segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Caiado Faz Politicagem Contra Celg e Goiás

Foto: perfil pessoal no Facebook
Aliado de Alcides Rodrigues e de Maguito Vilela, o senador Ronaldo Caiado (DEM) resolveu interferir nas tratativas técnicas de recuperação da Celg Distribuição. O parlamentar quer inviabilizar o leilão da estatal impedido que a dívida com Itaipu seja desdolarizada. Há cerca de um mês, ele e o deputado federal Daniel Viela (PMDB) retiraram de uma Medida Provisória a emenda que convertia a dívida da Celg com Itaipu de dólares para reais. Com a alta do dólar, a previsão é de que a dolarização leve à estatal à falência definitiva.

Veja o que Ronaldo Caiado afirma sobre a Celg D e por quê suas declarações são falsas e sem sentido:

FEDERALIZAÇÃO

Caiado: Não houve clareza de informações durante as negociações do governo.
Celg D: A imprensa acompanhou todo o processo, com centenas de matérias divulgadas. Além disso, tanto o Ministério Público Federal, quanto o Estadual foram informados de todos os passos das negociações, com juntada de farta documentação.

PASSIVO

Caiado: A Procuradoria Geral do Estado calcula que o passivo que Goiás tem de assumir por conta da venda da Celg é de R$ 3 a R$ 5 bilhões.
Celg D: Não há nenhuma diligência jurídica feita pela PGE. Os dados disponíveis pela CelgPar indicam um resultado favorável ao Estado (ativo contencioso maior que passivo contencioso). O dado de 3 a 5 bilhões não tem lastro contábil, que registra, a esse título, uma provisão de R$ 550 milhões. Já pelo lado do ativo, a expectativa do Estado é de receber R$ 2,8 bilhões.

DÍVIDA COM A CAIXA

Caiado: O Estado assumiu uma dívida com a CEF de R$ 3 bilhões, como parte do acerto para que a Eletrobras aceitasse a Celg.
Celg D: Houve, na realidade, uma troca de dívida muito vantajosa para o Estado. O Estado devia à Celg, com registro no Tesouro, R$ 2,157 bilhões a um custo de IGPM + 12% ao ano, tjlp, diferença a favor do estado é de 14% de juros ao ano. Tomou 3,527 bilhões de Reais, a um custo de TJLP + 0,8% ao ano. Com esse recurso, liquidou a dívida. Sobraram R$ 1,37 bilhões, que foram aportados na Celg, dos quais R$ 1,278 bilhões voltaram para o Estado via de pagamento de ICMS. Em síntese, a dívida nova foi de apenas R$ 92 milhões.

CONTROLE ACIONÁRIO

Caiado: Há pouco tempo tínhamos uma negociação em que Goiás perderia apenas 5% do controle acionário da empresa.
Celg D: Não há um único documento que comprove essa assertiva. Ao contrário. A verdade é que a Eletrobras, por acordo, assumiria o controle sem nenhum risco societário. Teria todas as Diretorias, menos a Presidência, e o domínio pleno do Conselho de Administração. Não assumiria nenhum risco. Hoje, 51% das dívidas são da Eletrobras.

VALORES DE VENDA

Caiado: A Eletrobras ficará com R$ 5 bilhões da venda. Goiás vai receber R$ 4 bilhões e ainda pagar o passivo?
Celg D
O Estado, se esse valor for confirmado, receberá praticamente os mesmos R$ 5 bilhões (a venda é "meio a meio"). O Estado não terá nenhum prejuízo, como já demonstrado.


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