quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Syd abre a caixa-preta do Goiás.


A reunião de quase quatro horas do Conselho Deliberativo do Goiás ontem à noite, na Serrinha, abriu literalmente a caixa-preta esmeraldina. As divergências administrativas entre o presidente do conselho, Hailé Pinheiro, e o presidente executivo, Syd Oliveira, chegaram ao limite e ontem foi revelado divergências e assuntos bombásticos, que antes eram obscuros. Na reunião, Syd entregou espécie de dossiê aos cerca de 220 conselheiros presentes. Na carta, critica a venda de Rodrigo Tabata a empresa Luppi, que teria de repassar à vista os 50% dos direitos do atleta ao Goiás no valor de 1,5 milhão de euros, e depois fracionou em 12 cheques. Além disso, no informativo, “há indícios de que o Goiás estava sendo usado pela Luppi para lavar dinheiro oriundo de adulteração de combustíveis”.
No documento, Syd de Oliveira relata imposição de limitações à atual administração e negociações consideradas malfeitas nos últimos anos, com anuência do Conselho Deliberativo. O presidente executivo tornou público na carta negociações mal sucedidas dos atletas Vítor e Fernandão (este tinha uma multa rescisória de R$ 150 milhões). Dos atletas recebidos do Palmeiras por empréstimo até o final do ano(Daniel Lovinho, Deyvid Sacconi, William e Wendell Santos), apenas este último permanece no elenco.
Syd Relata ainda: “Fui impedido de negociar Vítor com o Santos em janeiro de 2009 (apresentou cópia da proposta oficial) de R$ 2 milhões, com o Goiás permanecendo com 20% dos direitos econômicos do atleta. E no final, o Goiás liberou o atleta paraticamente de graça.”
Exaltado, Hailé Pinheiro usou de ironia para alfinetar o atual presidente do Goiás. “Syd tem a maneira de administrar. É meu amigo, foi meu médico há mais de 30 anos, é boa pessoa, bom caráter, mas está mal orientado”, disse.

Toloi fica
Syd, que deu entrevista rápida e não falou com a imprensa por conta da insatisfação, queria definir a negociação ontem. A proposta para vender Toloi para o Palermo seria de 2,6 milhões de euros à vista e mais duas parcelas de 200 mil euros cada – os outros 50% dos direitos econômicos seriam de Figger. O presidente executivo entende que o dinheiro seria usado para sanar parte das dívidas do Goiás.
As divergências continuam nas declarações de Hailé, que chama Syd de aloprado: “Como vamos vender o Toloi se estamos tentando sair da zona de rebaixamento do Brasileiro, nem temos propostas. Quanto à negociação de Fernandão, ele também autorizou falta de coerência, é uma administração aloprada. Em relação à acusão de lavagem de dinheiro, que culminou com a saída do diretor Sérgio Cecílio, que queria a continuação do processo contra a Luppi, mas foi impedido por Hailé, o dirigente diz “que não há como provar” e disse também que “o conselho é soberano e que não admite algumas decisões”.

FALÊNCIA
Num ponto os dirigentes concordam: além da crise técnica, a financeira. “Estou alertando, o Goiás está indo à falência, está devendo demais, a situação é calamitosa”, mas mesmo assim não aceitou a suposta proposta para negociar Toloi, outro fato em que discordam Hailé e Syd.
Em campo, o Goiás tenta amenizar a crise técnica no próximo sábado, quando recebe o Grêmio Prudente no Serra Dourada, às 18h30. O volante Amaral e o zagueiro Rafael Toloi levaram o terceiro amarelo na derrota para o Grêmio e não jogam. Valmir Lucas e Rithelly devem substituir os suspensos.

