Em meio à pressão popular por respostas imediatas, volta e meia ressurge a proposta da criação de um canil municipal como solução central. O problema é que essa ideia, embora intuitiva, já foi superada tecnicamente — e o próprio caminho escolhido pelo município aponta nessa direção.
O erro clássico que Senador Canedo evitou
A experiência acumulada em dezenas de cidades mostra que o canil municipal, quando tratado como política principal, não resolve o abandono. Ele apenas:
- retira temporariamente os animais das ruas;
- concentra sofrimento;
- cria superlotação;
- e gera passivos sanitários, jurídicos e financeiros.
Senador Canedo, ao não adotar esse modelo como eixo central, evitou um erro que muitos municípios só percebem quando já é tarde demais.
A política que ataca a causa — não o efeito
O município vem priorizando aquilo que a ciência já demonstrou ser eficaz:
- castração sistemática de animais de rua;
- manejo populacional contínuo;
- atendimento veterinário direcionado;
- e atuação técnica baseada em dados, não em improviso.
Essa estratégia atua na raiz do problema.
Ao reduzir nascimentos indesejados, Senador Canedo quebra o ciclo que alimenta o abandono.
Não se trata de ideologia, mas de biologia e estatística.
O respaldo técnico por trás da política
A linha adotada pelo município dialoga diretamente com o que defendem:
- especialistas em bem-estar animal;
- profissionais ligados ao Conselho Federal e aos Conselhos Estaduais de Medicina Veterinária;
- referências nacionais em medicina veterinária coletiva.
Esses profissionais são claros:
Controle populacional é a única política capaz de reduzir de forma sustentada o número de animais abandonados.
Canis, quando mal dimensionados ou usados como solução central, tendem a produzir exatamente o oposto.
O debate que precisa amadurecer
Parte da pressão por canil municipal nasce da boa intenção, mas também de desinformação técnica. É compreensível que, à primeira vista, recolher os animais pareça a atitude mais humana.
O papel da gestão pública, porém, não é seguir a solução mais intuitiva — é adotar a solução que funciona, mesmo quando ela não rende foto nem resposta imediata.
Senador Canedo, ao investir em castração e manejo ético, optou por uma política menos visível, porém mais responsável.
O que pode existir — sem retrocesso
Isso não significa ausência total de estruturas públicas.
Unidades de apoio pontuais e emergenciais são necessárias para:
- animais feridos;
- situações de risco imediato;
- apoio temporário à adoção.
O que o município corretamente evita é transformar essas estruturas em depósitos permanentes, erro já amplamente documentado no Brasil.
Uma política que precisa ser fortalecida, não sabotada
O desafio agora não é mudar o rumo, mas:
- ampliar a cobertura de castração;
- garantir continuidade orçamentária;
- integrar educação e fiscalização contra abandono;
- e blindar a política pública contra soluções regressivas travestidas de “novidade”.
Opinião
Senador Canedo fez a escolha correta ao seguir a evidência científica em vez do clamor por soluções fáceis. Abandono animal não se resolve com muros e jaulas, mas com prevenção, técnica e responsabilidade coletiva.
Retroceder agora seria ignorar tudo o que a ciência, a experiência e o bom senso já demonstraram.
Isso não significa que o poder público esteja isento de responsabilidade.
O que não funciona é:
❌ canil como solução central.
O que pode existir, de forma residual e técnica:
- unidades temporárias de acolhimento emergencial;
- apoio a animais feridos ou em risco imediato;
- nunca como depósito permanente.
-
Canil resolve abandono?
❌ Não há evidência de cidade que resolveu o problema apenas com canil.
Castração resolve?
✅ Há múltiplos casos documentados de redução real da população de rua.
Canil
- Confinamento prolongado gera:
- estresse crônico;
- agressividade;
- doenças;
- sofrimento institucionalizado.
👉 Em muitos casos, a condição no canil é pior que na rua.
Manejo populacional
- Reduz sofrimento global:
- menos nascimentos indesejados;
- menos animais doentes;
- menos atropelamentos e maus-tratos.
- Confinamento prolongado gera:

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