Quando o Blog do Cleuber Carlos revelou, semanas atrás, que havia um grave risco de paralisação da UTI de Morrinhos, por problemas na relação contratual entre a Prefeitura e a empresa gestora, a reação do prefeito Maycllyn Carreiro não foi de transparência, responsabilidade ou atenção à vida humana.
Ele preferiu o deboche.
Gravou vídeo, tentou posar de seguro da própria palavra e carimbou a denúncia como “fake news”, sugerindo que o blog estaria “inventando crises” para “criar alarde na cidade”.
A estratégia era clara:
- Desacreditar a denúncia
- Desqualificar a fonte
- Manter a população no escuro
Mas a realidade, como sempre, não se dobra ao marketing político.
E AGORA, O DISCURSO MUDA
Na publicação mais recente, o próprio prefeito admite que:
- Está reunindo comprovantes de pagamento da empresa que administrava a UTI;
- Não havia atraso, segundo ele — o que, se fosse verdade, não precisaria agora de “levantamento de comprovantes”;
- Foi instaurada sindicância para apurar responsabilidades;
- O município está correndo para restabelecer o serviço.
A pergunta é inevitável:
Se estava tudo certo, por que instaurar sindicância?
Se era “fake news”, por que agora há investigação formal?
Se não havia crise, por que a UTI ficou comprometida a ponto de exigir “ritmo acelerado” para retomá-la?
A resposta está diante de todos:
O prefeito tentou esconder o problema enquanto ainda acreditava que conseguiria controlar a narrativa.
Mas não conseguiu.
O PAPEL DO BLOG QUE ELE TENTOU DESACREDITAR
Quando a denúncia foi feita, não foi para atacar pessoas — foi para defender vidas.
UTI não é discurso de rede social.
UTI é onde famílias lutam para respirar, literalmente.
E foi só depois da pressão pública, da mobilização social e do radar do Ministério Público, que a prefeitura passou a agir.
A verdade sempre chega.
Às vezes tarde. Mas chega.
OPINIÃO
O prefeito Maycllyn Carreiro não errou apenas na gestão.
Ele errou na postura.
Optou pela arrogância ao invés da responsabilidade.
Preferiu desqualificar quem alertava, ao invés de verificar o alerta.
Escolheu o deboche ao invés da transparência.
A cidade lembra.
A cidade vê.
A cidade sente.
E Morrinhos não é terra de gente que se cala.

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