Juíz acatou o pedido do ex-presidente da Agetop após decisão do STF a respeito de crimes que possuem ligação com eleições
Acatando ao pedido do ex-presidente da Agência Goiana de Transporte e Obras (Agetop), Jayme Rincón, o juiz federal Leão Aparecido Alves, da 11ª Vara de Goiânia, determinou o envio das investigações da Operação Cash Delivery, deflagrada pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal, para a Justiça Eleitoral.
A determinação atende aos pedidos das defesas de Rincón e do ex-governador Marconi Perillo, e o pedido baseia-se na decisão do Supremo Tribunal Federal sobre crimes que possuem ligação com as eleições. Entretanto, o Ministério Público Federal já havia se manifestado contra a transferência.
Já o pedido de nulidade dos atos praticados até agora no processo contra Rincón, não foi acatado pelo magistrado.
A reportagem entrou em contato com o advogado do ex-presidente da Agetop, Romero Ferraz, que falou ao Jornal Opção que não comentará a decisão, mas disse que a medida já era esperada após as manifestações do Supremo. Entramos em contato também, com a defesa de Marconi, que não atendeu nossas ligações.
Vantagens
Desde a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em março deste ano, de enviar para a Justiça Eleitoral as investigações de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, em casos relacionados a caixa dois de campanha eleitoral, os investigados nesse tipo de crime começaram a pleitear a mudança.
Isso porque as penas impostas pela Justiça Eleitoral são mais brandas que a Justiça comum, o que muitas vezes acaba por livrar o investigado de uma pena de prisão, por exemplo.
Além disso, para muitos especialistas, a Justiça Eleitoral não teria estrutura adequada para investigar crimes mais complexos como lavagem de dinheiro e corrupção.
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