A operação lava-jato da Polícia Federal que revelou o maior escândalo financeiro e politico da história do Brasil chegou muito perto da presidente Dilma e do ex-presidente Lula. Perto demais. Por isso a presidente convocou as pressas o ministro da Justiça para tentar nova ofensiva para colocar um freio na Polícia federal. A primeira tentativa foi a da intimidação que o próprio Ministro tentou anunciando que investigaria delegados que manifestarão apoio a candidatura de Aécio Neves. Não deu certo.
Todos negarão o inegável, faz parte do jogo. Mas os desdobramentos da Operação Lava-Jato confirmam a guerra entre Poder Executivo e Polícia Federal.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, acusa delegados da PF que estão no comando da operação de ter apoiado o candidato oposicionista Aécio Neves, do PSDB, e feito comentários depreciativos sobre líderes políticos do PT – embora em perfis fechados, a que só têm acesso os membros do grupo, embora sem uso de equipamento público.
E mandou abrir sindicância sobre seu comportamento.
Bobagem: a Constituição garante a livre opinião e os delegados podem votar em quem quiserem, desde que isso não interfira em seu trabalho.
Mas o governo acha que há má-vontade do pessoal da Lava-Jato em relação a seus amigos e aliados. E já mobilizou suas tropas contra os federais: jornalistas, internautas, o mesmo grupo que martelou os adversários de Dilma durante a campanha, começaram ao mesmo tempo a bater nos novos adversários.
O objetivo é demonstrar a parcialidade dos delegados e, a partir daí, tentar anular a Lava-Jato, ou de pelo menos parte dela. Outra possibilidade é identificar a ação dos delegados com golpismo e organizações paramilitares, como o CCC, Comando de Caça aos Comunistas, que existiu há pouco mais de 40 anos.
Há profissionais especializados em character assassination tentando montar dossiês não apenas dos delegados, mas também do juiz federal Sérgio Moro, que cuida do caso Lava-Jato.
E há a luta por posições no novo mandato de Dilma. Mas essa é outra história.
Não está descartada também um tentativa de "compra" por parte do governo do trabalho da Polícia Federal. Neste caso, o governo Dilma já cogita conceder todos os aumentos que os políciais reivindicaram nos últimos anos e o governo Dilma negou.
Com essa medida, Dilma tenta salva o próprio pescoço e o pescoço do ex- presidente Lula. Resta saber se a Policia Federal está disposta fazer este tipo de acordo.
Um comentário:
Não senhor Cleuber Carlos, "jênio" da raça humana. A coisa é o contrário do que publicaste sobre perseguição à Polícia Federal. Aliás, todo delegado ou agente de polícia judiciária deve fazer investigações sob a égide da lei e não sob verbalizações políticas ou vazamentos partidários. Essa será a única mancha da Lava Jato: O fato de alguns delegados e agentes da PF terem em algum momento se rebaixados em viés políticos, vide o caso Consenza - pura irresponsabilidade. Infelizmente este é um fato, triste, por que abre suspeições. Por isso, só um sujeito insolente como você, capacho dos dos tucanos - do mandão, gasta tempo e dinheiro do Governo de Goiás para publicar essas asneiras. Nem teus seguidores acreditam nisso.
A verdade é que - como escreveu o empresário tucano Ricardo Semler - o Brasil está dando um passo gigantesco em direção a luz com a operação Lava-Jato. Estamos dando um passo importante para sairmos do lodo do cantareira. Será essa operação e não o tal "mensalão" que demarcará as novas relações públicas e empresárias no Brasil. Isso valerá para o Estado de Goiás, também, goste ou não. Defendo punição aos empresários velhacos e corruptores e punição exemplar aos agentes públicos que feriram e ainda ferem a lei. Obs. A lei vale para todos, inclusive para delegados e agentes das polícias judiciárias.
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