quarta-feira, por 3 a 1. A promessa é de que uma folha salarial será quitada ainda antes da partida contra o Inter, domingo, às 18h30, em Porto Alegre.

Depois disso, a ordem é arrumar a casa. "O primeiro objetivo é enxugar ao máximo. A gente tem de fechar as torneiras", disse Marcelo Segurado sobre a necessidade de cortar gastos e economizar. O dirigente minimiza a briga política pela qual o Goiás passou nos últimos meses (veja Na história). "Não está na hora de apontar erros."
Apesar do otimismo, Ferrari fala das dificuldades de recuperação do alviverde. "Serão dias difíceis para recuperar primeiro a confiança e o entusiasmo da torcida e depois para a diretoria executiva dar outro rumo ao Goiás", comentou o vice do Conselho.
O que culminou na renúncia de Syd, que permaneceu por um ano e oito meses como presidente, foi a posição insustentável na qual o dirigente se viu após a suspensão preventiva de 30 dias (dia 31 de agosto) e o afastamento de seus antigos aliados. Depois do afastamento temporário, a Comissão de Sindicância apontou 14 questionamentos para serem respondidos por Syd, que conseguiu uma liminar para voltar ao cargo. O Conselho sequer chegou a recorrer para tentar suspender ou cassar a decisão.
Syd respondeu aos 14 itens e encaminhou documentos à Comissão na quarta-feira. Segundo Ferrari, a Comissão está desfeita por conta da renúncia do agora ex-presidente - "ela não tem mais objeto" -, mas diz que as respostas serão enviadas ao Conselho. Procurados pela reportagem, Syd e Hailé não atenderam aos telefonemas.
Com situação definida, Hailé anteciparia pleito
No dia 1º, após assumir o Goiás por conta da suspensão preventiva de Syd de Oliveira Reis por 30 dias, o presidente do Conselho Deliberativo, Hailé Pinheiro, falou sobre o desejo de antecipar a realização das eleições no clube. Ele condicionou a medida à definição da situação da presidência. Com a renúncia de Syd, ontem, o caminho fica aberto para que o dirigente convoque novo pleito, a princípio previsto para dezembro.
Segundo Hailé, naquele dia, a antecipação das eleições não dependia da recuperação do alviverde no Campeonato Brasileiro. O Goiás venceu quarta-feirao Guarani (3 a 1), mas o time ainda precisa de uma série de resultados para sair da lanterna e da zona de rebaixamento à Série B.
Marcelo Segurado, superintendente geral do clube e um dos integrantes da comissão que vai comandar o Goiás a partir de agora, acredita que o grupo deve gerir o alviverde até o fim do ano. "Agora, o Goiás não precisa passar por um momento eleitoral", disse, acrescentando que novo pleito só desviaria o foco e deixaria o ambiente ainda turbulento.
O vice-presidente do Conselho Deliberativo, Edson Ferrari, acredita no sucesso do clube daqui para a frente. "Sou eterno otimista. O Hailé (Pinheiro) tem a experiência suficiente para administrar bem junto com o Conselho. O Goiás vai poder novamente dar alegria à torcida", afirmou o conselheiro esmeraldino. (PP)
NA HISTÓRIA


