terça-feira, 24 de maio de 2016

Além de Jucá, Sarney e Renan Também Foram Gravados

 O ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, não gravou apenas Romero Jucá. Machado registrou também áudios do presidente do Senado, Renan Calheiros e do ex-presidente da República José Sarney. As informações são do jornal O Globo.

Segundo o jornal, a fonte que teve acesso aos áudios de Calheiros e Sarney disse que o conteúdo revelado em relação à Jucá “não é nada” comparado com a conversa de Renan e Sarney.

As gravações foram feitas no âmbito da delação premiada negociada entre Sérgio Machado e a Procuradoria-Geral da República desde março.

Na delação, outros senadores do PMDB são comprometidos. São eles: Jáder Barbalho e Edilson Lobão.

A delação de Machado aguarda a homologação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Teori Zavascki.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Caiu: Áudios Sobre Lava Jato Derrubam Ministro do Planejamento Romero Jucá

O ministro do Planejamento, Romero Jucá, afirmou nesta segunda-feira que vai se licenciar do cargo a partir de amanhã. Ele disse que preferiu deixar o cargo para aguardar que o Ministério Público Federal se manifeste sobre os áudios em que sugere um pacto para paralisar a Operação Lava Jato e conter a "sangria" provocada pelas investigações. Minutos antes do anúncio de Jucá, o presidente interino Michel Temer afirmou que buscaria "a melhor solução para todos" diante do caso.

"Prefiro pedir ao Ministério Público uma manifestação sobre o caso. Vou aguardar com tranquilidade a manifestação do Ministério Público e depois tomar uma decisão [definitiva sobre a presença no governo Temer", disse Jucá, que reassume o mandato como senador e se mantém na presidência do PMDB. No Congresso, deve enfrentar um processo de cassação, já que o PDT anunciou que apresenta nesta terça-feira representação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

No Senado, Jucá negou ter provocado "constrangimento" no presidente interino Michel Temer e atribuiu sua licença a um gesto para não comprometer a credibilidade da classe política. "O presidente entendeu minha posição, viu meus pronunciamentos, minhas entrevistas. Tenho defendido um governo de salvação nacional, a rápida investigação para que não pairem dúvidas sobre a classe política brasileira e [para] que não se extraia a confiança sobre a classe política", afirmou. "Meu gesto deu o exemplo de que somos transparentes, nada temos a esconder. Aguardo a manifestação do Ministério Público. Não fiz nada de errado", completou ele.

Jucá foi flagrado em conversas com o ex-senador e ex-dirigente da Transpetro, subsidiária da Petrobras, Sergio Machado. Na conversa, revelada pelo jornal Folha de S. Paulo, ele fala em "delimitar" e "estancar essa sangria". Pela manhã, Jucá havia dito que continuaria no cargo de ministro enquanto tivesse a confiança de Temer. Nas primeiras declarações públicas, Temer afirmou que não iria poupar ministros envolvidos em irregularidades.


A conversa ocorreu semanas antes da votação do processo de impeachment de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. O áudio tem mais de uma hora duração e está em posse da Procuradoria Geral da República (PGR). O advogado do atual ministro, Antonio Carlos de Almeida Castro, disse ao jornal que Jucá "jamais pensaria em fazer qualquer interferência" na Lava Jato "porque essa não é a postura dele".

Ao anunciar que deixaria o cargo, Jucá afirmou: "Estou consciente de que não cometi nenhuma irregularidade. Apoio a Lava Jato e apoiei o procurador-geral da República Rodrigo Janot. Estamos tranquilos, o governo está tranquilo". O peemedebista disse ainda que assume o cargo interinamente o secretário executivo do Planejamento Dyogo Oliveira.

Deputado Humberto Aidar (PT) Elogia Gestão de Marconi Perillo

Declarações foram feitas durante entrega de obras e benefícios pelo governo estadual em Ouro Verde, no último domingo 

O deputado estadual Humberto Aidar (PT) elogiou o comprometimento do governador Marconi Perillo com o Estado e sua postura republicana como gestor. As declarações de reconhecimento foram dadas no último domingo (22), em Ouro Verde Goiás, município localizado a 60 quilômetros da capital, durante entrega de obras do Governo Estadual, realizadas em parceria com a prefeitura e o Governo Federal.

