A política de Nerópolis vive mais um capítulo de tensão — e dos feios.
Informações recebidas pelo Blog revelam que Marcel Farah, procurador-geral do município e filho do prefeito Dr. Luiz, convocou para esta tarde, às 14h30, uma reunião com todos os vereadores na Câmara Municipal.
O motivo?
Simples e grave: cobrar a fatura dos parlamentares que, segundo relatos, vêm sendo beneficiados pela prefeitura com cargos, contratações de parentes e aluguel de veículos, mas agora estariam resistindo a votar o projeto que autoriza o município a contrair um empréstimo histórico de R$ 41 milhões.
Do caixa cheio ao rombo iminente
O prefeito Dr. Luiz recebeu a prefeitura com R$ 20 milhões em caixa, deixados pelo ex-prefeito Gil Tavares. Menos de um ano depois, esse montante simplesmente desapareceu.
A cidade, que nunca precisou contrair dívidas desse porte, agora se vê diante de um pedido de empréstimo que comprometerá as contas públicas pelos próximos anos.
A pergunta que ecoa entre servidores, comerciantes e moradores é direta:
Como se some R$ 20 milhões em dez meses?
Enquanto isso, o projeto do empréstimo emperra na Câmara.
Mas não por consciência fiscal — e sim por uma guerra interna entre quem quer votar e quem teme as consequências políticas do voto.
A mão pesada do filho do prefeito
De acordo com fontes próximas aos vereadores, o procurador Marcel Farah pretende usar a reunião de hoje como um “acerto de contas”.
A missão seria exigir que os vereadores que possuem relacionamentos de dependência com a prefeitura — seja por cargos comissionados, empregos para familiares ou contratos de caminhões — cumpram sua parte e aprovem o megaempréstimo.
Em outras palavras:
Hoje é dia de cobrar rabo preso.
E a pressão deve ser ainda maior sobre a presidente da Câmara Municipal, que — segundo informações — também possui parentes empregados na prefeitura e, por isso, tornou-se alvo direto da estratégia de constrangimento político articulada pelo procurador.
O método é velho, mas o escândalo é novo
A lógica é conhecida em cidades com forte concentração de poder:
- O Executivo emprega parentes de vereadores.
- O Executivo contrata serviços ligados aos parlamentares.
- O Executivo controla a pauta da Câmara.
- E, na hora decisiva, cobra a fatura.
A denúncia de hoje aponta exatamente esse mecanismo operando em Nerópolis — com uma diferença sensível:
é o próprio filho do prefeito, ocupando cargo estratégico, quem conduz o processo de intimidação política.
De caixa cheio a endividamento histórico
A ironia é brutal.
O prefeito Dr. Luiz, que recebeu a prefeitura com dinheiro em caixa, agora quer jogar nas costas da população uma dívida gigantesca de R$ 41 milhões — sem explicar antes onde foram parar os recursos deixados pela gestão anterior.
E, diante da resistência dos vereadores, a máquina da pressão foi acionada.
Reunião emergencial.
Convocação forçada.
Rabo preso sendo puxado.
E um procurador municipal tentando se transformar em chefe político da Câmara.
Conclusão editorial
O encontro de hoje promete expor, talvez como nunca antes, o modelo de governança que vem sendo praticado em Nerópolis:
uma prefeitura que queima R$ 20 milhões em poucos meses, tenta contrair R$ 41 milhões em dívidas e ainda utiliza o aparato jurídico do município e laços familiares para dobrar o Legislativo e forçar a aprovação do projeto.
Se a Câmara Municipal ceder, o recado estará dado:
Nerópolis está nas mãos de um núcleo familiar que governa com pressão, dependência e intimidação política.
Se resistir, será o primeiro passo para romper um ciclo que ameaça empurrar o município para um colapso financeiro anunciado.
O Blog do Cleuber Carlos seguirá acompanhando.

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