sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Vila Nova muda 4 para enfrentar Icasa.


A delegação do Vila Nova viaja hoje para Juazeiro do Norte (CE), onde enfrenta o Icasa amanhã, às 21 horas, no Estádio Mauro Sampaio, em partida válida pela 21ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Assim como ocorreu contra a Portuguesa, o time sofrerá alterações. Só que dessa vez, com o retorno de três titulares. A outra mudança fica por conta da contusão do lateral Jorge Henrique.
As mudanças começam pela defesa, que não terá o zagueiro Éder Lima, que receber o terceiro cartão amarelo terça-feira e está suspenso. Em compensação, o técnico Ademir Fonseca conta com o retorno do também zagueiro Cris, que cumpriu suspensão no jogo contra a Portuguesa.
A outra mudança no setor defensivo será na lateral-esquerda. O titular Jorge Henrique deixou o Serra Dourada, terça-feira, reclamando de dores no joelho esquerdo. Ele se submeteu a exames e foi constatada uma lesão no menisco medial. Terá de passar por uma artroscopia e deve ficar inativo pelo menos um mês. Em seu lugar entra o reserva imediato, Thyago Fernandes.
No meio-de-campo, apesar do bom rendimento do time na vitória de 2 a 1 sobre a Portuguesa, Ademir Fernandes preferiu mexer novamente. Dessa vez, para o retorno do meia David, que cumpriu suspensão no último jogo. Sai Éberson, que estreou terça-feira e, mesmo estando sem ritmo, mostrou qualidades.
Por fim, as mudanças chegam até o ataque. Allan foi bem na vitória sobre a Lusa, participando de boas jogadas do time no primeiro tempo, além de ter sofrido o pênalti que resultou no primeiro gol colorado. Ele dará o lugar a Bruno Lopes, que vinha sendo o titular e marcou três gols nas últimas partidas.
"O mais importante é que quem está entrando na equipe está dando conta do recado", declarou o volante Juninho. Ontem o elenco vilanovanse treinou apenas no período da manhã.

Atlético é líder do ranking de cartões.

Se na classificação do Campeonato Brasileiro o Atlético está em 18º lugar, com 17 pontos, em outro quesito o Dragão está disparado na liderança da competição: cartões. São 79 recebidos nas 20 partidas que disputou. O Grêmio, 2º no ranking da indisciplina, recebeu 67 cartões, enquanto o Vasco, equipe que menos foi advertida, tinha recebido 38 até antes do jogo de ontem contra o Atlético (MG).
A quantidade excessiva de cartões dificulta a situação do rubronegro, que sofre com as constantes mudanças na formação por conta das suspensões. Para o jogo de amanhã, às 18h30, no Serra Dourada, contra o Fluminense, o Dragão não terá Diguinho, Pituca e Victor Ferraz, que receberam o terceiro amarelo. Pelo mesmo motivo, quarta-feira, contra o Grêmio, o rubronegro não teve William e Elias, artilheiro do Brasileirão ao lado de Bruno César, do Corinthians - ambos com 9 gols. Da mesma forma, Ramalho e Daniel Marques não atuaram contra o Vitória, domingo. Márcio, Pedro Paulo e Erandir, pendurados, podem se tornar as próximas baixas.
Com uma média de quase quatro (veja quadro) cartões recebidos por jogo no Brasileirão, a impressão é de que ou o Atlético é um time violento ou indisciplinado a ponto de receber muitas advertências por reclamação com a arbitragem. Para o volante Ramalho, que atuou contra o Grêmio, após cumprir suspensão diante do Vitória, a equipe não é maldosa, mas muitas vezes tem de matar as jogadas para evitar gols e contra-ataques.
O goleiro Márcio acredita em indisciplina como consequência da ansiedade que a equipe vinha tendo antes da chegada do técnico René Simões. "Pela situação na tabela (zona de rebaixamento),alguns momentos. A gente tomou muitos cartões por reclamação", ressalta.
Para atletas, ansiedade já passou
Os jogadores do Atlético garantem que o período da alta ansiedade já passou, mas, nos oito jogos em que técnico René Simões comandou o Dragão até agora, a equipe recebeu 28 cartões amarelos (3,5 por partida).
Para o zagueiro Daniel Marques, o Atlético "nunca vai ser beneficiado pela arbitragem, porque é tido com uma das equipes que voltarão para a 2ª Divisão". "A gente sabe que vai ser sempre contra nós", diz.
Mas para René, a explicação para tantos cartões está no mau posicionamento da equipe. "Quando os jogadores estão mal posicionados, afastados uns dos outros, chegam atrasados nas jogadas e vão tomar cartões. Dois cartões por jogo não é mal. Mais do que isso é demais", pondera.
O volante Agenor acredita que o número alto de cartões se dá pela soma dos fatores citados por René e seus companheiros de time. "É o peso da camisa. Contra o São Paulo, por exemplo, o árbitro nos deu cartões que não daria contra o time da casa. Muitas vezes, marcamos jogadores de qualidade e temos de matar a jogada", afirma. "No começo (do Brasileiro), não havia uma compactação da equipe e muitas vezes levamos cartões por termos chegado atrasados e matado as jogadas. Alguns jogadores ficavam sobrecarregados na marcação", salienta Agenor.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Rithelly pode ser novidade no próximo jogo.