“Eu, com cinco mandatos na Assembleia Legislativa, tenho tido com os governos passados e com o governador a melhor das relações, ajudando-o na Assembleia, dando nossa chancela em tudo que é bom para o Estado. A prova é de conseguimos junto ao governador, trazer esta ambulância para o município”, destacou Humberto Aidar. “Nossa amizade com o governador supera qualquer adversidade política”, afirmou.

Representando o governador, o secretário de Governo, Henrique Tibúrcio, visitou a cidade e, ao lado presidente da Agência Goiana de Habitação (Agehab), Luiz Stival, oficializou a entrega de 40 casas, construídas numa ação conjunta das administrações municipal, estadual e federal; de doze mil metros quadrados de asfalto e de um CMEI, cujo espaço foi doado pelo governo estadual e reformado pela prefeitura.

Além das obras, foram entregues uma ambulância e uma van. Os anúncios dos benefícios foram feitos durante o encerramento da 5ª Festa dos Carreiros do município. Os 12 mil metros quadrados de asfalto custaram quase R$ 500 mil, recursos do programa Rodovida, da Agência Goiana de Transporte e Obras (Agetop). Para a construção das 40 casas, o governo estadual, por meio da Agehab, contribuiu com R$ 200 mil, recursos do programa Cheque Mais Moradia. O restante ficou a cargo do governo federal e prefeitura.

“Nosso governo é municipalista, age sem cor partidária, pensando sempre no povo do estado de Goiás”, destacou o secretário Henrique Tibúrcio. “Não há nada que dignifique mais uma família do que ter sua casa própria, seu lugar de morar”, falou sobre a entrega das casas.

O prefeito Jaime Ricardo Ferreira ressaltou o trabalho conjunto com o governo estadual. “O grande parceiro do município é o governo de Goiás. Sem esta parceria não conseguiríamos realizar estas obras”, disse. Durante a festa, o secretário Henrique Tibúrcio representou o governador Marconi Perillo ao ser homenageado por uma criança atendida no CMEI da cidade.

Cabeleireiro de Ana Hickmann Gravou Conversas no Momento do Ataque no Apartamento do Hotel


Julio Figueiredo, cabeleireiro contratado por Ana Hickmann, conseguiu gravar, com um celular, parte do diálogo entre a apresentadora e o agressor. Ele chegava ao quarto da ex-modelo, quando ouviu as ameaças e fez a gravação por trás da porta. Rodrigo manda os três se sentarem de costas, mas diz que não vai matar ninguém, pois não é um assassino. Ele acusa Ana de ter duvidado de seu amor e xinga: “Eu sou um ser humano, sua cretina”. Depois, o cabeleireiro interrompeu a gravação para pedir ajuda.

A apresentadora, o cunhado e o cabeleireiro já prestaram depoimentos. A polícia trabalha com a hipótese de crime premeditado. Para o delegado Flávio Grossi, do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa, o fanatismo de Rodrigo por Ana foi o motivo do atentado.

Grossi entendeu ainda que a ação de Gustavo foi em legítima defesa. A questão gerou dúvidas, já que o cunhado de Ana deu dois tiros na nuca do agressor. O advogado criminalista Paulo Freitas Ribeiro concorda com o delegado:

— Numa situação extrema como essa, não dá para controlar se a pessoa vai dar um tiro ou dois. É impossível exigir essa calma e frieza. Mas depende muito das provas.

O próximo passo da polícia é procurar gravações telefônicas e imagens do hotel que ajudem a solucionar o crime. Parentes de Rodrigo serão ouvidos.

Psiquiatra vê quadro obsessivo

Fã declarado de Ana Hickmann, Rodrigo tinha perfis em redes sociais dedicados à apresentadora. Há três dias, ele postou uma foto dela no Instagram com o texto: “Então meu amor, você acha possível eu deixar de te amar?”. Outras postagens têm teor erótico.

