sábado, 22 de junho de 2019

Máfia da Merenda Escolar é o Verdadeiro Crime Organizado do Estado de Goiás

Na próxima semana será realizada a licitação da merenda escolar para  o segundo semestre de 2019 na  rede  de ensino do estado de Goiás.

Embora a secretária de educação do estado de Goiás, Fátima Gavioli tenha empreendido todos os esforços possíveis,  para inserir o peixe na merenda  escolar, ainda não conseguiu efetivamente essa medida, porque tem enfrentado muita resistência da máfia da merenda escolar,  que se estruturou em forma de crime organizado no estado de Goiás.

Bem estruturada, a máfia da merenda escolar, tem organização de dar inveja até na polícia federal.

Nem mesmo o adiamento do edital para que fosse cumprida a "ordem" da secretária,  para que o peixe fosse inserido no cardápio da merenda escolar,  foi capaz de inibir a ação da máfia.

São várias empresas que se organizaram e ao longo dos anos, cooptaram funcionários da rede estadual de educação e principalmente, diretores de escolas que resistem em abrir mão do seu pedaço no "negocio" que chega a movimentar cerca de R$ 120 milhões de reais por ano.

Esse dinheiro já tem DONOS, são eles, empresários protegidos por políticos e até ex-políticos que fraudam as licitações da merenda escolar  das mais diversas maneiras. Eles criaram empresas que não produzem nada, não processam nada, mas que concorrem entre si, em um jogo de cartas marcadas, com preços combinados, muitas das vezes,  com superfaturamento que pode chegar 200% e em outros casos oferecendo produtos abaixo do preço de custo para evitar concorrência.

Para defender o seu quinhão, a máfia da merenda  desenvolveu várias técnicas, das mais simples, até as mais elaboradas. O nível de organização da máfia chega em alguns casos, onde o mentor de uma destas organizações criminosas, é  dono de empresas que ganham licitações,  ao mesmo tempo,  o responsável pela prestação de contas da escolas que compram seus produtos. Muitas das vezes, usando laranjas e notas fiscais, para acobertar as negociatas entre empresas e diretores.

A inserção do peixe na merenda escolar de forma obrigatória, pelo menos uma vez por semana, foi uma conquista das nutricionistas, afim de melhorar a alimentação dos alunos da rede estadual de ensino. No entanto, na prática isso nunca aconteceu, pela dificuldade da máfia de encontrar o peixe no mercado que fosse compatível com a margem de lucro que a máfia obtém em outros produtos.

Como não tem margem de lucro capaz de pagar propina para diretores, como em outros produtos, mesmo sendo um alimento mais saudável, o peixe é simplesmente boicotado nas licitações. 

soma-se a isso, a preguiça de algumas merendeiras, que preferem produtos panificados,  de fácil mão de obra, que não sujam nem panela, usando a desculpa que o peixe tem rejeição dos alunos, na verdade a rejeição é muita vezes da própria merendeira, cria-se assim, um ambiente completamente hostil para a introdução do pescado na merenda escolar.

Alguns diretores se revoltaram com a determinação da secretária de educação Fátima Gavioli e literalmente partiram para o enfrentamento. Muitos diretores ainda insistiram em liberar seus editais colocando tudo em um mesmo lote, carne bovina, carne suína e peixe,  que é exatamente o lote destinado para uma das organizações criminosas que faz parte da máfia.

Fátima Gavioli determinou que o lote do peixe fosse separado da carne suína e carne bovina. Não foi o suficiente para impedir a ação da máfia. A separação dos lotes foi realizada, mas diretores boicotaram o peixe,  licitando quantidade insignificante, apenas para dizer que cumpriram a determinação.

 Por exemplo, uma escola de Anápolis,  com mais de mil alunos, onde se o peixe fosse servido na merenda escolar  uma vez por semana, seriam necessários cerca de 120 kg de pescados por mês, ou seja, algo em torno de 600 kg por semestre, o diretor desta escola,  teve a cara de pau de licitar apenas 40 kg de peixe para todo o semestre. Claro que ele será convidado a se explicar como consegue alimentar mais de mil alunos com 40 kg de peixe durante 5 meses, sem descumprir a lei. 

A secretária da educação já identificou algumas pessoas e principalmente diretores que fazem parte desta máfia e as providências serão tomadas afim de acabar com o problema.

Uma empresa de pescados reuniu documentos e informações que serão encaminhadas a Polícia Federal para as devidas providências. 

Os ganhadores da licitação de merenda escolar, no quesito peixe, passarão por uma verdadeira operação pente fino, com checagem das NFs de compras dos produtos e a secretaria da educação vai definir uma data para que neste dia, seja obrigatório em todo o estado de Goiás, apenas o peixe no cardápio, afim de facilitar a fiscalização com visitas supresas, em parceria com as empresas de pescados do estado de Goiás.


 Afim de acabar definitivamente com a máfia da merenda escolar no quesito peixe, a Assembleia Legislativa elaborou um projeto de lei que torna obrigatório na merenda escolar, apenas o peixe produzido no estado de Goiás, sendo o peixe exclusivamente de origem da agricultura familiar. A lei deve entrar em vigor em 90 dias após sua publicação.

Alguns integrantes da máfia da merenda escolar, poderão ser surpreendido nos próximos dias, por agentes da Policia Federal que já tem em mãos, um relatório completo das ações da máfia da merenda escolar. Os mafiosos  terão que explicar entre outras coisas, como conseguem ofertar um produto abaixo do preço de custo!

Estamos de olho!


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