A grave crise financeira em que a Celg Distribuição mergulhou, e da qual começou a sair no mandato passado do governador Marconi Perillo (2011-2014) é de responsabilidade das administrações de Maguito Vilela (1995-1998) e Alcides Rodrigues (2007-2010), afirma reportagem do jornal Valor Econômico publicada ontem (25/9). Segundo a reportagem, "a situação financeira da Celg D se deteriorou" em função da privatização da Usina de Cachoeira Dourada e da defasagem tarifária em função das dívidas acumuladas com o setor elétrico – que ocorreram, respectivamente, nas gestões de Maguito e Alcides.
"A situação financeira da Celg D, considerada uma das empresas mais ineficientes do setor, se deteriorou basicamente por dois motivos", afirma o texto do Valor. A reportagem enumera: "O primeiro foi a privatização da hidrelétrica de Cachoeira Dourada, em 1998, quando foi negociado um contrato de venda da energia da usina para a Celg D, por um valor 53% superior ao praticado pelo mercado na época", em referência ao governo Maguito. "O segundo foi o congelamento das tarifas da distribuidora, entre 2006 e 2011, devido ao atraso nos pagamentos à Itaipu e no recolhimento de encargos setoriais", em referência à era Alcides.
Intitulada "Governo estuda adiar leilão da Celg D para 2016", a reportagem do Valor cita o receio do governo federal de que a empresa só venha a ser privatizada no ano que vem. "Segundo fonte próxima do negócio, o adiamento do leilão da Celg D é prejudicial para a Eletrobras, que tem necessidade de repor o caixa, com a perda de receita oriunda da Medida Provisória 579/2012, da renovação antecipada e onerosa das concessões de geração e transmissão", afirma a reportagem.
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