Pouco aproveitado no Campeonato Goiano e também no início do Campeonato Brasileiro, com o treinador Émerson Leão, o volante Rithelly, revelado nas categorias de base do Goiás, pode ser novidade na equipe titular para o jogo contra o Guarani.
Maranhense, de 19 anos, Rithelly ganhou destaque no ano passado, quando entrou na equipe titular e fez bons jogos. O melhor deles, na vitória do Goiás por 4x2 diante do São Paulo, na penúltima rodada do Campeonato Brasileiro de 2009, onde Rithelly, marcou um dos quatro gols, do time esmeraldino.
O volante vem entrando aos poucos, nos jogos do Goiás e vem fazendo boas atuações. Com a expulsão do volante Amaral no último jogo do Goiás, Rithelly foi quem entrou para fazer a função que o jogador que foi expulso vinha executando.
Quem pode disputar essa vaga com Rithelly, são os jogadores Wendel Santos (que vem atuando na maioria das vezes como lateral-direito) e Wellington Monteiro, que vinha sendo titular nos últimos jogos do Goiás. O outro titular da posição é o volante Jonilson.
Jorginho também aguarda a liberação do meia-atacante Otacílio Neto, que estava suspenso pelo 3° cartão amarelo e que também estava sentindo uma lesão. Na estréia de Jorginho como técnico do Goiás, Otacílio foi titular e pode ser mais uma opção para o ataque.

Com bom público, Vila supera Lusa.


Se está longe ainda de sonhar com a possibilidade do acesso à Série A do Brasileiro e de conquistar sua independência, principalmente a financeira, o Vila Nova vem aos poucos mostrando uma recuperação incrível nesta Série B. Ontem, no Serra Dourada, diante da Portuguesa, que tem o elenco mais caro da competição, o time colorado não se mostrou nem um pouco acanhado. Fez um primeiro tempo primoroso e, mesmo sofrendo pressão na etapa final, conseguiu segurar a vitória por 2 a 1, que o mantém na 18ª posição, com 20 pontos.
A torcida compareceu em bom número (13.275 pagantes), participou ativamente do jogo e, no final, não se dececpcionou com a equipe. Ao contrário, deixou o Serra Dourada cantando seu tradicional grito de guerra "Tigrão ê ô!" e fazendo declaração de amor ao time: "Vila, eu te amo!"
E o time colorado fez por merecer tudo isso, principalmente no primeiro tempo, quando foi bem superior e poderia ter goleado a Lusa. Com 10 minutos de jogo, o time já havia criado duas situações claras de gol. Na melhor delas, Allan driblou Domingos duas vezes e chutou cruzado. O goleiro Weverton salvou, cedendo escanteio.
Além de marcar bem, o Vila tocava a bola com tranquilidade e era objetivo no ataque. Faltou pontaria em alguns lances. Por exemplo, aos 14 minutos, quando Jorge Henrique ganhou do goleiro uma bola recuada e chutou. Éberson teve tudo para marcar, mas tentou chutar sem ângulo e, cansado, errou. O colorado dominava as ações em todos os setores. Tanto que a Portuguesa só chegou com perigo aos 30 minutos, quando Paulo Sérgio foi lançado e já na área foi deslocado por Éder Lima. O árbitro, longe do lance, não marcou o pênalti.
A superioridade vilanovense se transformou em gol aos 37 minutos. A jogada foi construída pelo setor direito e, após recuperar a bola, Éberson tocou para Davi Ceará. Este acertou um belo chute da entrada da área e abriu o placar. Minutos depois, ele quase faz mais um em jogada parecida. Coube a Roni, aos 45, aumentar para 2 a 0 em cobrança de pênalti sofrido por Allan. Roni dedicou o gol ao ex-presidente João Carneiro, que está internado, recuperando-se de um AVC.
Erro e pressão
Na etapa final, com Athirson jogando como meia, a Porguesa melhorou e passou a atacar mais. Mas o Vila, nos contra-ataques, continuava ameaçando. Entretanto um erro do árbitro aos 18 minutos - expulsou Pardalzinho injustamente - mudou completamente o jogo. A Portuguesa passou a dominar as ações e pressionar. Até que aos 24 minutos, Dodô aproveitou rebote de Max e diminiu a diferença: 2 a 1. Depois, o goleiro fez grandes defesas e foi o principal responsável por manter a vitória por 2 a 1. Foi a quarta seguida.