Gestão de Syd é marcada por polêmicas e divergências
Eleito no fim de dezembro de 2008, após eleição na qual venceu antigo aliado, Raimundo Queiroz, o ex-presidente Syd de Oliveira Reis teve a gestão marcada por polêmicas e isolamento político. Antes de assumir o cargo, Syd pleiteou a presidência, mas foi preterido e cedeu a cabeça de chapa ao diretor, Pedro Goulart, ainda no final de 2006.
À frente do clube, Syd nunca gostou de tomar a bênção do homem-forte e presidente do Conselho Deliberativo, Hailé Pinheiro.
Se no começo do mandato os resultados apareceram - o Goiás venceu o Estadual (2009) após três anos -, os problemas financeiros e administrativos logo desafiaram Syd de Oliveira. Em agosto de 2009, negociou o meia Felipe Menezes por R$ 3 milhões, com o Benfica, para pagar salários atrasados.
Edmo Mendonça Pinheiro, o Edminho, responsável pelas transações de atletas no clube, disse não ter sido consultado por Syd. Estava aberta a ferida. Depois, Edmo repatriou o atacante Fernandão - em carta recente, Syd afirma ter sido contra. O agora ex-presidente e o jogador tiveram relação marcada por divergências. O diretor de futebol, Marcos Figueiredo, saiu depois da pífia participação do time no Estadual e na Copa do Brasil.
Já o diretor jurídico, Felicíssimo Sena, deixou o cargo e o fato gerou a renúncia do diretor de futebol, Sebastião Macalé, e Alexandre Iunes saiu da assessoria jurídica - Macalé e Alexandre eram vices de Syd.
Isolado e com dificuldades financeira e administrativa, Syd decidiu negociar o zagueiro Rafael Toloi, assim como ceder o atacante Felipe ao Al-Nasr (Emirados Árabes) por US$ 500 mil, além de emprestar os atacantes Diogo Galvão ao Atlético e Jonhathan ao futebol francês.
Syd criticou Hailé. O Conselho se reuniu em 31 de agosto e decidiu por suspensão preventiva de 30 dias a Syd.(Jânio José da Silva)
Aliviado, elenco busca regularidade
A vitória sobre o Guarani, a primeira após a paralisação do Brasileiro para a Copa do Mundo - o jejum durou 12 jogos -, deixou o elenco do Goiás aliviado da pressão que sofria para vencer, mas o discurso ainda é o de melhorar o rendimento. E o time precisa, já que segue na lanterna da Série A, com 16 pontos e saldo negativo de 19 gols.
Ontem, um dia depois do triunfo sobre a equipe paulista (3 a 1) no início do returno do Brasileirão, jogadores exaltaram a "alegria no vestiário" e o relacionamento com o técnico Jorginho, que chegou à terceira partida no comando do Goiás.
O alviverde voltou a vencer num dia em que Felipe, artilheiro do ano passado nesta temporada e na de 2009, voltou a marcar gols depois de mais de quatro meses - fez dois, um deles de pênalti. "Foi o 4º ou 5º jogo que participei e aos poucos eu entro na minha forma ideal. Sair jogando é sempre melhor", comentou o atacante, que foi titular pela primeira vez no Brasileirão.
Numa projeção otimista, Felipe disse que o Goiás tentará fazer o dever de casa. "Se pudermos vencer os dez jogos em casa no 2º turno, vamos em busca disso", afirmou o jogador. Quarta-feira, o alviverde conseguiu a sua 3ª vitória em casa em 11 jogos, incluindo aí o triunfo no clássico contra o Atlético, no Serra Dourada, em que o rubronegro era o mandante. Até o fim da competição, fará mais nove partidas em seus domínios.
Logo após a vitória de quarta-feira, Romerito disse que o alviverde tem de valorizar o coletivo e elogiou Felipe. "Hoje (quarta), sobressaiu o nosso coletivo. Não é o individual, não temos jogador que desequilibra. Agora até voltamos a ter, que é o Felipe, é o matador. Nosso vestiário hoje estava muito mais alegre, voltou a ter uma música ali dentro, uma ambiente descontraído", disse o meio-de-campo, que também voltou a ser titular depois da paralisação do Campeonato Brasileiro para a Copa do Mundo.
Inter
No jogo contra o Inter, domingo, o Goiás não terá os volantes Carlos Alberto, suspenso, e Jonílson, que continua machucado. Rafael Toloi continua fora do time, já que pediu um tempo para recuperar a forma física ideal. Amaral e Douglas poderão voltar, pois cumpriram suspensão.

Ontem, no CT Edmo Pinheiro, os reservas e os que pouco atuaram na vitória sobre o Guarani fizeram um jogo-treino diante da Aparecidense e venceram por 3 a 1. O alviverde iniciou com Fábio; Wendel Santos, Rafael Toloi, Augusto e Jadílson; Amaral, Rithely, Carlos Alberto e Wellington Saci; Otacílio Neto e Éverton Santos.

Vila Nova muda 4 para enfrentar Icasa.


A delegação do Vila Nova viaja hoje para Juazeiro do Norte (CE), onde enfrenta o Icasa amanhã, às 21 horas, no Estádio Mauro Sampaio, em partida válida pela 21ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Assim como ocorreu contra a Portuguesa, o time sofrerá alterações. Só que dessa vez, com o retorno de três titulares. A outra mudança fica por conta da contusão do lateral Jorge Henrique.
As mudanças começam pela defesa, que não terá o zagueiro Éder Lima, que receber o terceiro cartão amarelo terça-feira e está suspenso. Em compensação, o técnico Ademir Fonseca conta com o retorno do também zagueiro Cris, que cumpriu suspensão no jogo contra a Portuguesa.
A outra mudança no setor defensivo será na lateral-esquerda. O titular Jorge Henrique deixou o Serra Dourada, terça-feira, reclamando de dores no joelho esquerdo. Ele se submeteu a exames e foi constatada uma lesão no menisco medial. Terá de passar por uma artroscopia e deve ficar inativo pelo menos um mês. Em seu lugar entra o reserva imediato, Thyago Fernandes.
No meio-de-campo, apesar do bom rendimento do time na vitória de 2 a 1 sobre a Portuguesa, Ademir Fernandes preferiu mexer novamente. Dessa vez, para o retorno do meia David, que cumpriu suspensão no último jogo. Sai Éberson, que estreou terça-feira e, mesmo estando sem ritmo, mostrou qualidades.
Por fim, as mudanças chegam até o ataque. Allan foi bem na vitória sobre a Lusa, participando de boas jogadas do time no primeiro tempo, além de ter sofrido o pênalti que resultou no primeiro gol colorado. Ele dará o lugar a Bruno Lopes, que vinha sendo o titular e marcou três gols nas últimas partidas.
"O mais importante é que quem está entrando na equipe está dando conta do recado", declarou o volante Juninho. Ontem o elenco vilanovanse treinou apenas no período da manhã.