Sede do CT Edmo Pinheiro teve pedido de penhora

O ponto mais surpreendente da carta do presidente Syd de Oliveira foi a revelação que a sede do CT Edmo Pinheiro seria penhorada por falta de acordo com o Sindicato dos Atletas Profissionais. De acordo com o documento, a administração anterior, orientada pelo Departamento Jurídico, não fez acordo com o sindicato e não repassou 20% de receita recebida em acordo com a TV Globo. Resultado disto foi que o sindicato entrou em juízo e ganhou a causa com o valor de R$ 5,6 mi – por dois anos. O montante devido portanto dos anos 2007/8/9 era de R$ 9 mi. “Como não tínhamos este dinheiro, tentamos de todas as formas efetuar acordo com o sindicato e conseguimos o seguinte acordo que para nós foi uma grande vitória”, relata Syd de Oliveira.
“Os anos de 2007 e 2008 geraram um débito de cerca de R$ 1,8 mi que foram parcelados em 36 meses. A esta quantia se acrescentaram os ho-norários advocatícios no valor de R$ 300 mil divididos em 10 meses, o que acarretou uma prestação mensal de R$ 80 mil a sobrecarregar a atual e próxima administração”, encerra o presidente Syd.

Fique de olho

Confira os principais pontos da carta do presidente Syd de Oliveira

Gestão Raimundo Queiroz assina contrato com a Luppi e transfere 50% todos os jogadores da base do Goiás até 2011. Há indícios de que o clube estava sendo usado para “lavar dinheiro” oriundo de adulteração de combustíveis.
A situação financeira é delicada. Os R$ 25 mi apurados pela venda de Welliton ao futebol russo não estavam no cofre ao assumir a nova gestão em janeiro de 2009.
Atual gestão foi contra a contratação de Fernandão, o que gerou desunião no elenco, desequilíbrio financeiro e repetindo o mesmo ato cometido no acerto com o meia Petkovic.
A gestão anterior contratou Fabrício Carvalho sem condições de jogo e com um contrato de três anos por R$ 60 mil mensais.
A atual gestão foi contra a renovação de Hélio dos Anjos no final de 2009, quando o time estava desmotivado. A posterior dispensa do treinador gerou um dividendo de R$ 1 mil.
O Departamento de Futebol aumentou o salário de jogadores sem alterar a cláusula penal ou tempo de contrato – o salário do atleta Vitor dobrou de 30 para 60 mil.
Negociações mal sucedidas de Vítor e Fernandão. Dos atletas recebidos do Palmeiras, só Wendel Santos segue no clube.
Atual gestão foi impedida de negociar Vítor com o Santos em janeiro de 2009, com proposta inicial de R$ 2 mi que chegou até R$ 6 mi. No final, o Goiás liberou o atleta “praticamente” de graça.
Contratação de funcionários em demasia, a inchar a folha de pagamento a ponto da reforma administrativa prever redução de gastos na ordem de R$ 180/mil.
O presidente anterior, Pedro Goulart, recebeu como remuneração R$ 360 mil durante a gestão – R$ 15 mil mensais.
A administração anterior não fez acordo com o Sindicato dos Atletas Profissionais referente à Lei que obriga os clubes a repassarem 20% da receita de TV. Resultado disto foi a entrada para penhora da sede do CT Coimbra Bueno.

Principais pontos da carta do presidente Syd de Oliveira.