FICHA TÉCNICA:
2 VILA NOVA:Max; Ivan, Éder Lima, Leandrão (Gomes) e Jorge Henrique; Juninho, Adílson, Éberson (úniior) e Davi Ceará; Roni e Allan (Max Pardalzinho). Técnico: Ademir Fonseca.
1 PORTUGUESA:Weverton; Paulo Sérgio,Domingos (Fabinho), Thiago Gomese Athirson; Ademir Sopa, Acleisson (Henrique), Marco Antônio e Héverton; Zé Carlos (Malaquias) e Dodô.Técnico: Vadão.
Local: Estádio Serra Dourada. Árbitro: Wallace Nascimento Valente (ES). Assistentes: Adailson Pereira (ES) e Gelson Rodrigues (ES). Renda: R$ 162.394,50. Público: 13.275 pagantes. Gols: Davi Ceará, aos 37, e Roni, aos 45 minutos do 1º tempo. Dodô, aos 24 minutos do 2º tempo. Expulsão: Max Pardalzinho.
Torcida tem problema na entrada
Com a reação do Vila Nova nos últimos jogos e o ingresso a 15 reais, além do sorteio de uma moto, o torcedor colorado compareceu em grande número ontem ao Serra Dourada. A falta de ingressos por alguns momentos e o quadro móvel pequeno acabaram provocando problema na entrada do torcedor no estádio.
Houve filas para adquirir ingresso e para entrar no Serra Dourada - muitos torcedores entraram quando a partida já havia começado há algum tempo. O presidente do clube, Geso Oliveira, explicou que foram confeccionados apenas 12 mil ingressos - outros tiveram de ser produzidos de última hora.

Goiás, na lanterna e em crise, tenta iniciar reação em casa.


Ainda vivendo os reflexos da crise política que colocou em confronto a presidência e o conselho deliberativo, além da difícil situação de lanterna da Série A, com apenas 13 pontos, o Goiás entra em campo hoje, às 19h30, contra o Guarani, no Estádio Serra Dourada, com a missão de vencer e dar início a uma reação no returno da competição, que se inicia hoje.
Com os preços dos ingressos mais baixos (15 e 30 reais), os jogadores esmeraldinos ficaram mais à vontade para pedir a presença e o apoio da torcida. Até o goleiro Calaça, que foi afastado do time pelo ex-técnico Leão, entrou nessa campanha para que o torcedor ajude a equipe a iniciar bem o 2º turno.
"Estamos atravessando um momento ruim e já acendeu o sinal de alerta. Mas confiamos na experiência do Jorginho (técnico), que com uma filosofia nova, vai nos ajudar a tirar o Goiás dessa situação", confia o ala-esquerda Júnior. Jogador mais experiente do elenco, ele afirmou que nunca passou por algo assim nos diversos clubes que defendeu ao longo da carreira.
O zagueiro Rafael Toloi também aposta na recuperação do Goiás, que ele considera um bom time, mas que não vem dando sorte em algumas partidas. "Contra o Guarani é mais um jogo difícil. Aliás, não tem jogo fácil neste campeonato", disse o jogador - no 1º turno, o Guarani venceu o Goiás pelo placar de 1 a 0.
Toloi considera que as ausências de Douglas e Amaral (suspensos) serão sentidas pelo time. Segundo ele, o primeiro tem grande potencial ofensivo. Já o segundo marca muito bem e está mais entrosado. Mas ele confia em quem está entrando. Ou seja, respectivamente, Wendel Santos e Wellington Monteiro. O técnico Jorginho ganhou mais uma opção para o ataque. Trata-se de Otacílio Neto, que cumpriu suspensão e está à disposição, embora não esteja totalmente recuperado de lesão no tornozelo.
Guarani
Com 26 pontos, o Guarani ocupa o 9º lugar. O técnico Vagner Mancini não poderá escalar o lateral Rodrigo Heffner, suspenso. Em compensação, o meia Mário Lúcio retorna de suspensão.