Atlético é líder do ranking de cartões.

Se na classificação do Campeonato Brasileiro o Atlético está em 18º lugar, com 17 pontos, em outro quesito o Dragão está disparado na liderança da competição: cartões. São 79 recebidos nas 20 partidas que disputou. O Grêmio, 2º no ranking da indisciplina, recebeu 67 cartões, enquanto o Vasco, equipe que menos foi advertida, tinha recebido 38 até antes do jogo de ontem contra o Atlético (MG).
A quantidade excessiva de cartões dificulta a situação do rubronegro, que sofre com as constantes mudanças na formação por conta das suspensões. Para o jogo de amanhã, às 18h30, no Serra Dourada, contra o Fluminense, o Dragão não terá Diguinho, Pituca e Victor Ferraz, que receberam o terceiro amarelo. Pelo mesmo motivo, quarta-feira, contra o Grêmio, o rubronegro não teve William e Elias, artilheiro do Brasileirão ao lado de Bruno César, do Corinthians - ambos com 9 gols. Da mesma forma, Ramalho e Daniel Marques não atuaram contra o Vitória, domingo. Márcio, Pedro Paulo e Erandir, pendurados, podem se tornar as próximas baixas.
Com uma média de quase quatro (veja quadro) cartões recebidos por jogo no Brasileirão, a impressão é de que ou o Atlético é um time violento ou indisciplinado a ponto de receber muitas advertências por reclamação com a arbitragem. Para o volante Ramalho, que atuou contra o Grêmio, após cumprir suspensão diante do Vitória, a equipe não é maldosa, mas muitas vezes tem de matar as jogadas para evitar gols e contra-ataques.
O goleiro Márcio acredita em indisciplina como consequência da ansiedade que a equipe vinha tendo antes da chegada do técnico René Simões. "Pela situação na tabela (zona de rebaixamento),alguns momentos. A gente tomou muitos cartões por reclamação", ressalta.
Para atletas, ansiedade já passou
Os jogadores do Atlético garantem que o período da alta ansiedade já passou, mas, nos oito jogos em que técnico René Simões comandou o Dragão até agora, a equipe recebeu 28 cartões amarelos (3,5 por partida).
Para o zagueiro Daniel Marques, o Atlético "nunca vai ser beneficiado pela arbitragem, porque é tido com uma das equipes que voltarão para a 2ª Divisão". "A gente sabe que vai ser sempre contra nós", diz.
Mas para René, a explicação para tantos cartões está no mau posicionamento da equipe. "Quando os jogadores estão mal posicionados, afastados uns dos outros, chegam atrasados nas jogadas e vão tomar cartões. Dois cartões por jogo não é mal. Mais do que isso é demais", pondera.
O volante Agenor acredita que o número alto de cartões se dá pela soma dos fatores citados por René e seus companheiros de time. "É o peso da camisa. Contra o São Paulo, por exemplo, o árbitro nos deu cartões que não daria contra o time da casa. Muitas vezes, marcamos jogadores de qualidade e temos de matar a jogada", afirma. "No começo (do Brasileiro), não havia uma compactação da equipe e muitas vezes levamos cartões por termos chegado atrasados e matado as jogadas. Alguns jogadores ficavam sobrecarregados na marcação", salienta Agenor.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Rithelly pode ser novidade no próximo jogo.


Pouco aproveitado no Campeonato Goiano e também no início do Campeonato Brasileiro, com o treinador Émerson Leão, o volante Rithelly, revelado nas categorias de base do Goiás, pode ser novidade na equipe titular para o jogo contra o Guarani.
Maranhense, de 19 anos, Rithelly ganhou destaque no ano passado, quando entrou na equipe titular e fez bons jogos. O melhor deles, na vitória do Goiás por 4x2 diante do São Paulo, na penúltima rodada do Campeonato Brasileiro de 2009, onde Rithelly, marcou um dos quatro gols, do time esmeraldino.
O volante vem entrando aos poucos, nos jogos do Goiás e vem fazendo boas atuações. Com a expulsão do volante Amaral no último jogo do Goiás, Rithelly foi quem entrou para fazer a função que o jogador que foi expulso vinha executando.
Quem pode disputar essa vaga com Rithelly, são os jogadores Wendel Santos (que vem atuando na maioria das vezes como lateral-direito) e Wellington Monteiro, que vinha sendo titular nos últimos jogos do Goiás. O outro titular da posição é o volante Jonilson.
Jorginho também aguarda a liberação do meia-atacante Otacílio Neto, que estava suspenso pelo 3° cartão amarelo e que também estava sentindo uma lesão. Na estréia de Jorginho como técnico do Goiás, Otacílio foi titular e pode ser mais uma opção para o ataque.