Confira os principais pontos da carta do presidente Syd de Oliveira entregue ao Conselho Deliberativo:
- Gestão Raimundo Queiroz assina contrato com a Luppi e transfere 50% todos os jogadores da base do Goiás até 2011. Há indícios de que o clube estava sendo usado para “lavar dinheiro” oriundo de adulteração de combustíveis.
- A situação financeira é delicada. Os R$ 25 mi apurados pela venda de Welliton ao futebol russo não estavam no cofre ao assumir a nova gestão em janeiro de 2009.
- Atual gestão foi contra a contratação de Fernandão, o que gerou desunião no elenco, desequilíbrio financeiro e repetindo o mesmo cometido no acerto com o meia Petkovic.
- A gestão anterior contratou Fabrício Carvalho sem condições de jogo e com um contrato de três anos por R$ 60 mil mensais.
- A atual gestão foi contra a renovação de Hélio dos Anjos no final de 2009, quando o time estava desmotivado. A posterior dispensa do treinador gerou um dividendo de R$ 1 mi.
- O Departamento de Futebol aumentou o salário de jogadores sem alterar a cláusula penal ou tempo de contrato - o salário do atleta Vitor dobrou de 30 para 60 mil.
- Negociações mal sucedidas de Vítor e Fernandão. Dos atletas recebidos do Palmeiras, só Wendel Santos segue no clube.
- Atual gestão foi impedida de negociar Vitor com o Santos em janeiro de 2009, com proposta inicial de R$ 2 mi que chegou até R$ 6 mi. No final, o Goiás liberou o atleta “praticamente” de graça.
- Contratação de funcionários em demasia, a inchar a folha de pagamento a ponto da reforma administrativa prever redução de gastos na ordem de R$ 180/mil.
- O presidente anterior, Pedro Goulart, recebeu como remuneração R$ 360 mil durante a gestão R$ 15 mil mensais.
- A administração anterior não fez acordo com o Sindicato dos Atletas Profissionais referente à Lei que obriga os clubes a repassarem 20% da receita de TV. Resultado disto foi a entrada para penhora da sede do CT Coimbra Bueno.

Inter luta hoje pelo bi da Libertadores.


Porto Alegre- Na entrada do Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, há um grande painel que diz: "Inter, campeão de tudo. Agora, queremos tudo de novo." O primeiro passo para o clube gaúcho colocar a segunda cópia de cada taça internacional que possui em sua galeria foi dado no México, na semana passada, quando bateu o Chivas por 2 a 1, de virada, na primeira partida da decisão da Copa Libertadores. Se o time empatar - a final não tem saldo qualificado - hoje, às 22 horas, em casa, com os mexicanos, repetirá a conquista de 2006.
A Libertadores virou obsessão para o clube desde que o arquirrival, o Grêmio, a conquistou pela primeira vez, em 1983. Os gremistas ainda levantaram a taça de novo em 1995 e aguçaram de vez o desejo colorado. O Inter foi o último time brasileiro a vencê-la, quatro anos atrás, e não vê a hora de empatar com seus maiores adversários. "A rivalidade é muito grande, a importância deste título também. Os colorados estão esperando por isso, para acabar com a chacota de que o Inter não tem o bicampeonato da Libertadores. Esperamos concretizar isso", diz Bolívar.
Se o troféu permanecer por mais um ano no Beira-Rio, o Inter deixará para trás Flamengo (1981), Vasco (1998) e o Palmeiras (1999), que têm apenas uma conquista, e também se igualará a Santos (1962 e 1963) e Cruzeiro (1976 e 1997). Ainda vai precisar de mais um título para empatar com o São Paulo, o clube brasileiro que mais vezes venceu a competição - três, em 1992, 1993 e 2005.
O clima em Porto Alegre é de euforia total. A vitória no México animou a torcida, que já havia esgotado os ingressos para o jogo do Beira-Rio há mais de uma semana - o clube tem mais de 100 mil sócios e só parte deles poderá assistir à decisão. Entradas, agora, apenas no mercado negro.
Sócios chegam a emprestar suas carteirinhas em sites de relacionamento da internet até por R$ 1 mil, prática que é considerada fraude segundo o regulamento do programa e pode levar até à prisão de dois anos por meio do novo Estatuto do Torcedor.
Risco
Esse é o tipo de risco que alguns colorados acham que vale a pena correr em momento como o de agora. Mas deixar que o ambiente de festa contagie o vestiário antes do jogo é tudo que o Inter tenta impedir. A equipe está concentrada num hotel distante do Beira-Rio desde segunda-feira. Ninguém, a não ser funcionários do clube, transita nos 5º e 6º andares do local - seguranças fazem vigília dia e noite. Tudo para que o time mantenha o foco em jogar bola e não leve em conta a vantagem conquistada no México.