FICHA TÉCNICA;
GOIÁS: Harlei; Ernando, Rafael Toloi e Marcão; Wendel Santos, Wellington Monteiro, Romerito, Bernardo e Júnior; Felipe e Rafael Moura. Técnico: Jorginho
GUARANI: Emerson; Da Silva (Apodi), Fabão, Ailson e Márcio Careca; Renan, Paulo Roberto, Baiano e Geovane (Mário Lúcio); Mazola e Rômulo.
Técnico: Vagner Mancini
Local: Estádio Serra Dourada. Horário: 19h30. Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (DF). Assistentes: Carlos Emanuel Manzolillo (DF) e Luciano Benevides de Sousa (DF). Ingressos: 15 reais (arquibancada) e 30 reais (cadeira).

Atlético tem missão difícil no Sul.


Começa hoje uma nova competição dentro do Campeonato Brasileiro. A 20ª rodada marca a abertura do 2º turno, início da metade final do certame. A briga pelo título, por vagas na Copa Sul-Americana e para escapar do rebaixamento se acirra ainda mais. O Atlético encara o Grêmio, às 19h30, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre, na tentativa de sair da zona de descenso.
Se vencer hoje, o Dragão iguala ao Grêmio no número de pontos (20), mas ultrapassaria o tricolor porque passaria a ter uma vitória a mais. Caso isso ocorra, o rubronegro tem de torcer para que o Atlético (MG) não ganhe do Vasco, em São Januário, para alcançar a 16ª colocação.
Não é missão fácil, mas nada será fácil para o Atlético nas 19 partidas restantes da competição. Serão 57 pontos em jogo, dos quais o rubronegro precisa conquistar, pelo menos 50%, para se manter na Série A. A equipe terá 10 jogos no Serra Dourada e 9 fora de casa. Se conseguir se impor em Goiânia, garante sua permanência na elite do futebol nacional.
Mas os jogadores não querem saber de contas. "A única matemática que tem é vencer os jogos, principalmente dentro de casa, não importando se é contra o líder ou não", pondera Ramalho, que volta à equipe após cumprir suspensão automática. "Agora não tem mais espaço para perder no Serra Dourada. Fora de casa, temos de beliscar pontos", completa.
O otimismo, sem empolgação, contagiou o elenco rubronegro, que acredita poder repetir a atuação da goleada por 3 a 0 sobre o Palmeiras, no Pacaembu e sair de Porto Alegre com três pontos na bagagem. "O Grêmio tem uma grande equipe, independente da fase em que está. Vai ser uma guerra e a gente está preparado para isso. Tenho certeza que vamos vencer", profetiza Ramalho.
DESFALQUES
Além do Grêmio, que está em 16º e luta para se distanciar da zona de degola, o Atlético terá de superar outra barreira hoje: os desfalques. A equipe goiana não poderá contar com o meia Elias, artilheiro do Brasileirão ao lado de Bruno César, no Corinthians, ambos com nove gols. Elias, assim como o meia William, recebeu o terceiro cartão amarelo.

Welton Felipe, Marcão e Chiquinho, contundidos, sequer viajaram com a delegação. Por outro lado, Ramalho e Daniel Marques, que cumpriram suspensão, voltam ao time. Já Robston, que sofreu uma lesão de grau 1 na coxa esquerda na partida contra o Palmeiras e não atuou nos últimos três jogos, terá condições de atuar. Ontem, o técnico René Simões posicionou uma formação com Carlinhos Bala chegando no ataque ao lado de Pedro Paulo. Bala volta a ser titular após quatro jogos.
FICHA TÉCNICA:
GRÊMIO: Victor; Gabriel, Vilson, Rafael Marques e Fábio Santos; Adilson, Fábio Rochemback, Douglas e Souza; Jonas e Borges. Técnico: Renato Gaúcho.
ATLÉTICO: Márcio; Victor Ferraz, Gilson, Daniel Marques e Thiago Feltri; Agenor, Pituca, Ramalho, Diguinho e Carlinhos Bala; Pedro Paulo. Técnico: René Simões.
Local: Estádio Olímpico (Porto Alegre). Horário: 19h30. Árbitro: José Caldas de Souza (DF). Assistentes: Carlos Berkenbrock (Fifa/SC) e César Augusto Vaz (DF).
Grêmio ganha mais opções
Com 20 pontos, o Grêmio está na 16ª colocação do Brasileiro e luta para subir na classificação. Para a partida de hoje contra o Atlético (GO), no Estádio Olímpico, o técnico Renato Gaúcho contará com o retorno do lateral-esquerdo Fábio Santos.
O zagueiro Vilson, o volante Fábio Rochemback e o meia Douglas, que reclamaram de dores musculares, treinaram ontem e ficam à disposição.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