Para a psiquiatra Katia Mecler, autora do livro “Psicopatas do cotidiano”, o comportamento de Rodrigo mostra uma sintomatologia psicótica — quando uma pessoa vive fora da realidade e tem percepções de que só existem para ela.

— Não posso diagnosticá-lo, já que para isso é preciso fazer uma perícia retrospectiva. O que posso dizer é que esse tipo de ação lembra outras que encontramos em registros policiais, quando os fãs mostram um caráter obsessivo — explica Katia.

Segundo ela, pessoas com traços semelhantes a Rodrigo inventam tramas fantasiosas, que podem levá-las a atitudes extremas:

— No mundo dele, podia ser coerente cometer esse crime. Podia ser uma tentativa de se defender de algo ou por culpa de uma rejeição que ele imaginou.

Katia Mecler afirma que qualquer pessoa pode ser vítima dessa obsessão, não apenas artistas. Para se proteger, é preciso notificar pessoas próximas ou até a polícia, se houver intimidação:

— Com um artista, a história sai do anonimato. Mas não conheço estudos que mostrem que celebridades são mais vulneráveis.




Ana Hickmann Diz Que Fã Iria Matar “Eu Vim Me Acertar Com Você, Sua Vagabunda”.


Após viver momentos de terror quando um fã invadiu o quarto onde estava hospedada, na tarde de sábado, em Belo Horizonte (MG), e tentou matá-la, a apresentadora de TV Ana Hickmann declarou que tinha certeza de que ia morrer. Armado, Rodrigo Augusto de Pádua, de 30 anos, abordou o cunhado dela, Gustavo Corrêa, e o obrigou a levá-lo até o quarto em que Ana estava com a cunhada, Giovana Oliveira. Foram quase 20 minutos de ameaças até que o cunhado tomou a arma e atirou duas vezes na nuca do agressor, que morreu no local.

Antes do fim trágico, Rodrigo chegou a disparar duas vezes. Os tiros atingiram Giovana na barriga e no braço. Ela continua internada, mas seu quadro de saúde é estável.

Em entrevista à Rede Record, Ana contou que, ao entrar no quarto, o agressor disse: “Eu vim me acertar com você, sua vagabunda”.

“A primeira coisa que me passou pela cabeça é que era um assalto. Ele veio para cima de mim e começou a me ofender, me humilhar. Disse que eu tinha acabado com a vida dele”, contou Ana.

Segundo a apresentadora, ela perdeu o controle do corpo quando Rodrigo apontou a arma para a sua cabeça: “Caí em cima da cama bem na hora em que ele disparou duas vezes. Senti a minha cunhada se movimentando para me proteger, e o meu cunhado gritando ‘corre’. Se não fosse a coragem do Gustavo, meu marido não teria ido me buscar. Teria ido pegar três sacos no IML”.

Ontem, já em casa, a apresentadora reconheceu Rodrigo por uma foto na qual ele aparece com os braços para cima. Ela se lembrou de ter bloqueado o perfil dele alguns meses antes porque ele escrevia “coisas pesadas”.

“A primeira coisa que eu quero é ver a minha família de volta aqui em casa”, afirmou.

À “Veja São Paulo”, Gustavo disse que só pensou em salvar as duas mulheres ao pular em cima do agressor e que não tem remorsos.

“Foi tudo desesperador. Não tenho nenhum remorso de ter matado. Antes ele do que eu. Íamos todos morrer”, declarou.

Casos semelhantes já aconteceram com outros artistas. O mais emblemático é do beatle John Lennon, morto por um fã quando voltava para casa, em 1980. Em 2013, o cantor Elymar Santos prestou queixa na delegacia contra um fanático.