O técnico Celo Roth já decidiu que time mandará a campo, mas faz mistério. Pesam na escolha as lesões de Guiñazú (tornozelo), Sandro (músculo da coxa esquerda), Tinga e Alecsandro (ambos com problemas na coxa direita). O treino de ontem teve parte fechada para a imprensa.
O Chivas irá a campo confiando em repetir a façanha das semifinais, quando empatou por 1 a 1 com a Universidad de Chile em casa e venceu por 2 a 0, em Santiago.
O técnico José Luis Real terá hoje o retorno do meio-de-campo Medina, que desfalcou a equipe no primeiro jogo.

Colorado é eficiente em casa
Porto Alegre- A campanha colorada até a final da Libertadores foi de muitos altos e baixos. A equipe gaúcha venceu todos os seus jogos em casa, mas também demonstrou fragilidade fora: a primeira vitória foi mesmo contra o Chivas (2 a 1) só na primeira partida da decisão.
Sorte do clube que os sucessos foram muito mais marcantes que os reveses. Que o diga Giuliano. O meia marcou o gol da derrota por 2 a 1, nas quartas-de-final, para o Estudiantes, atual campeão da Libertadores, na Argentina. Foi em meio à fumaça, aos 43 minutos do segundo tempo. Bastou, já que o Inter havia vencido, no Beira-Rio, por 1 a 0.
As incertezas acabaram resultando em mudanças de treinador. O técnico uruguaio Jorge Fossati caiu mesmo depois de classificar o time às semifinais. Sucumbiu às fracas atuações fora de casa e deu lugar a Celso Roth, que estava no Vasco.

Geso vai a Cuiabá para contratar atacante.


Em busca de um atacante capaz de amenizar a carência de gols do Vila Nova, o presidente do clube, Geso de Oliveira, já tem viagem marcada para Cuiabá, onde tentará fechar a contratação do atacante Patrick, de 22 anos, do Mixto (MT). O dirigente colorado revela que deve se reunir com o presidente do clube matogrossense até amanhã para tentar a liberação do jogador. No entanto, a multa contratual, estimada em R$ 200 mil, é tida como um grande obstáculo a liberação do atacante, que tem 4 gols em quatro jogos da Série D do Campeonato Brasileiro.
Porém, Geso de Oliveira nega o valor. "Não tem nada disso. Vou tratar do assunto com o presidente do Mixto", afirma. O técnico Roberto Cavalo está muito confiante na contratação de Patrick. "A negociação está ocorrendo entre os presidentes dos dois clubes e está avançando. Conheço o jogador. Ele é um atleta rápido e de força, um artilheiro nato", avalia.
Outro reforço
Além do atacante, o clube também busca um lateral-direito. Já o volante Tiago Gaúcho já deixou o clube. Ele será emprestado para o Gama, o que é um reflexo da saída do diretor de futebol Jair Rabelo.

Ontem, o elenco realizou um treino de finalizações à tarde no Centro de Treinamento do Santa Genoveva. Em seguida, foi realizado um recreativo em metade do campo. Os preços dos ingressos para a partida contra o ASA (AL), no Estádio Serra Dourada, no sábado, já foram definidos. Havia a expectativa de que os bilhetes fossem vendidos a preços promocionais, mas o desejo do torcedores foi frustrado. A arquibancada custa 20 reais e a cadeira, 40 reais.

Atlético contrata na esperança de reabilitação.