PC GUSMÃO INVICTO NO BRASILEIRÃO


Se não perder neste sábado (4), o técnico Paulo César Gusmão vai alcançar a maior invencibilidade de um treinador em uma edição de Campeonato Brasileiro na era dos pontos corridos. Muricy Ramalho, comandando o São Paulo, permaneceu invicto durante as 18 últimas rodadas da competição em 2008, na arrancada para o tricampeonato (2006-2007-2008), desbancando a própria marca de 16 partidas sem derrota pelo tricolor paulista em 2007, que dividia com Cuca, na impressionante recuperação do Goiás, que, em 2003, saiu da lanterna para uma das vagas para a Libertadores. Se naquele ano, Muricy parou no Flamengo de Joel Santana, na temporada seguinte só foi interrompido pelo fim do Brasileirão. PC já está imbatível a 17 jogos, 10 com o Vasco.

Quis o destino que ironicamente o comandante da nau vascaína conquistasse esse feito histórico, ou fracassasse, justamente diante do Ceará, a quem ajudou a retornar à série A e que sob seu comando dividiu a liderança com o Corinthians antes da parada para a Copa do Mundo. Entusiasmado, PC acredita estar num grande momento:

“É bacana, acredito estar vivendo um dos melhores, senão o melhor momento da minha carreira de treinador, nesta campanha dos pontos corridos”. Gusmão, no entanto, não está satisfeito: “Trocaria isto tudo pela liderança, para ver o Vasco brigando pelo título”.

O meio-campo Carlos Alberto considera que chegar ao recorde histórico será importante para enaltecer o trabalho dos jogadores e demais integrantes da comissão técnica:

“O futebol é uma unidade, se o Vasco está a tanto tempo sem perder também deve ao preparador físico, ao Carlos Germano (preparador de goleiros), ao empenho de todos, o único esporte onde se ganha sozinho é o tênis”.

Todavia, mesmo que o Vasco vença o Ceará, a campanha de Muricy Ramalho será melhor, com 12 vitórias, contra nove de Paulo César Gusmão, 5 pelo Vovô. E é bom PC abrir o olho: o técnico líder do Brasileirão 2010 já está a 15 partidas invicto, a última derrota foi para o Corinthians, no Pacaembu, pela 3ª rodada. Um tropeço cruzmaltino e Muricy, agora no tricolor carioca, pode repetir 2008 e superar o próprio recorde nos pontos corridos. Consideradas as 40 edições de Campeonatos Brasileiros, desde 1971, o rei da invencibilidade é Ênio Andrade, comandante do impecável Internacional campeão em 1979, com 23 jogos, sendo 16 vitórias e 7 empates.

Confira abaixo 11 das maiores invencibilidades dos técnicos em uma edição do Brasileiro desde 2003:

18 Jogos - Muricy Ramalho (São Paulo), 2008
17 Jogos - PC Gusmão (Ceará, Vasco), 2010 **até a 18ª rodada
16 Jogos - Muricy Ramalho (São Paulo), 2007 *14 vitórias
16 Jogos - Levir Culpi (Atlético-PR), 2004 *12 vitórias
16 Jogos - Cuca (Goiás), 2003 *8 vitórias
15 Jogos - Muricy Ramalho (Fluminense), 2010 **até a 18ª rodada
13 Jogos - Muricy Ramalho (São Paulo), 2006
12 Jogos - Muricy Ramalho (Internacional), 2005
11 Jogos - Celso Roth (Grêmio), 2008 *8 vitórias
11 Jogos - Ney Franco (Botafogo), 2008 *8 vitórias
11 Jogos - Cuca (Fluminense), 2009 *7 vitórias

VILA VENCE SÃO CAETANO E PASSA LANTERNA



Depois de empatar com o Sport fora de casa e, em Goiânia, vencer Bragantino e Náutico, o Vila Nova mostrou que ainda está vivo na Série B do Campeonato Brasileiro. Hoje, às 21 horas, diante do São Caetano, no Estádio Anacleto Campanella, tem a oportunidade de passar adiante a lanterna da competição. Mas, para isso, tem de vencer o Azulão e torcer para que Ipatinga e América (MG) percam seus jogos, respectivamente para Icasa e Brasiliense.
Ainda na última colocação, com 14 pontos, o Vila Nova fecha o 1º turno no ABC paulista. Mesmo sabendo das dificuldades de enfrentar o adversário em seus domínios, o elenco colorado embarcou para São Paulo confiante em mais um bom resultado pelo desempenho que apresentou nas três últimas partidas.
"Não podemos deixar a peteca cair. Precisamos continuar pontuando. Para isso estou procurando fazer uns ajustes no time e corrigindo alguns erros", disse o técnico Ademir Fonseca. Na verdade, ele faz uma única alteração em relação equipe que venceu o Náutico, terça-feira. Jorge Henrique, recuperado de pancada na perna, entra em lugar de Thiago Fernandes, que curiosamente nem foi relacionado para o jogo em São Caetano do Sul.
Como o zagueiro Mimica não se recuperou de contusão, o treinador preferiu manter o esquema 4-4-2, que vem dando certo. "Desde o empate com o Sport que o ambiente no clube melhorou", afirmou o volante Juninho. E, após o pagamento (terça-feira) da folha salarial que estava em atraso, a tendência é que as coisas melhorem em campo.
O atacante Bruno Lopes não marcou na vitória sobre o Náutico, mas está confiante de que isso volte a ocorrer na partida de hoje. Com a chegada de Ademir Fonseca, ele ganhou espaço novamente na equipe e fez dois gols diante do Bragantino. O segundo, um golaço num belo chute de fora da área. "Foi um dos gols mais importantes de minha carreira pelo momento que eu e o Vila atravessávamos", declarou. Com outros treinadores, segundo Bruno, ele estava sempre "entrando em fria."
São Caetano
O São Caetano vive uma fase ruim na Série B. Dos últimos 12 pontos que disputou, conquistou apenas um, somando três derrotas em quatro jogos. Os resultados fizeram o Azulão despencar na tabela. Hoje, contra o Vila Nova, busca uma reação em jogo válido pela 19ª rodada do campeonato. No momento, o São Caetano aparece em 17º lugar, com 28 pontos.

O técnico Sérgio Guedes conta com o retorno do zagueiro Anderson Marques, do lateral Bruno Recife e do volante Moradei, que cumpriram suspensão na derrota de 1 a 0 para o Duque de Caxias na última rodada. "Conversamos para acertar algumas coisas. O grupo sabe da importância de conquistar um bom resultado em casa e manter uma regularidade na competição", explicou o treinador.
Pedro Júnior acerta volta ao clube
Insatisfeito com a reserva no Sport, o atacante Pedro Júnior está de volta, dois anos depois, ao clube que o revelou. "Estou feliz com meu retorno. Me sinto em casa", declarou o jogador depois de vestir novamente a camisa colorada para as tradicionais fotografias.
Pedro Júnior disse que recebeu com carinho a notícia do interesse do Vila em contratá-lo. "Gosto demais do clube e estou triste com a situação. Espero poder ajudar com minha volta", declarou o atacante de 23 anos e que tem passagens por clubes do Brasil e do Japão.
Segundo o presidente Geso Oliveira, o acerto com ele foi um pedido de torcedores e conselheiros. "Uma conta corrente foi aberta na Caixa Econômica Federal. O torcedor que quiser ajudar a pagar o empréstimo do Pedro Júnior é só depositar qualquer valor", disse o dirigente, que vai fazer uma promoção no preço do ingresso e sortear uma moto no jogo de terça-feira, contra a Portuguesa, no Serra Dourada.
Ontem foi inaugurado o monumento da artista plástica Walkyria Veríssimo na sede do Vila Nova. Ele ocupa o lugar da obra Os Tigres, de Siron Franco, que foi queimada no início do ano.

São Paulo bate Atlético no Morumbi.


Mais uma vez o Atlético deixou escapar um bom resultado por entre os dedos. Ontem, jogou de igual para igual com o São Paulo, chegou a empatar por 1 a 1, mas acabou perdendo por 2 a 1, no Morumbi, pela 18ª rodada do Brasileiro. O mesmo ocorreu no domingo, quando o time goiano, em uma falha da defesa, deixou a vitória escapar diante do Avaí, no Serra Dourada.
Com o resultado, o Atlético permanece na penúltima posição, com 14 pontos. Já o São Paulo quebrou um jejum de cinco jogos sem vitória e subiu para 13º, com 22. O Dragão joga domingo, contra o Vitória (BA), às 18h30, no Serra. Daniel Marques e Ramalho cumprirão suspensão.
O primeiro tempo foi equilibrado e o Atlético mostrava personalidade. Aos 9 minutos, em contra-ataque veloz, com uma troca de bola envolvente, Elias lançou Wesley que cruzou para Marcão. Livre na entrada da pequena área, o atacante, que poderia ter emendado de primeira, tentou dominar e a bola sobrou para Rogério Ceni.
Aos 16, Jean cobrou falta cruzada na área, Rodrigo Souto cabeceou e a bola bateu no braço de Ramalho, mas o árbitro nada marcou. O time goiano era melhor em campo, mas a defesa vacilou duas vezes seguidas e o São Paulo aproveitou. Na primeira, aos 22. Xandão, no seu campo de defesa, lançou Fernandinho, que aproveitou cochilo da zaga e saiu cara a cara com Márcio. O atacante passou pelo goleiro e, sem ângulo, chutou, mas Daniel Marques evitou o gol.
Na segunda, aos 23, Jean cruzou a bola cruzada, Xandão subiu mais alto que Welton Felipe, na entrada da pequena área, e cabeceou para abrir o placar e fazer seu primeiro gol em 27 jogos atuando pelo São Paulo. O tricolor se assanhou com o gol e passou a pressionar o rubronegro, que só obrigou Rogério Ceni a fazer uma boa defesa aos 37, em chute de Diguinho.
Alguns jogadores do Dragão chegavam atrasados nas jogadas e o time exagerava nas faltas, terminando o primeiro tempo com 19 faltas cometidas contra 7 do tricolor.
O São Paulo voltou para o segundo tempo com Dagoberto no lugar de Fernandinho e passou a dominar. Foi quando o Dragão encaixou contra-ataque e empatou o jogo. Aos 5, Elias, que ontem completou 27 anos, assistiu Juninho, que passou por Rogério Ceni e tocou para o gol. Ele tinha marcado pela última vez dia 25 de abril, no primeiro jogo da final do Goianão, na goleada sobre o Santa Helena (4 a 0).
Aos 7, Jorge Wagner arriscou de fora da área e Márcio fez bela defesa. Aos 20. Elias lançou Juninho, que dominou e, livre, chutou por cima do gol. Mas, aos 24, o tricolor não desperdiçou.
Após cruzamento, Dagoberto se antecipou a Victor Ferraz e cabeceou para fazer São Paulo 2 a 1. Os jogadores do Dragão pediram falta do atacante no lateral, mas o árbitro nada marcou. Aos 33, Marlos saiu com a bola do meio-de-campo, passou por três defensores e, por excesso de preciosismo, desperdiçou o que seria um golaço. O Dragão pressionou nos minutos finais, mas sem eficácia.
FICHA TÉCNICA:
2 SÃO PAULO:Rogério Ceni; Jean (Samuel), Xandão, Miranda e Junior Cesar; Casemiro, Rodrigo Souto, Marcelinho (Cléber Santana) e Jorge Wagner; Marlos e Fernandinho (Dagoberto). Técnico: Sérgio Baresi.
1 ATLÉTICO: Márcio; Victor Ferraz, Daniel Marques, Welton Felipe e Thiago Feltri; Pituca, Ramalho, Diguinho (Anailson), Wesley (Agenor) e Elias; Marcão (Juninho). Técnico: René Simões.
Local: Morumbi (São Paulo). Árbitro: Paulo Henrique Godoy Bezerra (SC). Assistentes: Luís Alberto Kallenberger (SC) e Fernando Lopes (SC). Público: 9.364 pagantes. Renda: R$ 165.493,59. Gols: Xandão, aos 23 minutos do 1º tempo. Juninho, aos 5, e Dagoberto, aos 24 minutos do 2º tempo.

Goiás tem defasagem física de 50%.