Leia Trechos dos Diálogos Entre Romero Jucá e Sérgio Machado Divulgados Pela 'Folha de S. Paul

Semanas antes da votação do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff na Câmara, em março, o atual ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR), sugeriu em conversas com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado que uma “mudança” no governo resultaria em um pacto para “estancar a sangria” atribuída à Operação Lava-Jato. As informações foram divulgadas pelo jornal “Folha de S. Paulo” na edição desta segunda-feira.

SÉRGIO MACHADO - Mas viu, Romero, então eu acho a situação gravíssima.

ROMERO JUCÁ - Eu ontem fui muito claro. [...] Eu só acho o seguinte: com Dilma não dá, com a situação que está. Não adianta esse projeto de mandar o Lula para cá ser ministro, para tocar um gabinete, isso termina por jogar no chão a expectativa da economia. Porque se o Lula entrar, ele vai falar para a CUT, para o MST, é só quem ouve ele mais, quem dá algum crédito, o resto ninguém dá mais credito a ele para porra nenhuma. Concorda comigo? O Lula vai reunir ali com os setores empresariais?

MACHADO - Agora, ele acordou a militância do PT.

JUCÁ - Sim.

MACHADO - Aquele pessoal que resistiu acordou e vai dar merda.

JUCÁ - Eu acho que...

MACHADO - Tem que ter um impeachment.

JUCÁ - Tem que ter impeachment. Não tem saída.

MACHADO - E quem segurar, segura.

JUCÁ - Foi boa a conversa mas vamos ter outras pela frente.

MACHADO - Acontece o seguinte, objetivamente falando, com o negócio que o Supremo fez [autorizou prisões logo após decisões de segunda instância], vai todo mundo delatar.

JUCÁ - Exatamente, e vai sobrar muito. O Marcelo e a Odebrecht vão fazer.

MACHADO - Odebrecht vai fazer.

JUCÁ - Seletiva, mas vai fazer.

MACHADO - Queiroz [Galvão] não sei se vai fazer ou não. A Camargo [Corrêa] vai fazer ou não. Eu estou muito preocupado porque eu acho que... O Janot [procurador-geral da República] está a fim de pegar vocês. E acha que eu sou o caminho.

[...]

JUCÁ - Você tem que ver com seu advogado como é que a gente pode ajudar. [...] Tem que ser política, advogado não encontra [inaudível]. Se é político, como é a política? Tem que resolver essa porra... Tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria.

[...]

MACHADO - Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel [Temer].

JUCÁ - Só o Renan [Calheiros] que está contra essa porra. 'Porque não gosta do Michel, porque o Michel é Eduardo Cunha'. Gente, esquece o Eduardo Cunha, o Eduardo Cunha está morto, porra.

MACHADO - É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional.

JUCÁ - Com o Supremo, com tudo.

MACHADO - Com tudo, aí parava tudo.

JUCÁ - É. Delimitava onde está, pronto.

[...]

MACHADO - O Renan [Calheiros] é totalmente 'voador'. Ele ainda não compreendeu que a saída dele é o Michel e o Eduardo. Na hora que cassar o Eduardo, que ele tem ódio, o próximo alvo, principal, é ele. Então quanto mais vida, sobrevida, tiver o Eduardo, melhor pra ele. Ele não compreendeu isso não.

JUCÁ - Tem que ser um boi de piranha, pegar um cara, e a gente passar e resolver, chegar do outro lado da margem.

*
MACHADO - A situação é grave. Porque, Romero, eles querem pegar todos os políticos. É que aquele documento que foi dado...

JUCÁ - Acabar com a classe política para ressurgir, construir uma nova casta, pura, que não tem a ver com...

MACHADO - Isso, e pegar todo mundo. E o PSDB, não sei se caiu a ficha já.

JUCÁ - Caiu. Todos eles. Aloysio [Nunes, senador], [o hoje ministro José] Serra, Aécio [Neves, senador].

MACHADO - Caiu a ficha. Tasso [Jereissati] também caiu?

JUCÁ - Também. Todo mundo na bandeja para ser comido.

[...]

MACHADO - O primeiro a ser comido vai ser o Aécio.

JUCÁ - Todos, porra. E vão pegando e vão...

MACHADO - [Sussurrando] O que que a gente fez junto, Romero, naquela eleição, para eleger os deputados, para ele ser presidente da Câmara? [Mudando de assunto] Amigo, eu preciso da sua inteligência.

JUCÁ - Não, veja, eu estou a disposição, você sabe disso. Veja a hora que você quer falar.

MACHADO - Porque se a gente não tiver saída... Porque não tem muito tempo.

JUCÁ - Não, o tempo é emergencial.

MACHADO - É emergencial, então preciso ter uma conversa emergencial com vocês.

JUCÁ - Vá atrás. Eu acho que a gente não pode juntar todo mundo para conversar, viu? [...] Eu acho que você deve procurar o [ex-senador do PMDB José] Sarney, deve falar com o Renan, depois que você falar com os dois, colhe as coisas todas, e aí vamos falar nós dois do que você achou e o que eles ponderaram pra gente conversar.

MACHADO - Acha que não pode ter reunião a três?

JUCÁ - Não pode. Isso de ficar juntando para combinar coisa que não tem nada a ver. Os caras já enxergam outra coisa que não é... Depois a gente conversa os três sem você.

MACHADO - Eu acho o seguinte: se não houver uma solução a curto prazo, o nosso risco é grande.

*

MACHADO - É aquilo que você diz, o Aécio não ganha porra nenhuma...

JUCÁ - Não, esquece. Nenhum político desse tradicional ganha eleição, não.

MACHADO - O Aécio, rapaz... O Aécio não tem condição, a gente sabe disso. Quem que não sabe? Quem não conhece o esquema do Aécio? Eu, que participei de campanha do PSDB...

JUCÁ - É, a gente viveu tudo.

*

JUCÁ - [Em voz baixa] Conversei ontem com alguns ministros do Supremo. Os caras dizem 'ó, só tem condições de [inaudível] sem ela [Dilma]. Enquanto ela estiver ali, a imprensa, os caras querem tirar ela, essa porra não vai parar nunca'. Entendeu? Então... Estou conversando com os generais, comandantes militares. Está tudo tranquilo, os caras dizem que vão garantir. Estão monitorando o MST, não sei o quê, para não perturbar.

MACHADO - Eu acho o seguinte, a saída [para Dilma] é ou licença ou renúncia. A licença é mais suave. O Michel forma um governo de união nacional, faz um grande acordo, protege o Lula, protege todo mundo. Esse país volta à calma, ninguém aguenta mais. Essa cagada desses procuradores de São Paulo ajudou muito. [referência possível ao pedido de prisão de Lula pelo Ministério Público de SP e à condução coercitiva ele para depor no caso da Lava jato]

JUCÁ - Os caras fizeram para poder inviabilizar ele de ir para um ministério. Agora vira obstrução da Justiça, não está deixando o cara, entendeu? Foi um ato violento...

MACHADO -...E burro [...] Tem que ter uma paz, um...

JUCÁ - Eu acho que tem que ter um pacto.


[...]

MACHADO - Um caminho é buscar alguém que tem ligação com o Teori [Zavascki, relator da Lava Jato], mas parece que não tem ninguém.

JUCÁ - Não tem. É um cara fechado, foi ela [Dilma] que botou, um cara... Burocrata da... Ex-ministro do STJ [Superior Tribunal de Justiça].

Laerte Rimoli Ex-Assessor de Aécio Neves é Nomeado Presidente da EBC

No início deste mês, Ricardo Melo foi oficializado pela presidente Dilma Rousseff como novo diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União e o mandato tinha duração prevista para quatro anos. Mas, o afastamento da petista fez com que o presidente em exercício, Michel Temer, mudasse as coisas e, nesta sexta-feira, 20, o jornalista Laerte Rimoli assumiu o cargo.