Com bom público, Vila supera Lusa.


Se está longe ainda de sonhar com a possibilidade do acesso à Série A do Brasileiro e de conquistar sua independência, principalmente a financeira, o Vila Nova vem aos poucos mostrando uma recuperação incrível nesta Série B. Ontem, no Serra Dourada, diante da Portuguesa, que tem o elenco mais caro da competição, o time colorado não se mostrou nem um pouco acanhado. Fez um primeiro tempo primoroso e, mesmo sofrendo pressão na etapa final, conseguiu segurar a vitória por 2 a 1, que o mantém na 18ª posição, com 20 pontos.
A torcida compareceu em bom número (13.275 pagantes), participou ativamente do jogo e, no final, não se dececpcionou com a equipe. Ao contrário, deixou o Serra Dourada cantando seu tradicional grito de guerra "Tigrão ê ô!" e fazendo declaração de amor ao time: "Vila, eu te amo!"
E o time colorado fez por merecer tudo isso, principalmente no primeiro tempo, quando foi bem superior e poderia ter goleado a Lusa. Com 10 minutos de jogo, o time já havia criado duas situações claras de gol. Na melhor delas, Allan driblou Domingos duas vezes e chutou cruzado. O goleiro Weverton salvou, cedendo escanteio.
Além de marcar bem, o Vila tocava a bola com tranquilidade e era objetivo no ataque. Faltou pontaria em alguns lances. Por exemplo, aos 14 minutos, quando Jorge Henrique ganhou do goleiro uma bola recuada e chutou. Éberson teve tudo para marcar, mas tentou chutar sem ângulo e, cansado, errou. O colorado dominava as ações em todos os setores. Tanto que a Portuguesa só chegou com perigo aos 30 minutos, quando Paulo Sérgio foi lançado e já na área foi deslocado por Éder Lima. O árbitro, longe do lance, não marcou o pênalti.
A superioridade vilanovense se transformou em gol aos 37 minutos. A jogada foi construída pelo setor direito e, após recuperar a bola, Éberson tocou para Davi Ceará. Este acertou um belo chute da entrada da área e abriu o placar. Minutos depois, ele quase faz mais um em jogada parecida. Coube a Roni, aos 45, aumentar para 2 a 0 em cobrança de pênalti sofrido por Allan. Roni dedicou o gol ao ex-presidente João Carneiro, que está internado, recuperando-se de um AVC.
Erro e pressão
Na etapa final, com Athirson jogando como meia, a Porguesa melhorou e passou a atacar mais. Mas o Vila, nos contra-ataques, continuava ameaçando. Entretanto um erro do árbitro aos 18 minutos - expulsou Pardalzinho injustamente - mudou completamente o jogo. A Portuguesa passou a dominar as ações e pressionar. Até que aos 24 minutos, Dodô aproveitou rebote de Max e diminiu a diferença: 2 a 1. Depois, o goleiro fez grandes defesas e foi o principal responsável por manter a vitória por 2 a 1. Foi a quarta seguida.

FICHA TÉCNICA:
2 VILA NOVA:Max; Ivan, Éder Lima, Leandrão (Gomes) e Jorge Henrique; Juninho, Adílson, Éberson (úniior) e Davi Ceará; Roni e Allan (Max Pardalzinho). Técnico: Ademir Fonseca.
1 PORTUGUESA:Weverton; Paulo Sérgio,Domingos (Fabinho), Thiago Gomese Athirson; Ademir Sopa, Acleisson (Henrique), Marco Antônio e Héverton; Zé Carlos (Malaquias) e Dodô.Técnico: Vadão.
Local: Estádio Serra Dourada. Árbitro: Wallace Nascimento Valente (ES). Assistentes: Adailson Pereira (ES) e Gelson Rodrigues (ES). Renda: R$ 162.394,50. Público: 13.275 pagantes. Gols: Davi Ceará, aos 37, e Roni, aos 45 minutos do 1º tempo. Dodô, aos 24 minutos do 2º tempo. Expulsão: Max Pardalzinho.
Torcida tem problema na entrada
Com a reação do Vila Nova nos últimos jogos e o ingresso a 15 reais, além do sorteio de uma moto, o torcedor colorado compareceu em grande número ontem ao Serra Dourada. A falta de ingressos por alguns momentos e o quadro móvel pequeno acabaram provocando problema na entrada do torcedor no estádio.
Houve filas para adquirir ingresso e para entrar no Serra Dourada - muitos torcedores entraram quando a partida já havia começado há algum tempo. O presidente do clube, Geso Oliveira, explicou que foram confeccionados apenas 12 mil ingressos - outros tiveram de ser produzidos de última hora.

Goiás, na lanterna e em crise, tenta iniciar reação em casa.


Ainda vivendo os reflexos da crise política que colocou em confronto a presidência e o conselho deliberativo, além da difícil situação de lanterna da Série A, com apenas 13 pontos, o Goiás entra em campo hoje, às 19h30, contra o Guarani, no Estádio Serra Dourada, com a missão de vencer e dar início a uma reação no returno da competição, que se inicia hoje.
Com os preços dos ingressos mais baixos (15 e 30 reais), os jogadores esmeraldinos ficaram mais à vontade para pedir a presença e o apoio da torcida. Até o goleiro Calaça, que foi afastado do time pelo ex-técnico Leão, entrou nessa campanha para que o torcedor ajude a equipe a iniciar bem o 2º turno.
"Estamos atravessando um momento ruim e já acendeu o sinal de alerta. Mas confiamos na experiência do Jorginho (técnico), que com uma filosofia nova, vai nos ajudar a tirar o Goiás dessa situação", confia o ala-esquerda Júnior. Jogador mais experiente do elenco, ele afirmou que nunca passou por algo assim nos diversos clubes que defendeu ao longo da carreira.
O zagueiro Rafael Toloi também aposta na recuperação do Goiás, que ele considera um bom time, mas que não vem dando sorte em algumas partidas. "Contra o Guarani é mais um jogo difícil. Aliás, não tem jogo fácil neste campeonato", disse o jogador - no 1º turno, o Guarani venceu o Goiás pelo placar de 1 a 0.
Toloi considera que as ausências de Douglas e Amaral (suspensos) serão sentidas pelo time. Segundo ele, o primeiro tem grande potencial ofensivo. Já o segundo marca muito bem e está mais entrosado. Mas ele confia em quem está entrando. Ou seja, respectivamente, Wendel Santos e Wellington Monteiro. O técnico Jorginho ganhou mais uma opção para o ataque. Trata-se de Otacílio Neto, que cumpriu suspensão e está à disposição, embora não esteja totalmente recuperado de lesão no tornozelo.
Guarani
Com 26 pontos, o Guarani ocupa o 9º lugar. O técnico Vagner Mancini não poderá escalar o lateral Rodrigo Heffner, suspenso. Em compensação, o meia Mário Lúcio retorna de suspensão.

FICHA TÉCNICA;
GOIÁS: Harlei; Ernando, Rafael Toloi e Marcão; Wendel Santos, Wellington Monteiro, Romerito, Bernardo e Júnior; Felipe e Rafael Moura. Técnico: Jorginho
GUARANI: Emerson; Da Silva (Apodi), Fabão, Ailson e Márcio Careca; Renan, Paulo Roberto, Baiano e Geovane (Mário Lúcio); Mazola e Rômulo.
Técnico: Vagner Mancini
Local: Estádio Serra Dourada. Horário: 19h30. Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (DF). Assistentes: Carlos Emanuel Manzolillo (DF) e Luciano Benevides de Sousa (DF). Ingressos: 15 reais (arquibancada) e 30 reais (cadeira).

Atlético tem missão difícil no Sul.


Começa hoje uma nova competição dentro do Campeonato Brasileiro. A 20ª rodada marca a abertura do 2º turno, início da metade final do certame. A briga pelo título, por vagas na Copa Sul-Americana e para escapar do rebaixamento se acirra ainda mais. O Atlético encara o Grêmio, às 19h30, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre, na tentativa de sair da zona de descenso.
Se vencer hoje, o Dragão iguala ao Grêmio no número de pontos (20), mas ultrapassaria o tricolor porque passaria a ter uma vitória a mais. Caso isso ocorra, o rubronegro tem de torcer para que o Atlético (MG) não ganhe do Vasco, em São Januário, para alcançar a 16ª colocação.
Não é missão fácil, mas nada será fácil para o Atlético nas 19 partidas restantes da competição. Serão 57 pontos em jogo, dos quais o rubronegro precisa conquistar, pelo menos 50%, para se manter na Série A. A equipe terá 10 jogos no Serra Dourada e 9 fora de casa. Se conseguir se impor em Goiânia, garante sua permanência na elite do futebol nacional.
Mas os jogadores não querem saber de contas. "A única matemática que tem é vencer os jogos, principalmente dentro de casa, não importando se é contra o líder ou não", pondera Ramalho, que volta à equipe após cumprir suspensão automática. "Agora não tem mais espaço para perder no Serra Dourada. Fora de casa, temos de beliscar pontos", completa.
O otimismo, sem empolgação, contagiou o elenco rubronegro, que acredita poder repetir a atuação da goleada por 3 a 0 sobre o Palmeiras, no Pacaembu e sair de Porto Alegre com três pontos na bagagem. "O Grêmio tem uma grande equipe, independente da fase em que está. Vai ser uma guerra e a gente está preparado para isso. Tenho certeza que vamos vencer", profetiza Ramalho.
DESFALQUES
Além do Grêmio, que está em 16º e luta para se distanciar da zona de degola, o Atlético terá de superar outra barreira hoje: os desfalques. A equipe goiana não poderá contar com o meia Elias, artilheiro do Brasileirão ao lado de Bruno César, no Corinthians, ambos com nove gols. Elias, assim como o meia William, recebeu o terceiro cartão amarelo.

Welton Felipe, Marcão e Chiquinho, contundidos, sequer viajaram com a delegação. Por outro lado, Ramalho e Daniel Marques, que cumpriram suspensão, voltam ao time. Já Robston, que sofreu uma lesão de grau 1 na coxa esquerda na partida contra o Palmeiras e não atuou nos últimos três jogos, terá condições de atuar. Ontem, o técnico René Simões posicionou uma formação com Carlinhos Bala chegando no ataque ao lado de Pedro Paulo. Bala volta a ser titular após quatro jogos.
FICHA TÉCNICA:
GRÊMIO: Victor; Gabriel, Vilson, Rafael Marques e Fábio Santos; Adilson, Fábio Rochemback, Douglas e Souza; Jonas e Borges. Técnico: Renato Gaúcho.
ATLÉTICO: Márcio; Victor Ferraz, Gilson, Daniel Marques e Thiago Feltri; Agenor, Pituca, Ramalho, Diguinho e Carlinhos Bala; Pedro Paulo. Técnico: René Simões.
Local: Estádio Olímpico (Porto Alegre). Horário: 19h30. Árbitro: José Caldas de Souza (DF). Assistentes: Carlos Berkenbrock (Fifa/SC) e César Augusto Vaz (DF).
Grêmio ganha mais opções
Com 20 pontos, o Grêmio está na 16ª colocação do Brasileiro e luta para subir na classificação. Para a partida de hoje contra o Atlético (GO), no Estádio Olímpico, o técnico Renato Gaúcho contará com o retorno do lateral-esquerdo Fábio Santos.
O zagueiro Vilson, o volante Fábio Rochemback e o meia Douglas, que reclamaram de dores musculares, treinaram ontem e ficam à disposição.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

PC GUSMÃO INVICTO NO BRASILEIRÃO


Se não perder neste sábado (4), o técnico Paulo César Gusmão vai alcançar a maior invencibilidade de um treinador em uma edição de Campeonato Brasileiro na era dos pontos corridos. Muricy Ramalho, comandando o São Paulo, permaneceu invicto durante as 18 últimas rodadas da competição em 2008, na arrancada para o tricampeonato (2006-2007-2008), desbancando a própria marca de 16 partidas sem derrota pelo tricolor paulista em 2007, que dividia com Cuca, na impressionante recuperação do Goiás, que, em 2003, saiu da lanterna para uma das vagas para a Libertadores. Se naquele ano, Muricy parou no Flamengo de Joel Santana, na temporada seguinte só foi interrompido pelo fim do Brasileirão. PC já está imbatível a 17 jogos, 10 com o Vasco.

Quis o destino que ironicamente o comandante da nau vascaína conquistasse esse feito histórico, ou fracassasse, justamente diante do Ceará, a quem ajudou a retornar à série A e que sob seu comando dividiu a liderança com o Corinthians antes da parada para a Copa do Mundo. Entusiasmado, PC acredita estar num grande momento:

“É bacana, acredito estar vivendo um dos melhores, senão o melhor momento da minha carreira de treinador, nesta campanha dos pontos corridos”. Gusmão, no entanto, não está satisfeito: “Trocaria isto tudo pela liderança, para ver o Vasco brigando pelo título”.

O meio-campo Carlos Alberto considera que chegar ao recorde histórico será importante para enaltecer o trabalho dos jogadores e demais integrantes da comissão técnica:

“O futebol é uma unidade, se o Vasco está a tanto tempo sem perder também deve ao preparador físico, ao Carlos Germano (preparador de goleiros), ao empenho de todos, o único esporte onde se ganha sozinho é o tênis”.

Todavia, mesmo que o Vasco vença o Ceará, a campanha de Muricy Ramalho será melhor, com 12 vitórias, contra nove de Paulo César Gusmão, 5 pelo Vovô. E é bom PC abrir o olho: o técnico líder do Brasileirão 2010 já está a 15 partidas invicto, a última derrota foi para o Corinthians, no Pacaembu, pela 3ª rodada. Um tropeço cruzmaltino e Muricy, agora no tricolor carioca, pode repetir 2008 e superar o próprio recorde nos pontos corridos. Consideradas as 40 edições de Campeonatos Brasileiros, desde 1971, o rei da invencibilidade é Ênio Andrade, comandante do impecável Internacional campeão em 1979, com 23 jogos, sendo 16 vitórias e 7 empates.

Confira abaixo 11 das maiores invencibilidades dos técnicos em uma edição do Brasileiro desde 2003:

18 Jogos - Muricy Ramalho (São Paulo), 2008
17 Jogos - PC Gusmão (Ceará, Vasco), 2010 **até a 18ª rodada
16 Jogos - Muricy Ramalho (São Paulo), 2007 *14 vitórias
16 Jogos - Levir Culpi (Atlético-PR), 2004 *12 vitórias
16 Jogos - Cuca (Goiás), 2003 *8 vitórias
15 Jogos - Muricy Ramalho (Fluminense), 2010 **até a 18ª rodada
13 Jogos - Muricy Ramalho (São Paulo), 2006
12 Jogos - Muricy Ramalho (Internacional), 2005
11 Jogos - Celso Roth (Grêmio), 2008 *8 vitórias
11 Jogos - Ney Franco (Botafogo), 2008 *8 vitórias
11 Jogos - Cuca (Fluminense), 2009 *7 vitórias

VILA VENCE SÃO CAETANO E PASSA LANTERNA



Depois de empatar com o Sport fora de casa e, em Goiânia, vencer Bragantino e Náutico, o Vila Nova mostrou que ainda está vivo na Série B do Campeonato Brasileiro. Hoje, às 21 horas, diante do São Caetano, no Estádio Anacleto Campanella, tem a oportunidade de passar adiante a lanterna da competição. Mas, para isso, tem de vencer o Azulão e torcer para que Ipatinga e América (MG) percam seus jogos, respectivamente para Icasa e Brasiliense.
Ainda na última colocação, com 14 pontos, o Vila Nova fecha o 1º turno no ABC paulista. Mesmo sabendo das dificuldades de enfrentar o adversário em seus domínios, o elenco colorado embarcou para São Paulo confiante em mais um bom resultado pelo desempenho que apresentou nas três últimas partidas.
"Não podemos deixar a peteca cair. Precisamos continuar pontuando. Para isso estou procurando fazer uns ajustes no time e corrigindo alguns erros", disse o técnico Ademir Fonseca. Na verdade, ele faz uma única alteração em relação equipe que venceu o Náutico, terça-feira. Jorge Henrique, recuperado de pancada na perna, entra em lugar de Thiago Fernandes, que curiosamente nem foi relacionado para o jogo em São Caetano do Sul.
Como o zagueiro Mimica não se recuperou de contusão, o treinador preferiu manter o esquema 4-4-2, que vem dando certo. "Desde o empate com o Sport que o ambiente no clube melhorou", afirmou o volante Juninho. E, após o pagamento (terça-feira) da folha salarial que estava em atraso, a tendência é que as coisas melhorem em campo.
O atacante Bruno Lopes não marcou na vitória sobre o Náutico, mas está confiante de que isso volte a ocorrer na partida de hoje. Com a chegada de Ademir Fonseca, ele ganhou espaço novamente na equipe e fez dois gols diante do Bragantino. O segundo, um golaço num belo chute de fora da área. "Foi um dos gols mais importantes de minha carreira pelo momento que eu e o Vila atravessávamos", declarou. Com outros treinadores, segundo Bruno, ele estava sempre "entrando em fria."
São Caetano
O São Caetano vive uma fase ruim na Série B. Dos últimos 12 pontos que disputou, conquistou apenas um, somando três derrotas em quatro jogos. Os resultados fizeram o Azulão despencar na tabela. Hoje, contra o Vila Nova, busca uma reação em jogo válido pela 19ª rodada do campeonato. No momento, o São Caetano aparece em 17º lugar, com 28 pontos.

O técnico Sérgio Guedes conta com o retorno do zagueiro Anderson Marques, do lateral Bruno Recife e do volante Moradei, que cumpriram suspensão na derrota de 1 a 0 para o Duque de Caxias na última rodada. "Conversamos para acertar algumas coisas. O grupo sabe da importância de conquistar um bom resultado em casa e manter uma regularidade na competição", explicou o treinador.
Pedro Júnior acerta volta ao clube
Insatisfeito com a reserva no Sport, o atacante Pedro Júnior está de volta, dois anos depois, ao clube que o revelou. "Estou feliz com meu retorno. Me sinto em casa", declarou o jogador depois de vestir novamente a camisa colorada para as tradicionais fotografias.
Pedro Júnior disse que recebeu com carinho a notícia do interesse do Vila em contratá-lo. "Gosto demais do clube e estou triste com a situação. Espero poder ajudar com minha volta", declarou o atacante de 23 anos e que tem passagens por clubes do Brasil e do Japão.
Segundo o presidente Geso Oliveira, o acerto com ele foi um pedido de torcedores e conselheiros. "Uma conta corrente foi aberta na Caixa Econômica Federal. O torcedor que quiser ajudar a pagar o empréstimo do Pedro Júnior é só depositar qualquer valor", disse o dirigente, que vai fazer uma promoção no preço do ingresso e sortear uma moto no jogo de terça-feira, contra a Portuguesa, no Serra Dourada.
Ontem foi inaugurado o monumento da artista plástica Walkyria Veríssimo na sede do Vila Nova. Ele ocupa o lugar da obra Os Tigres, de Siron Franco, que foi queimada no início do ano.