O Goiás precisa de quase um "milagre" para se recuperar no Brasileirão e deixar a lanterna da competição: em meio à maratona de jogos (no meio e no fim das semanas), o elenco tem de dobrar sua capacidade física. A estimativa do preparador físico do alviverde, Joelton Urtiga, é de que o grupo tenha uma defasagem tão grande que atualmente esteja desempenhando apenas 50% daquilo que deveria ter neste momento da Série A.
A queda de rendimento durante as partidas é visível. O Goiás não se mantém inteiro fisicamente no segundo tempo. Já virou rotina atuar bem na etapa inicial e se arrastar em campo nos últimos 45 minutos. Os números comprovam: na série de derrotas seguidas nas últimas cinco rodadas, a pior da história do clube no Brasileiro,10 dos 12 gols sofridos foram no segundo tempo (veja quadro). Após o revés, de virada, para o Atlético (MG), quarta-feira, o técnico Jorginho reclamou do condicionamento do grupo.
A nova comissão técnica ainda faz testes cinco dias depois assumir o time, mas Joelton acredita que 40% dos jogadores do Goiás estejam com o porcentual de gordura acima do ideal. O nível de força e a velocidade dos atletas estão longe do que deveriam ser. Isso apenas um mês e meio depois da paralisação de 39 dias para a Copa do Mundo, que as equipes aproveitaram para recondicionar o grupo.
"Posso considerar que foi um tempo (o do recesso) mal-aproveitado pelo que os colegas que estavam aqui na época me passaram. O time tem perdido no segundo tempo. Isso é reflexo de que a condição física deixa a desejar", afirmou Joelton, ex-jogador que começou a trabalhar como preparador físico em 2005.
Como não há tempo para recuperar a condição física do elenco, a solução é aumentar a carga de trabalho na academia após os jogos - a carga semanal praticamente quintuplicou - e fazer trabalhos de velocidade durante o aquecimento para os treinos. "Temos de monitorar o treinamento para não ter fadiga no jogo e sobrecarga", explicou Joelton, ressaltando o aumento do risco de lesões se extrapolar a dose. "Não é fácil pela sequência de jogos, mas tentar esse milagre. Vai ajudar bastante."
Hoje de manhã, o Goiás faz o último treino antes do jogo contra o Corinthians, amanhã, às 18h30, no Pacaembu.
Rotina é dividida em dois grupos
Em dois dias de nova diretoria após a suspensão preventiva de 30 dias de Syd de Oliveira Reis da presidência, dois grupos comandam a rotina no Goiás. Na Serrinha, o novo presidente, Hailé Pinheiro, passa o tempo reunido com Marcelo Segurado, que voltou ao posto de superintendente geral, dois advogados e em contato constante com João Bosco Luz e Alexandre Iunes.
As reuniões diárias não são feitas na sala da presidência. Como o afastamento de Syd é provisório, o grupo despacha da antiga sala do departamento de marketing.
O grupo conhece o terreno para depois agir. A maioria das decisões ficará para após a definição da situação de Syd - se será afastado definitivamente ou não, o que deve ser decidido em Assembleia Geral. A volta de Luvanor, demitido do cargo de técnico e coordenador das categorias de base, é um exemplo. Outras 26 demissões serão analisadas - outros funcionários podem retornar.
Em outra frente, no futebol, trabalham Marcos Figueiredo que, por enquanto, não quer adotar o rótulo de diretor de futebol, e Edmo Mendonça Pinheiro. Os dois estão em contato direto com Jorginho pensando em possibilidade de reforços para a sequência do Goiás na temporada.
Diogo Galvão volta e busca oportunidade
Após o empréstimo frustrado para o Atlético, Diogo Galvão voltou ontem a treinar no Goiás e adotou o discurso de ser funcionário do clube. "Não estou aqui para optar, dizer que o Atlético ou o Goiás é melhor. Sou funcionário do Goiás, tenho contrato até 2012, tenho de acatar ordens", comentou. "Espero que a nova comissão técnica me enxergue com bons olhos e eu tenha oportunidade."
Artilheiro do Goianão com 15 gols e sem atuar como titular desde abril - entrou em apenas dois jogos do Brasileiro -, Diogo Galvão marcou mais na temporada do que os dois artilheiros do alviverde: Felipe e Rafael Moura, que têm 10 gols cada.
O atacante Rafael Moura teve a pena reduzida ontem em julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Punido por conta de confusão no Barradão, no dia 21 de julho, o jogador teve redução de seis para quatro jogos, já cumpridos. O técnico Emerson Leão, que até já deixou o alviverde, também teve pena reduzida de três para um jogo.