Polícia Civil cumpriu oito mandados de busca e apreensão e apreendeu 20 celulares e R$ 15 mil em notas de real, dólar, bolívar e peso colombiano. Grupo é suspeito de praticar os crimes de agiotagem, extorsão, estelionato e lavagem de dinheiro contra milhares de vítimas que contraíram empréstimos
Policiais civis da 4ª Delegacia Distrital de Polícia de Goiânia realizaram nesta terça-feira (21/01) a Operação Escobar contra um grupo criminoso de agiotas que atuava em Goiânia e Aparecida de Goiânia. Segundo informações da Assessoria de Comunicação da Polícia Civil, foram cumpridos 8 mandados de busca e apreensão, apreendidos 20 celulares e R$ 15 mil em notas de real, dólar, bolívar e peso colombiano. Ninguém foi preso.
A investigação começou há cerca de 6 meses e identificou um esquema controlado por pessoas estrangeiras, especialmente venezuelanos. Eles são suspeitos de praticar os crimes de agiotagem, extorsão, estelionato e lavagem de dinheiro contra milhares de vítimas que contraíram empréstimos.
O grupo atuava há quase 3 anos. Os autores procuravam pequenos comerciantes – como donos de salão de beleza e chaveiro – ofereciam empréstimos sem comprovação nem garantia e exigiam que a pessoa pagasse já no dia seguinte, com juros que, ao final do mês, ultrapassam 30%.
Ainda de acordo com a Polícia civil, o grupo criminoso operava ainda uma espécie de loteria ilegal que fazia sorteios, vendendo bilhetes que custavam até R$ 4,00 para prêmios de R$ 500. Os pagamentos, porém, eram fraudados e as pessoas não recebiam os valores dos prêmios.
Na ação desta terça-feira, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em Goiânia e dois em Aparecida de Goiânia, sendo apreendidos 18 telefones celulares, R$ 15 mil em espécie, óculos e relógios avaliados em R$ 3 mil, além de documentação que, segundo a polícia, indicaria a prática de atos ilícitos.
“Agora vamos processar toda a documentação, analisar telefone por telefone, juntar provas e mandar para o Judiciário para continuar as apurações”, diz o delegado Carlos Caetano.
Segundo o delegado, em ao menos outras cinco ocasiões pontuais suspeitos de integrar o grupo criminoso foram presos em operações da PC. A polícia suspeita que a organização seja comandada de fora do país. As investigações continuam para identificar mandantes e demais integrantes do grupo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário