Pouco depois de o Jornal Nacional noticiar, com base no depoimento do porteiro que estava na guarita, que um dos suspeitos de participar do assassinato de Marielle Franco esteve no condomínio de Jair Bolsonaro, no Rio, no dia 14 de março de 2018, o presidente — que já havia feito uma live para tratar do caso — concedeu uma entrevista ao Jornal da Record.
Bolsonaro disse que está à disposição das autoridades, voltou a negar qualquer envolvimento no caso Marielle e acusou o governador do Rio, Wilson Witzel, de estar por trás dessa acusação.
“Posso ser ouvido. Estou disposto a colaborar nesse processo. [O processo] Está mal conduzido e eles querem jogar uma cortina de fumaça e jogar para cima de mim a responsabilidade dessa execução”, disse. “Gostaria muito de ser ouvido nesse inquérito, não tem problema.”
Repetindo o que já havia dito na live, Bolsonaro destacou que estava em Brasília, na Câmara dos Deputados, naquela data.
“Estava em Brasília. Logicamente, vou querer saber do porteiro se ele ligou para lá de verdade, para o meu apartamento. Pelo que me consta, nenhum homem mais estava em casa nesse horário”, afirmou Bolsonaro. “Nesse mesmo dia, eu não estava no Rio de Janeiro.”
Sobre Witzel, Bolsonaro disse:
“Quem vazou para a TV [Globo] foi o senhor governador Witzel. (…) O governador se elegeu graças ao meu filho Flávio Bolsonaro. Ao assumir o governo do Rio de Janeiro, imediatamente ele tornou-se inimigo do Flávio e da minha família.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário