segunda-feira, 25 de julho de 2022

Por Divida de 17 Milhões Estádio do Crac de Catalão Vai a Leilão


(Foto: Reprodução)

Por conta de ações trabalhistas de 2013, o Estádio Genervino da Fonseca, em Catalão (GO), está prestes a ser leiloado. Ao todo, são cerca de 90 ações, girando em torno de R$ 16 a 17 milhões, de jogadores, treinadores e até funcionários que alegam não terem recebido salários do Crac.


A praça esportiva está avaliada em R$ 42.227.638,00 e o lance mínimo no leilão que está previsto para o dia 28 de julho é de R$ 21.113.819,00 – com possibilidade de parcelamento em até 30 vezes. Na descrição com informações do imóvel é destacado que o estádio tem capacidade para 9 mil torcedores, arquibancadas, lanchonete e vestiário. A área do terreno é de 30.390m². Álvaro Leilões é o leiloeiro. 

O Leilão  não terá sucesso. Não existe ninguém interessado no estádio já que ele faz parte do patrimônio cultural da cidade e não pode ser demolido.

De acordo com o advogado Daniel Morais, representante de alguns atletas no processo contra o Crac, que explicou a situação.


“Chegou a esse ponto em virtude da indadimplência constante da parte reclamada [Crac], em não quitar os acordos que foram realizados anteriormente e também não apresentar forma ou interesse de pagamento dos seus reclamantes”, pontuou.

O Genervino da Fonseca recebe os jogos do Clube Recreativo Atlético e Catalano (Crac), um dos times mais tradicionais do interior goiano e que já conquistou dois títulos estaduais, o último no próprio estádio, em 2004 diante do Vila Nova.


Em março o clube tinha cerca de 90 ações, girando em torno de R$ 17 milhões. Jogadores, treinadores e funcionários que não receberam salários e outros direitos, optando por buscar a Justiça após vários acordos que não foram cumpridos.

“Sempre que você vai à Justiça e formaliza um acordo, a lei permite aplicação de multas processuais em virtude do descumprimento. Recentemente, o acordo oferecido pelo Crac não era bem um acordo, e inclusive foi isso que fechou um pouco a possibilidade de uma conciliação, pois aparentava muito mais uma promessa de acordo do que um acordo em si. Por outro lado, quem está aberto a propostas são os reclamantes, porque quem faz proposta é quem deve. Mas, até o momento não fomos procurados”, frisou Daniel.

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