quarta-feira, 30 de maio de 2018

Pesca Esportiva no Parque indígena do Xingu

O Parque Indígena do Xingu é uma das maiores reservas indígenas do mundo. São quase 6 mil índios de 14 etnias diferentes que utilizam os recursos oferecidos pela natureza para a sobrevivência.

O Rio Xingu é o coração da reserva. Recentemente o IBAMA em parceria com a FUNAI e Aldeias criou o projeto Pesca Esportiva no Xingu.


A porta de entrada para a reserva do Xingu é a cidade de Canarana-MT,  que possui aeroporto para voos fretados e aeronaves particulares. 

Os  rios Sete de Setembro e Kuluene, formadores do Xingu são as principais vias de acesso por água para se chegar ao Xingu. 

A região é conhecida pela riqueza de peixes e belas paisagens, atraindo grupos de pescadores esportivos provenientes de todo o país que se hospedam em pousadas às margens dos rios Kuluene e Sete de Setembro. A homologação da Terra Indígena, feita pela presidência da República em abril de 2017, agravou o clima entre fazendeiros, empresários e indígenas, que já não era dos melhores.
 A atividade de Turismo com pesca esportiva é uma novidade que já está a disposição de pescadores e turistas e pode ser uma fonte de renda com incentivo a preservação ambiental.

O projeto tem como objetivo a consciência ambiental, inclusive dos próprios índios que aos poucos vão aprendendo que um peixe vivo gera mais renda do que ele morto.

Segundo instrução Normativa Funai 03/2005, a visitação em Terra Indígena é permitida desde que haja anuência do órgão responsável, no caso a Fundação Nacional do índio (Funai), e
estabelecimento de plano operacional de execução deste. A normativa é clara ao proibir o uso de bebidas alcoólicas, a realização de caça e pesca e o acesso, mesmo que turístico, sem autorização.



O roteiro do Rio Xingu é excelente para a pesca do grandes peixes como a piraíba, pirarara, jaú e cachara, bem como também para os peixes de escamas, especialmente as grandes cachorras, os trairões, as bicudas, corvinas, tucunarés (Cichla mirianae) e matrinxãs.


Cacique Samantha
Para realizar a pesca o primeiro passo e entrar em contato via WhatsApp com  Marcelo,  o único guia autorizado pela FUNAI  para levar os turistas até as aldeias e regiões de pesca no Rio Xingu,  dentro da reserva indígena. 

O cadastro de cada turista, nome e CPF e feito por Marcelo junto a Samantha, cacique ALDEIA TEHUHUNGU que se encarrega de pegar a anuência da FUNAI.

É cobrado pelo índios uma taxa de R$ 300,00 por pessoa para se ter acesso a reserva, passar um dia na aldeia e realizar pesca esportiva no Rio Xingu.


Sem esse procedimento e autorização por escrito da cacique e o acompanhamento de guia
Marcelo, guia autorizado 
autorizado, não é permitido entrar na reserva, quem se arrisca acaba ficando sem canoa, motor e ainda corre risco de ser preso e responder processo. 

 Na aldeia o turista pode tirar fotos e realizar a pesca esportiva. Por ser uma área de reserva controlada, o número de turistas é limitado, sendo necessário programar e reservar com antecedência. 

Existem pousadas bem estruturadas e rústicas localizadas no rio 7 de Setembro,  que é afluente do Rio Xingu, onde o turista pode ficar hospedado para realizar suas pescaria e visitas a reserva. O próprio Marcelo  dono de uma destas pousadas com poucas vagas e tem conta de todas as pousadas da região. 



O pacote pode ter a duração de 05 (cinco), cinco e meio ou 06 (seis) dias efetivos de pesca. Por ser uma área de reserva controlada, o número máximo de pescadores permitidos por grupo varia de 6 a 8 (oito) pescadores apenas por semana e apenas 2 semanas por mês.

O projeto pesca esportiva no Xingu preza pela preservação ambiental e costumes locais, e tem parceria entre as aldeias, Funai e Ibama, seguindo as regras e determinações para a prática da pesca esportiva na região, não fazendo acordos para pescar em aéreas restritas que não fazem parte do roteiro. Os peixes não podem ser levados para fora dos limites das aldeias, muito menos do PAX.

Bebidas alcoólicas são proibidas no Parque: O Artigo 58 do Estatuto do Índio estabelece que constitui crime “propiciar, por qualquer meio, a aquisição, o uso e a disseminação de bebidas alcoólicas, nos grupos tribais ou entre índios não integrados”.


Telefone de Contato do guia

Marcelo:
66 9915-3628 (Whatsapp)

Foto 02
Imagem de satélite, no Google Earth, mostra em destaque a Terra Indígena Pequizal do Naruvotu, ao sul do Parque Indígena do Xingu, rodeada por áreas desmtadas.

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