São Paulo bate Atlético no Morumbi.


Mais uma vez o Atlético deixou escapar um bom resultado por entre os dedos. Ontem, jogou de igual para igual com o São Paulo, chegou a empatar por 1 a 1, mas acabou perdendo por 2 a 1, no Morumbi, pela 18ª rodada do Brasileiro. O mesmo ocorreu no domingo, quando o time goiano, em uma falha da defesa, deixou a vitória escapar diante do Avaí, no Serra Dourada.
Com o resultado, o Atlético permanece na penúltima posição, com 14 pontos. Já o São Paulo quebrou um jejum de cinco jogos sem vitória e subiu para 13º, com 22. O Dragão joga domingo, contra o Vitória (BA), às 18h30, no Serra. Daniel Marques e Ramalho cumprirão suspensão.
O primeiro tempo foi equilibrado e o Atlético mostrava personalidade. Aos 9 minutos, em contra-ataque veloz, com uma troca de bola envolvente, Elias lançou Wesley que cruzou para Marcão. Livre na entrada da pequena área, o atacante, que poderia ter emendado de primeira, tentou dominar e a bola sobrou para Rogério Ceni.
Aos 16, Jean cobrou falta cruzada na área, Rodrigo Souto cabeceou e a bola bateu no braço de Ramalho, mas o árbitro nada marcou. O time goiano era melhor em campo, mas a defesa vacilou duas vezes seguidas e o São Paulo aproveitou. Na primeira, aos 22. Xandão, no seu campo de defesa, lançou Fernandinho, que aproveitou cochilo da zaga e saiu cara a cara com Márcio. O atacante passou pelo goleiro e, sem ângulo, chutou, mas Daniel Marques evitou o gol.
Na segunda, aos 23, Jean cruzou a bola cruzada, Xandão subiu mais alto que Welton Felipe, na entrada da pequena área, e cabeceou para abrir o placar e fazer seu primeiro gol em 27 jogos atuando pelo São Paulo. O tricolor se assanhou com o gol e passou a pressionar o rubronegro, que só obrigou Rogério Ceni a fazer uma boa defesa aos 37, em chute de Diguinho.
Alguns jogadores do Dragão chegavam atrasados nas jogadas e o time exagerava nas faltas, terminando o primeiro tempo com 19 faltas cometidas contra 7 do tricolor.
O São Paulo voltou para o segundo tempo com Dagoberto no lugar de Fernandinho e passou a dominar. Foi quando o Dragão encaixou contra-ataque e empatou o jogo. Aos 5, Elias, que ontem completou 27 anos, assistiu Juninho, que passou por Rogério Ceni e tocou para o gol. Ele tinha marcado pela última vez dia 25 de abril, no primeiro jogo da final do Goianão, na goleada sobre o Santa Helena (4 a 0).
Aos 7, Jorge Wagner arriscou de fora da área e Márcio fez bela defesa. Aos 20. Elias lançou Juninho, que dominou e, livre, chutou por cima do gol. Mas, aos 24, o tricolor não desperdiçou.
Após cruzamento, Dagoberto se antecipou a Victor Ferraz e cabeceou para fazer São Paulo 2 a 1. Os jogadores do Dragão pediram falta do atacante no lateral, mas o árbitro nada marcou. Aos 33, Marlos saiu com a bola do meio-de-campo, passou por três defensores e, por excesso de preciosismo, desperdiçou o que seria um golaço. O Dragão pressionou nos minutos finais, mas sem eficácia.
FICHA TÉCNICA:
2 SÃO PAULO:Rogério Ceni; Jean (Samuel), Xandão, Miranda e Junior Cesar; Casemiro, Rodrigo Souto, Marcelinho (Cléber Santana) e Jorge Wagner; Marlos e Fernandinho (Dagoberto). Técnico: Sérgio Baresi.
1 ATLÉTICO: Márcio; Victor Ferraz, Daniel Marques, Welton Felipe e Thiago Feltri; Pituca, Ramalho, Diguinho (Anailson), Wesley (Agenor) e Elias; Marcão (Juninho). Técnico: René Simões.
Local: Morumbi (São Paulo). Árbitro: Paulo Henrique Godoy Bezerra (SC). Assistentes: Luís Alberto Kallenberger (SC) e Fernando Lopes (SC). Público: 9.364 pagantes. Renda: R$ 165.493,59. Gols: Xandão, aos 23 minutos do 1º tempo. Juninho, aos 5, e Dagoberto, aos 24 minutos do 2º tempo.