A Polícia Civil prendeu grupo suspeito de falsificar alavarás de processos que tramitam na 11ª Vara Cível de Goiânia. De acordo com as investigações, Leandro Rodrigues de Morais, Ricardo Borges Rocha e Rondriander Lourenço Camargo causaram prejuízo de R$ 214 mil. O dinheiro era dividido entre os três, que foram apresentados à imprensa na Delegacia Estadual de Investigações Criminais nesta terça-feira (05/04).
Segundo a delegada Mayana Rezende, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato, os acusados filmaram, por meio de um telefone celular, uma ex-estagiária do Poder Judiciário digitando sua senha durante um atendimento. Ela não tem qualquer participação no crime. A partir daí, eles substituíam os nomes das partes envolvidas nos processos e tinham acesso aos depósitos judiciais das ações.
Os suspeitos trocaram o nome do procurador da parte nos processos pelo nome de Leandro. Eles usaram a sala da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) localizada no fórum. Após a emissão, o trio chegou a falsificar assinaturas e carimbos de juízes. Os valores eram sacados e dividido da seguinte forma: Leandro ficava 20%, enquanto Ricardo e Rondriander recebiam 40% cada.
De acordo com a delegada, Rondriander responde por três processos pelo mesmo crime. Leandro, por sua vez, possui passagens por roubo e associação criminosa. Ricardo também responde por associação criminosa. “Rondriander cursa Direito e Ricardo já é bacharel. Tanto que já foi preso por se passar por advogado”, revelou Mayana Rezende.
Os três vão responder por diversos crimes, como falsificação de documento público, estelionato, falsidade ideológica, subtração ou inutilização de livro ou documento e associação criminosa. Se condenados, eles podem pegar pena de até 24 anos de prisão.
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