Ronaldo Caiado fracassou como político ao ser governador de Goiás.
Abriu mão de ser senador, onde reconhecidamente sempre foi um bom parlamentar, por pura vaidade de ocupar o palácio das esmeraldas.
Caiado esteve ao lado de Marconi Perillo, durante 16 anos. Sempre participou do governo de Marconi, indicando seu pessoal para milhares de cargos ao logo deste tempo, inclusive vice-governador.
Caiado degustou a ambrosia servida no palácio das esmeraldas e com o passar do tempo, passou a nutrir uma paixão doentia para ocupar o lugar de Marconi, mesmo que para isso, tivesse que trair suas convicções politicas, seus amigos mais próximos e se unir com seu inimigo histórico o PMDB de Iris Rezende.
Foi traindo seus aliados que Caiado chegou ao poder do palácio.
O homem que trai seus companheiros para conquistar poder, sempre terá ao seu lado servos, jamais amigos.
Ao chegar ao poder Caiado imaginou que poderia administrar o estado tratando os servidores públicos, como sua família sempre tratou os funcionários das fazendas.
Caiado traiu seus companheiros e lideranças políticas, trazendo para Goiás um bando de forasteiros, sem qualquer história com o estado, para ocupar as principais secretarias. Tratou os deputados aliados como gado e como consequência, perdeu a eleição da presidência da Assembléia Legislativa
Com pouco tempo viu seu capital politico virar cinzas e descobriu que o chicote usado na fazenda, não tinha o mesmo efeito com professores e policiais, prefeitos e deputados. O Senador Kajuru e o deputado delegado Waldir não aceitaram comer sal no coxo do governador. Outros tiveram o mesmo desejo, mas precisavam do sal para sobreviver e aceitaram o cabresto.
Fracassado como gestor público, Caiado procurou jogar a culpa na gestão do ex-governador Marconi Perillo. Com o passar do tempo, a desculpa passou a não colar mais, pois até o homem do campo sabe que quem casa com a viúva tem que assumir os filhos.
Desesperado e sem conseguir arrumar mais desculpa para seu próprio fracasso, Caiado viu na pandemia do coronavírus, a oportunidade politica para tentar se salvar. Tirou o terno de governador e vestiu o jaleco de médico. Se auto proclamando salvado universal dos goianos. Decretou isolamento social horizontal e desproporcional.
Escoltado pelos seguranças, foi confrontar o povo nas ruas, assim como fazia no passado os coronéis acompanhando dos seus jagunços.
Vaiado e chamado de traidor, Caiado, perdeu o equilíbrio emocional e deixou cair a máscara, gritando: "não preciso de seu voto". Caiado descobriu que o barulho do estalar do seu chicote não fazia com o povo, o mesmo efeito que faz com seu gado na sua fazenda.
Na sequência, entrou em rota de colisão e rompeu com o presidente Bolsonaro, que nunca precisou se apropriar da amizade de Caiado para se eleger, ao contrário de Caiado, que sempre dizia ser amigo do presidente. Foi apenas mais uma traição que Caiado praticou ao longo da sua carreira política.
Como governador Caiado usou a força da caneta para baixar um decreto, fechando o comércio, condenando as pessoas a cumprirem prisão domiciliar por um crime que elas não cometeram, assim como se confina gado para o abate.
Como médico Caiado deveria saber que a diferença do remédio para o veneno e a dosagem. Deveria saber que não se pode receitar quimioterapia a uma pessoa antes dela ficar doente.
Como coronel, brandou: "No meu estado o meu decreto será obedecido. A minha polícia vai estar nas ruas para garantir o cumprimento das minhas ordens". Caiado se esqueceu que os tempos são outros, mesmo Goiás sendo ainda considerado por muitos uma roça. Essa roça, ainda tem gente com calo nas mãos, mas que não aceita cabresto de coronel.
Goiás é muito mais que uma roça. Aqui tem uma geração que luta no dia-a-dia para produzir mais que alimentos. Uma geração que deseja apenas o direito de viver e trabalhar sem o governo atrapalhar.
2 comentários:
Parabéns pelo artigo!!
Ótimo artigo! Isto demonstra mais uma vez que o Poder é o objetivo final, não interessam os meios.
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