sábado, 27 de agosto de 2016

Sócio do Grupo Bom Jesus Foi Preso na Bahia por Grilagem de Terra

Reportagem publicada, no G1 da Bahia, cita o envolvimento de um empresário de Mato Grosso e sócio do Grupo Bom Jesus, Nélson Vigolo, em "grilagem de terra, apurada pela Operação Oeste Legal, deflagrada pela Polícia Civil através do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco),


O Grupo Bom Jesus encaminhou à redação do Gazeta Digital nota em que esclarece não ter sido alvo da operação. 

Leia a seguir a reportagem publicada pelo site e a nota 

A Operação Oeste Legal, deflagrada pelo Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) da Bahia cumpriu, nesta quinta-feira (25), 11 mandados de busca e apreensão e cinco medidas cautelares de antecipação de oitiva, que tem o objetivo de combater grupos organizados de "grilagem de terras’’ nas cidades de Barreiras, Santa Rita de Cássia e Formosa do Rio Preto, no oeste da Bahia.

Um dos alvos da operação é o empresário mato-grossense Nélson Vigolo, é sócio da Bom Jesus Agropecuária. Ele atuava no esquema com Vicente Toyoko Okamoto, proprietário da Algodoeira Goeire e Assaimenka Indústria de Alimentos Ltda, que deixou o esquema após investigação do Ministério Público. Porém, Vigolo teria contionuado com as ações fraudulentas.
Segundo as investigações, Vigolo atuaria de forma semelhante em Mato Grosso.

Vigolo é o principal nome do Grupo Bom Jesus, que está em recuperação judicial desde maio deste ano. Com sede em Rondonópolis, o grupo possui dívidas de R$ 2 bilhões.

O coordenador do Draco, Jorge Figueiredo, informou G1 que até a manhã desta quinta-feira (25), cinco pessoas foram presas por porte ilegal de arma durante o cumprimento de cinco medidas cautelares de antecipação de oitiva, quando as pessoas são levadas à delegacia para serem ouvidas em depoimento. 


Três homens alvos das medidas cautelares foram presos ao serem flagrados pela polícia com várias armas. Entre eles está um ex-secretário da cidade de Formosa do Rio Preto e um homem que foi preso em 2010 também por grilagem de terras.

Ainda foram presos por porte ilegal de arma dois funcionários que estavam em uma casa e em uma fazenda dos alvos das medidas cautelares. Os mandados são cumpridos por determinação da Vara do Crime Organizado, do Tribunal de Justiça da Bahia. Entre os 11 mandados de busca e apreensão, oito deles foram na cidade de Barreiras, um em Santa Rita de Cássia e dois em Formosa do Rio Preto, em imóveis residenciais, casas e empresas dos investigados.

A operação visa apurar vários crimes de falsidade ideológica, tráfico de influência, falsificação, crime contra ordem tributária, corrupção e grilagem de terras. "O modus operandi era utilizando de ações judiciais que tinham como objeto imóveis rurais ou até fraude em escrituras rurais. Eles usavam de bens judiciais e ações de dermacações, buscavam áreas desocupadas e mudavam localização ou dados de escrituras. Os tipos de fraudes que detectamos foram nos tÍtulos, nas assinaturas, nas datas e números", afirmou Jorge Figueiredo.

Também foram cumpridas medidas cautelares em orgãos públicos para arrecadar documentos, como cartório de registro de imóveis, tabelionato de ofício de notas, cartório de títulos de documentos, entre outros órgãos públicos. Segundo o Tribunal da Justiça, participa da operação o juiz corregedor Márcio Braga, acompanhado de dois servidores, nos cartórios extrajudiciais de Barreiras, onde eram realizadas fraudes de documentos.

Outro lado

O Grupo Bom Jesus emitiu nota negando ter sido alvo da operação. Leia abaixo

"Diante das notícias veiculadas nesta sexta-feira (26), em relação ao Grupo Bom Jesus, esclarecemos que

1- O Grupo Bom Jesus tomou conhecimento da operação policial por meio da imprensa, sendo que não houve nenhum cumprimento de mandados em nossa empresa;

2- O Grupo Bom Jesus, desde a sua fundação, sempre prezou pela legalidade e segurança jurídica em suas relações comerciais, inclusive nos processos de aquisição fundiária em Mato Grosso e em outros Estados;

3- Neste sentido, nos colocamos à disposição das autoridades competentes, caso haja necessidade, para prestar informações e colaborar com o esclarecimento dos fatos".

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