O jornalista Laerte Rimoli (Imagem: Divulgação/EBC)Na última semana, a possibilidade de mudança na empresa pública de comunicação fez com que o conselho curador, formado por membros do governo, do Legislativo e da sociedade civil, se manifestasse contra a saída de Melo. O grupo afirmou em nota que não havia amparo legal para “substituições extemporâneas” e que o jornalista tinha mandato garantido pela lei e, por isso, “não poderia ser destituído” pelo presidente interino da República. A lei que criou a EBC, de 2008, estabelece que o mandato do diretor-presidente seria de quatro anos e não necessariamente deveria coincidir com os mandatos do presidente da República. Assim, Melo deveria permanecer no comando da empresa até maio de 2020.

Acontece que, ainda que o conselho tenha argumentado, Temer exonerou Melo. Rimoli foi escalado e oficializado nesta sexta como o novo diretor-presidente da EBC, conforme decreto publicado no Diário Oficial da União. Segundo a publicação, a jornalista Christiane Samarco foi escolhida para o cargo de diretora-geral da estatal.

Segundo informações de O Dia, a equipe de Temer estaria preparando Medida Provisória alterando normas de nomeação do titular da estatal, acabando com o mandato de quatro anos para seu titular e reduzindo o poder do conselho curador da empresa. A proposta é que essa MP seja publicada o quanto antes para fazer valer as mudanças pretendidas.

Rimoli faz parte da lista de homens de confiança do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ocupando o cargo de assessor da Secretaria de Comunicação da Câmara. O jornalista também foi responsável por coordenar a comunicação da campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG) na eleição presidencial de 2014.

Nota oficial
A área institucional da EBC falou sobre a nomeação na manhã desta sexta-feira. A nota mostra que o atual assessor da diretoria de serviços da EBC, Luiz Antônio Ferreira, assumirá a diretoria de administração e finanças (Diafi). O texto fala ainda que a "nova diretoria assume com o compromisso de exercer uma administração essencialmente jornalística para bem informar o cidadão" e que, assim, conta com a colaboração dos profissionais que já atuam em TV Brasil, TV Brasil Internacional, TV NBR, Portal EBC, Agência Brasil, Radioagência Nacional e nas oito emissoras de Rádio EBC.

29ª Fase da Operação Lava Jato Efetua Prisões em Brasilia, Pernambuco e Rio de Janeiro

A Polícia Federal realiza na manhã desta segunda-feira a 29ª fase da Operação Lava Jato. Estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva e dois mandados de prisão temporária. Os agentes cumprem mandados em Brasília, Pernambuco e no Rio de Janeiro. Os investigadores encontraram indícios de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva envolvendo contratos em obras da Petrobras.

O alvo principal da 29ª fase, batizada de Repescagem, é o ex-assessor João Claudio Genu, braço direito do ex-deputado federal José Janene, morto em 2010 e um dos nomes já julgados no escândalo do mensalão. Ele foi detido em Brasília. Também é alvo dos policiais Lucas Amorim, apontado como responsável por receber propina do doleiro Alberto Youssef em nome de Genu.

Nas investigações, os delatores Youssef, Carlos Rocha (operador de Youssef conhecido como Ceará) e o lobista Fernando Baiano indicaram Genu como um dos beneficiários da propina do petrolão e responsável por repassar dinheiro sujo ao ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa. O ex-assessor do PP também recebia 5% da propina que irrigava a diretoria de Costa.

Em julho de 2015, João Cláudio Genu já havia sido alvo de um mandado de busca e apreensão na Operação Politeia, fase da Lava Jato que atingiu políticos com mandatos suspeitos de embolsar dinheiro desviado de contratos com a Petrobras. Agora, as evidências acumuladas incluem registros de entrada no escritório de Youssef, anotações do nome de Genu na contabilidade paralela do doleiro, mensagens instantâneas de celular que acusam recebimentos de dinheiro e compras de bens com valores em espécie.

"João Cláudio de Carvalho Genu teria recebido propinas e participado de forma relevante no esquema criminoso da Petrobras ao mesmo tempo em que estava sendo processado criminalmente perante o Egrégio Supremo Tribunal Federal por crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro no âmbito da Ação Penal 470", resumiu o juiz Sergio Moro ao determinar a prisão do operador do Partido Progressista (PP).

