UM VÍNCULO SOCIETÁRIO PROFUNDO — E CRIADO PARA PODER
A análise societária revela que Conrado e Fábio não são parceiros eventuais. Eles formam uma sociedade sólida, robusta e interligada, com presença simultânea em diversas empresas estratégicas:
- Ciabra Capital Participações LTDA– Conrado: Sócio– Fábio: Sócio-Administrador
- Alpha Venture Participações LTDA– Conrado: Sócio-Administrador– Fábio: Sócio-Administrador
- Ciabra Pagamentos S/A– Conrado: Diretor / Sócio fundador– Fábio: Ingressou depois, ascendendo a posição de direção
- Outras empresas conectadas ao ecossistema:– The Hunter AI– Az Pagamentos– Holdings de tecnologia e investimentos
O padrão é sempre o mesmo: Conrado aparece como fundador, estruturador, capitalizador. Fábio surge depois, assumindo cargos executivos, administrativos e operacionais.
É uma dupla complementar, construída para atuar em conjunto no mundo financeiro digital.
Esse vínculo profissional tem força, longevidade e objetivos claros: crescimento agressivo no setor financeiro, expansão territorial, aumento de capital e capilaridade no mercado.
O FATOR MORRINHOS: QUANDO A VIDA PÚBLICA E PRIVADA COLIDEM
O afastamento da secretária de Saúde de Morrinhos, esposa de Conrado, pelo Ministério Público, acendeu um alerta imediato: como um empresário com operações complexas no setor financeiro se relaciona com o poder público local?
Conrado, além de empresário do setor financeiro, é cônjuge direto de uma agente política com forte influência, envolvida na administração da saúde municipal — área cujo orçamento rivaliza com o de muitas cidades inteiras.
Esse cruzamento entre:
- Poder político municipal
- Estrutura empresarial privada
- Fintechs e empresas de crédito
cria um ambiente extremamente favorável para influências cruzadas, favorecimentos, blindagens e circulação de recursos.
Fábio, por sua vez, não é um sócio periférico. Ele é, hoje, a figura central na administração da maioria das empresas da dupla. É ele quem aparece como administrador, responsável por rotina financeira, operacional e societária.
É impossível ignorar que qualquer irregularidade — seja societária, financeira ou legal — atingiria necessariamente ambos.
AS DÚVIDAS QUE SURGEM: HOUVE ROMBO FINANCEIRO NA FINTECH?
A movimentação intensa na estrutura societária, o rápido crescimento das empresas e a sucessão de entradas e saídas de sócios chamam atenção.
Empresas abertas em sequência, alterações contratuais constantes, capitalizações expressivas e sobreposição de funções entre Conrado e Fábio levantam questões que precisam ser investigadas:
- A Ciabra Pagamentos sofreu algum desfalque interno?– Há movimentações internas que possam indicar desvios?– Houve desligamentos recentes de colaboradores estratégicos?
- A Alpha Venture Participações foi criada para reestruturar ou blindar ativos?– A abertura em maio de 2025 coincide com mudanças no ecossistema Ciabra.– Por que Conrado e Fábio assumiram juntos exatamente a administração dessa empresa?
- Há indícios de que a Ciabra Capital possa ter absorvido prejuízos não declarados?
- Há investidores lesados, operações travadas ou inconsistências nos demonstrativos?
- As investigações sobre o afastamento da secretária de Saúde podem tocar em atividades financeiras paralelas?
Nada disso é afirmado como fato — mas são linhas de investigação necessárias, porque a sociedade entre Conrado e Fábio é tão estreita que qualquer irregularidade em uma área respinga automaticamente na outra.
UM NÚCLEO DE PODER QUE PRECISA SER ESCLARECIDO
A junção entre:
- um empresário com ligação direta ao poder político local
- um administrador com forte presença no comando de fintechs
- um ecossistema financeiro ainda nebuloso
- e o afastamento judicial de um membro da família
forma um conjunto explosivo.
A sociedade entre Conrado Diedam e Fábio Correa Martins é hoje pilar central de um grupo de empresas que movimenta capital, investimentos, pagamentos e operações financeiras que vão muito além de Morrinhos.
O público tem o direito — e as autoridades, o dever — de saber:
Há transparência na movimentação financeira dessas empresas?
Existe rastreamento adequado dos recursos?
Houve prejuízo ou rombo dentro da fintech?
Há relação entre as investigações do MP e a estrutura privada do grupo Ciabra?
OPINIÃO
O que se vê é um núcleo empresarial poderoso, intimamente ligado ao poder político, administrado por uma dupla de sócios cuja relação vai além de meros negócios.
Quando o Ministério Público afasta uma secretária municipal que é esposa de um dos sócios principais, isso deixa claro que a fronteira entre o público e o privado não está bem definida.
E quando a estrutura societária revela uma teia de participações concentradas em duas pessoas, o risco de centralização, opacidade e controle absoluto cresce exponencialmente.
Por isso, sim:
é legítimo e necessário questionar se houve rombo financeiro, desvio interno ou operações irregulares dentro da fintech e de suas empresas associadas.
A investigação apenas começou — e os dois nomes no centro dela são claros:
Conrado e Fábio.

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