O Atlético trocou de técnico duas vezes, foi para o terceiro preparador físico, contratou dez jogadores e até lançou uniforme novo neste Brasileirão. Porém, até agora o time não conseguiu deixar a lanterna da competição. Das 14 rodadas, são 12 em último lugar, as últimas 11 em sequência. A diretoria parte para o que parece ser a última tentativa: contratar.
Ontem, o clube anunciou a contratação do meia Diguinho, de 22 anos, que tem contrato com o Botafogo até 2013. O jogador deve chegar hoje a Goiânia para assinar contrato até o fim do ano. Rodrigo Andrade da Silva, de 1,79 metro e 72kg, passou pelo Flamengo em 2007/08, disputou a 2ª Divisão do Estadual do Rio em 2009 e chegou ao alvinegro neste ano como promessa.
Porém, o técnico Joel Santana não estava aproveitando o jogador. O intuito da diretoria é contratar mais dois ou três reforços nos próximos dias. Os dirigentes estão sentindo uma certa acomodação por parte de alguns jogadores e querem sangue novo para dar mais motivação ao grupo.
"O elenco está na zona de conforto. Precisamos trazer competitividade, uma sombra para os jogadores", afirma o diretor de futebol, Adson Batista. "Chegamos à conclusão de que o Atlético precisa de um choque. Vamos trazer reforços, mas dentro da linha do clube, sem fazer loucuras", completa, que conta com o aval do técnico René Simões.
O intuito é contratar pelo menos um atacante, um meia-direita e um lateral. Ontem, o atacante Marcão não treinou. Ele sentiu uma contusão na coxa direita e ficou em tratamento. Hoje, René Simões promove um coletivo para definir a formação que pega o Inter, domingo, em Porto Alegre.
A equipe conta com a volta de Robston, que cumpriu suspensão. Ontem, o meia/volante disse que os jogadores têm de tirar mais de si para recuperar o Dragão. "É um momento que a gente sabia que chegaria porque no futebol não se vive só de flores. Temos de fazer mais do que a gente pode. Se a gente fizer só o que sabe não vai adiantar. Cada um tem de dar um pouco mais", diz. "Aqui (no Atlético) ninguém desaprendeu a jogar do dia para a noite. A perspectiva de recuperação é boa", ressalta.
A má campanha atleticana se assemelha à do América (RN), rebaixado em 2007, com apenas 17 pontos ao fim do Brasileirão. Foi a pior da história da competição por pontos corridos com 20 equipes. Naquele ano, o time potiguar tinha somado dez pontos até a 14ª rodada, um a mais que o Dragão tem neste Brasileiro.
Para Robston, apesar da semelhança das campanhas, a situação é bem diferente hoje. "A Série A é muito complicada, mas essa situação do América (RN) nem passa pela nossa cabeça, até pela qualidade que a gente tem", pondera. "Aquele time do América (RN), com todo respeito, não amarra nem a nossa chuteira. Nossa equipe é muito boa, muito qualificada. O momento que estamos passando que é ruim", afirma.

Toloi não sai do Goiás e Hailé diz que administração é aloprada.


Foram quase quatro horas de reunião, duas cartas circulando entre conselheiros, ânimos exaltados, discussões acaloradas, críticas à atual administração e uma definição: o zagueiro Rafael Toloi, de 19 anos, não será negociado para o exterior e ficará no Goiás. Após reunião extraordinária realizada na Serrinha, ontem à noite, o presidente do Conselho Deliberativo Hailé Pinheiro não poupou o presidente Syd de Oliveira Reis. "O doutor Syd está administrando de maneira muito aloprada", disparou.
Sobre a proposta do Palermo, da Itália, por Toloi - seria de 3 milhões de euros (2,6 milhões de euros no momento da venda e mais duas parcelas de 200 mil euros) por 50% dos direitos federativos do zagueiro -, Hailé disse que "nem houve". "Um papelinho chegou aí. Se quiser fazer proposta pelo Toloi, que procure o Goiás diretamente", afirmou.
"O Toloi não será vendido. Como você vai vender seu melhor jogador na zona de rebaixamento, ou melhor, na vice-lanterna do rebaixamento?", disse.
Syd de Oliveira deixou a reunião rapidamente e nem chegou a dar longa entrevista. Visivelmente chateado com a impossibilidade de negociar Toloi, ele deixou a Serrinha logo após o fim das discussões. O presidente que ajudou a eleger em dezembro de 2008 e do qual está afastado tem agora de mudar o comportamento, segundo Hailé.
Sobre o relatório da reforma administrativa apresentado por Syd de Oliveira quinta-feira, Hailé disse: "Não tem reforma nenhuma. Tem umas demissõezinhas aí." Logo depois, se mostrou insatisfeito com a saída de Luvanor, ex-jogador do clube demitido do cargo de coordenador das categorias de base, e o remanejamento de função de Marcelo Segurado.
Hailé disse estar aberto a conversas. "Se ele (Syd) quiser conversar comigo, estou pronto para tentar achar uma solução", garantiu.
Ele se mostrou insatisfeito com a exposição de assuntos do clube. "A saída é o doutor Syd entender que tem de mudar a maneira de agir. Isso (críticas às ações ocorridas nos dois últimos anos) só traz retrocesso", comentou o presidente do Conselho Deliberativo e um dos principais dirigentes da história do Goiás.
Lembrando que a chapa que lançou em 2009 se chamava União Esmeraldina, Hailé comentou seu afastamento nos jogos do Goiás. "Não estou satisfeito. Se eu estivesse, você me via nos treinos, no vestiário, no estádio (sic)", comentou o dirigente. "Ele mudou o comportamento. Se ele precisar da minha colaboração, estou pronto para ajudá-lo, mas tem de mudar o tipo de comportamento."
Com o Goiás na zona de rebaixamento (19º colocado, com 13 pontos), Hailé resumiu a situação do clube: "Estamos desesperados."
Sobre a acusação contida na carta enviada aos conselheiros de que o Goiás foi usado para "lavagem de dinheiro" no contrato com a Luppi ."Foi inoportuna (a declaração). E se for mentira? Vem a Luppi e mete uma ação de danos morais e o Goiás vai pagar. Assim não se administra. Ou o doutor Syd muda esse tipo de administração ou o Goiás está fadado ao fracasso."
Dirigente fala em DP sobre ex-presidente
Antes da reunião extraordinária na Serrinha, Hailé Pinheiro prestou depoimento no 8º Distrito Policial, como testemunha, dentro da investigação de irregularidades na segunda gestão de Raimundo Queiroz (2005/2006), que teria deixado um rombo de R$ 20 milhões nos cofres do Goiás. Foram 2h30 de esclarecimentos e o dirigente foi acompanhado do advogado e vice-presidente do Goiás, Alexandre Iunes. Após deixar a sala do delegado Manoel Borges, Hailé disse poucas palavras. "Uma investigação nunca é boa. Sempre é desgastante", disse Hailé.
Presidente do Conselho Deliberativo na época e atualmente, o dirigente comprovou com
documentos, segundo Manoel Borges, que deu sequência à apuração das supostas irregularidades quando o órgão foi notificado da diferença entre o balanço das contas e o valor apontado por uma auditoria independente. "O depoimento esclareceu pontos controversos.
O Hailé deixou claro que, quando chegou ao seu conhecimento, determinou que essas irregularidades fossem levadas à assembleia geral exxtraordinária", comentou o delegado.
Manoel Borges explicou que, em assembleia, foi dada a oportunidade de ampla defesa a Raimundo Queiroz e que esta não convenceu os conselheiros, que decidiram rechaçar as contas apresentadas pelo ex-presidente. Isso tudo de acordo com o depoimento de Hailé. "As irregularidades têm reflexo no mundo penal. Ao final, vamos individualizar a conduta de cada uma das pessoas envolvidas.".
Luppi
Na sequência da investigação, os próximos a depor são Silvio de Oliveira, diretor financeiro na gestão de Raimundo Queiroz, e o próprio ex-presidente alviverde, hoje diretor de futebol do Santa Cruz.

Outro passo é incluir o contrato firmado entre o Goiás e a empresa Luppi, em 2006 - a empresa pagaria uma quantia no momento e investiria mensalmente nas categorias de base do clube para ter 50% dos direitos federativos de jogadores revelados e vendidos até 2011. "Também será pedida a quebra dos sigilos bancário e telefônico dos envolvidos."
TROCA DE FARPAS
Veja trechos das cartas que circularam na reunião
A CARTA DE SYD
"Várias pessoas que estiveram conosco durante a eleição nos abandonaram..."
"Este contrato (com a Luppi) teve anuência do Conselho
Deliberativo da época..."
"A Luppi era uma empresa de fachada, que não prestava contas à Receita Federal, além de haver vários indícios de que o Goiás estava sendo usado para ‘lavar dinheiro’ oriundo de adulteração de combustíveis..."
"Fui contra a contratação do atleta Fernandão, inclusive sendo trazido para a apresentação de helicóptero, o que gerou desunião no elenco, desequilíbrio financeiro e repetindo o mesmo erro cometido na contratação do Petkovic..."
"Fui impedido de negociar o atleta Vitor com o Santos em janeiro de 2009, com proposta inicial de R$ 2 milhões que chegou a até R$ 6 milhões..."
A CARTA DE HAILÉ
"... a atual administração partiu para um plano de caça às bruxas e sucessivas polêmicas administrativas..."
"Esqueceram a história do Goiás, seus fundadores e suas realizações, em tempos difíceis de uma capital em construção..."
"Estes últimos (remanejados), mesmo sem prejuízo dos salários, passaram a ter suas atividades indefinidas, gerando incompatibilidade funcional, resultado de uma política de perseguição e puro revanchismo..."

terça-feira, 17 de agosto de 2010

PLANTÃO POLICIAL: HAILÉ NA DELEGACIA


O presidente do conselho deliberativo do Goiás, Hailé Pinheiro foi intimado para prestar depoimento no 8º DP sobre o inquérito policial que investiga irregularidade do Goiás nos últimos anos. A coisa só vai se complicando, ainda mais depois que uma testemunha mentiu em depoimento e pode ser presa a qualquer momento. De acordo com a lei, quem presta falso testemuho pode receber voz de prisão

SERRINHA EM PÉ DE GUERRA


Pela segunda vez no ano, a reunião do Conselho Deliberativo do Goiás ocorre num clima de pé de guerra entre os principais dirigentes do clube. Isso por causa dos últimos episódios (voluntários e involuntários) envolvendo o presidente do clube, Syd de Oliveira Reis.
Sobram acusações contra a administração de Syd, que, na prática, assumiu seu papel no clube e não quer ser chamado de "a rainha da Inglaterra", como foi apelidada a maioria de seus antecessores. Tomou posições e, bem ou mal, está pagando o preço pela independência e por desobedecer a hierarquia histórica alviverde.
A pauta da reunião hoje será analisada e decidida pelo bem do Goiás, mas também levará em conta os interesses políticos. Syd não terá trégua diante dos questionamentos de que promoveu a reforma administrativa, autorizada pelo Conselho Deliberativo, considerando o grau de amizade com a família Pinheiro. Teria remanejado ou demitido funcionários com afinidade maior com os Pinheiro.
Terá ainda de esclarecer os supostos empréstimos bancários, estes não autorizados, e que comprometem a receita do Goiás com o Clube dos 13 até junho de 2012. Sem contar que em sua administração os impostos não teriam sido quitados e que deixaria o clube com um déficit estimado de R$ 42 milhões até o final do ano. Se é verdade ou não, Syd terá de responder.
Exagerados, alguns conselheiros dizem que o suposto empréstimo sem autorização poderia dar início a um pedido de impeachment do presidente, já que fere um dos pontos do estatuto do clube.
Nos últimos 18 anos, houve divergências e oposição na Serrinha. Críticas já foram feitas aos Pinheiro pela maneira de conduzir o clube. Entre perdedores e ganhadores nessa disputa por vaidades e poder, o Goiás conseguiu manter a filosofia de tranquilidade para o público. Agora, lavam roupa suja na imprensa.
O Goiás se expôs muito nos últimos anos com os problemas internos, o que mostra que sua organização e administração está longe de ser à altura do principal time do Estado. O caso do ex-presidente Raimundo Queiroz, acusado de diversas irregularidades, até hoje está na polícia para apuração. Inclusive hoje, às 15 horas, está marcado o depoimento de Hailé Pinheiro (presidente do Conselho Deliberativo) no 8º Distrito Policial de Goiânia.
É no mínimo constrangedor para Hailé Pinheiro, um empresário de sucesso e um dos principais dirigentes do Estado, ser chamado na polícia para responder sobre confusões do futebol. Mas está pagando o preço da paixão pelo time.
E não há como negar que a crise em campo do Goiás no Campeonato Brasileiro passa pela administração atual. Os jogadores não receberam a premiação (o famoso bicho) por 12 partidas, incluindo 4 da temporada passada. São R$ 1,2 mil por vitória ou empate. Syd estaria evitando contato com os jogadores para não ser cobrado, já que prometeu quitar a dívida há alguns meses e não cumpriu.
No ano passado, o atacante Iarley, atualmente no Corinthians, justificou o porquê de o Goiás não manter o desempenho no 2º turno do Campeonato Brasileiro, depois de um início fantástico: faltou combinar a premiação por metas na competição. Infelizmente, o bicho no futebol é realidade. E os jogadores não perdoam a falta dele.