No esquema de compra de deputados federais para a formação da base aliada do então recém-eleito governo Lula, em 2003 e 2004, João Cláudio Genu, que atuava como assessor do PP era o encarregado oficial da legenda para receber a propina do valerioduto. Na época, o Ministério Público imputou ao ex-asssessor a suspeita de ter sacado 1,1 milhão de reais em dinheiro vivo da SMP&B, agência de publicidade controlada por Marcos Valério. Na Operação Lava Jato, os indícios são de que Genu continuou recebendo propina durante o julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal e também pelo menos até 2013, quando já estava condenado.

Em março de 2014, por seis votos a quatro, o plenário do Supremo anulou a condenação do ex-assessor pelo crime de lavagem de dinheiro ao julgar embargos infringentes. Ao contrário de políticos e empresários apenados no mensalão, ele conseguiu se livrar de todas as acusações no primeiro grande esquema de corrupção do governo Lula: além de ter revertido a condenação por lavagem na fase de recursos, a pena de um ano e quatro meses imposta a ele por corrupção passiva prescreveu.

Romero Jucá é Flagrado em Gravação Sugerindo Pacto Para Deter Lava Jato


O atual ministro do Planejamento Romero Jucá (PMDB-RR) sugeriu em conversas com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado que uma possível mudança no governo federal resultaria em um pacto para "estancar a sangria" feita pela Operação Lava Jato que investiga ambos. As conversas aconteceram em março. A reportagem é do jornal Folha de S. Paulo desta segunda-feira.

Os diálogos ocorreram semanas antes da votação pelo impeachment de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados e foram gravadas de forma oculta. O aúdio tem mais de uma hora duração e estão em posse da Procuradoria Geral da República (PGR).

Em um dos trechos da conversa, Jucá diz ao interlocutor: "Tem que mudar o governo para estancar essa sangria", em resposta à preocupação expressada por Machado de que sua investigação na Lava Jato saísse do Supremo Tribunal Federal (STF) e fosse parar nas mãos do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância.

O advogado do atual ministro, Antonio Carlos de Almeida Castro, disse ao jornal que Jucá "jamais pensaria em fazer qualquer interferência" na Lava Jato "porque essa não é a postura dele".

(Da redação, com Reuters)

Santa Cruz na Liderança e Sport na Zona do Rebaixamento

O futebol brasileiro já foi o melhor do mundo. Hoje não é mais.  Hoje é o mais louco do mundo. Está nivelado por baixo. Em apenas duas rodada já não tem nenhum time com 100% de aproveitamento. Isso mostra claramente o equilíbrio da competição. Apenas 3 times conseguiram vencer fora de casa em 20 jogos realizados, 

Com duas rodadas a única coisa que podemos concluir é que os times estão praticamente no mesmo nível e que não existem ninguém com capacidade de despontar na competição. 

O único clube que perdeu os dois jogos foi o América-MG campeão mineiro de 2016.

O Vitória que levou uma goleada do Santa Cruz na primeira rodada, ganhou em casa do atual campeão brasileiro, o Corinthians que ainda não venceu: empatou uma e perdeu a outra.

O Santa Cruz na liderança é o time que tem o melhor inicio e pode continuar na ponta por pelo menos mais duas ou três rodadas, já que  joga contra o Cruzeiro em casa e é favorito, depois enfrenta a Chapecoense em Chapecó do Sul e na sequência enfrenta o Sport no clássico que tudo pode acontecer. Mas lembre-se, isso é campeonato brasileiro e o Cruzeiro ganhar no Arruda não pode ser considerada uma zebra.

O Sport não começou bem e a tabela é de lascar para o Leão da ilha  logo de cara pegou 4 grandes, Flamengo, Botafogo e Internacional, Corinthians, sendo dois destes jogos fora de casa. Uma derrota fora de casa para o Internacional vai deixar o Sport por mais uma rodada na zona de rebaixamento, depois tem o Corinthians pela frente na ilha e na sequência o clássico contra o Santa Cruz.