Em fase de acabamento, empreendimento servirá para receber com maior conforto passageiros de cruzeiros e transatlânticos que chegarem à capital pernambucana para megaeventos esportivos
Ao completar 476 anos nesta terça-feira (12.03), Recife está prestes a receber um presente: as obras no novo Terminal Marítimo de Passageiros do porto serão entregues em 28 de março. O projeto está inserido na Matriz de Responsabilidades da Copa do Mundo, assim como os terminais de Fortaleza, Natal, Salvador e Manaus, que elevarão os portos do país a um novo patamar na recepção de passageiros e servirão para ampliar a capacidade hoteleira das cidades-sede durante os megaeventos esportivos.
“O terminal marítimo foi pensado, também, para possibilitar a atracação dos navios e servir de meio de hospedagem. Hoje Recife não necessita tanto dessa hospedagem dos navios, porque a capacidade já suporta a demanda da Copa, mas de qualquer forma há essa possibilidade. Inclusive, a gente já recebeu alguns contatos de fora, demonstrando interesse em trazer navios que sirvam de hospedagem. A gente poderá ter pelo menos três navios atracados no porto e quatro mil pessoas circulando aqui dentro sem problemas”, destaca Marta Kümmer, diretora presidente do Porto de Recife.
Após quase um ano e meio de obras, o terminal contará com salas de embarque e desembarque, espaços para os órgãos reguladores e de fiscalização, balcões de check-in, áreas para agências de viagens, lojas e restaurantes. Com 25 mil m², o local terá ainda 176 vagas de estacionamento para veículos comuns e 12 para ônibus. Localizado no centro da capital pernambucana, no bairro Recife, o empreendimento servirá para revitalizar a região portuária.
Fotos: Portal da Copa/ME/Fevereiro de 2013
Detalhes da reta final da obra, prevista para ser entregue dia 28
“A gente já recebe transatlânticos, mas teremos capacidade para receber um número maior de navios. Hoje, no embarque dos passageiros, não há conexão entre as áreas primária e secundária, elas não se comunicam. Os ônibus vão para a beira do cais pegar os passageiros e sair imediatamente do porto. Com o terminal, o passageiro vai sair do navio, caminhar pelo terminal e sair na cidade, em uma área revitalizada. É isso que tem de diferente. Em um porto você tem todos aqueles equipamentos, contêineres, armazéns, equipamentos grandes. O passageiro não vai conviver com isso, ele vai sair numa área de entretenimento, lazer, com uma dinâmica totalmente diferente”, explica Kümmer.
Com investimento de R$ 28,07 milhões, sendo 21,8 milhões de recursos federais, o projeto aproveitou o antigo Armazém 7, que passou por reformas internas, mas teve a estrutura mantida. Voltado para o cais, o armazém conta no térreo com salas de embarque e desembarque, com um mezanino que será utilizado como memorial do porto, além do primeiro pavimento, que terá lojas e restaurante. Uma escada normal e outra rolante, uma rampa e dois elevadores dão acesso de um piso a outro.
Uma passarela dá acesso do Armazém 7 à “Sala Pernambuco”. Recém construída, ela é voltada para a cidade, com uma fachada em estrutura metálica, que lembra um barco de papel. O espaço abrigará os balcões de check-in, salas de agências de viagens e dos órgãos reguladores e de fiscalização do governo.
Imagem de conceito mostra como ficará o Porto de Recife após a conclusão das intervenções
O cais em frente ao Armazém 7 tem um calado (profundidade) entre sete e oito metros. Os navios de maior porte atracam em uma área mais afastada e, por isso, o projeto prevê obras de pavimentação e urbanísticas para o traslado do navio ao terminal. “Temos todo o cais para atracação. Se chegarem navios de maior porte, eles podem atracar mais na frente, onde há maior calado. As pessoas terão um serviço de ônibus, que traz o pessoal assim que sai do navio e vem para o terminal”, afirmou o engenheiro responsável pela obra, Bruno Ventura.
Cerca de 160 operários trabalham para entregar o empreendimento no cronograma previsto. “A obra está em fase final de acabamentos e revestimentos de pisos e paredes, algumas intervenções nos quatro banheiros, uma série de equipamentos sendo entregues e instalados, como escadas rolantes, elevadores, scanners, esteiras de bagagens, luminárias, interruptor, todos esses serviços que são executados em final de obra, como paisagismo”, detalha Ventura.
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