Rubro-Negro não tem desfalques para o jogo contra o Inter, domingo, no Beira-Rio. Robston retorna de suspensão automática.


O elenco do Atlético-GO se reapresentou nesta segunda-feira no CCT do Dragão. Os jogadores que atuaram no último sábado contra o Botafogo realizaram uma atividade regenerativa na academia e no campo. Quem não enfrentou ou participou apenas do segundo tempo desse duelo fez um jogo-treino contra a equipe do Inhumas. Os rubro-negros não tiveram dificuldade em vencer por 3 a 0, com gols de Keninha, Pedro Paulo e Elias.
O técnico René Simões terá a semana inteira para preparar o time que pega o Internacional, no próximo domingo, no Beira-Rio, em Porto Alegre. Para esse jogo, o treinador não terá desfalque algum, já que o volante Robston ficará à disposição depois de cumprir suspensão automática.
Nesta terça-feira, o elenco do Dragão tem trabalhos previstos para os dois períodos no centro de treinamento. Com nove pontos, o time está na lanterna do Campeonato Brasileiro.

Goias tem o pior desempenho pos copa.


O pior desempenho do Brasileiro na fase pós-Copa é do Goiás, que conquistou apenas três pontos em 21 possíveis. Em seguida, vem o Ceará, que caiu na classificição. Segundo colocado antes da parada para o Mundial, com os mesmos 17 pontos do então líder Corinthians, o Alvinegro cearense ocupa hoje a sexta colocação, com 21.

O São Paulo também perdeu fôlego. Sexto colocado até 13 de julho, com 11 pontos, o Tricolor Paulista hoje ocupa o 13º lugar (17). A equipe só conseguiu uma vitória nos últimos sete jogos no Brasileiro.

Já o Internacional, que eliminou o time paulista da Taça Libertadores, melhorou bastante: passou do 15º para o sétimo lugar. Em 18 pontos disputados após o apito final de Espanha x Holanda, o Colorado somou 13 (teve adiado o jogo contra o Santos). Em caso de vitória sobre o Peixe, o time gaúcho passa a ter o segundo melhor desempenho. Hoje, com uma partida a menos, possui a quarta melhor campanha do período, atrás de Flu, Vasco e Avaí.

Sob o comando de Antônio Lopes, o time catarinense conquistou 14 pontos em sete jogos, subindo dez posições: de 13º para terceiro. E tem o ataque mais positivo desse intervalo, com 15 gols.

Já o Santos, adversário do Avaí na quarta-feira, pela Copa Sul-Americana, fez o caminho inverso. Saiu do quarto lugar na parada do campeonato para a atual 11ª colocação. O atual campeão paulista e da Copa do Brasil ganhou duas partidas e perdeu quatro no Brasileiro desde o fim do Mundial.