O artigo publicado neste domingo pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, chamado Hora de decidir, indica que ele apoia o governador de Goiás, Marconi Perillo, para a presidência do PSDB.
Num dos trechos, ele defende a mesma posição de Marconi, a respeito de um desembarque elegante do governo Michel Temer. "Não há como negar o apoio dado ao governo atual. A transição política exigia repor em marcha o governo federal, o que foi feito em áreas significativas.
Politicamente, contudo, há um ponto crítico e alguma decisão deverá ser tomada: ou o PSDB desembarca do governo na Convenção de dezembro próximo, e reafirma que continuará votando pelas reformas, ou sua confusão com o peemedebismo dominante o tornará coadjuvante na briga sucessória", escreveu FHC.
É a mesma posição externada pelo governador goiano numa entrevista recente. "O PSDB foi o principal partido, o protagonista do impeachment... Não se pode colaborar e de repente cruzar os braços e dizer que o problema não é comigo. O PSDB se dividiu ao meio sobre a manutenção ou não do apoio ao presidente... até o final do ano os ministros todos vão desembarcar do governo porque serão candidatos e dificilmente o PSDB voltará a ter nomes participando do governo. Vai ser uma saída mais elegante, menos traumática e mais natural", disse Marconi.
Em outro trecho, FHC foi ainda mais explícito e fez uma referência quase direta a Marconi. "O PSDB terá cara renovada em 2018? Os cabelos não precisam ser tingidos, mas a alma deve ser nova, para que a coligação que formar ganhe credibilidade e possa virar a página dos desastres recentes", afirmou.
FHC defendeu ainda que o PSDB faça um mea culpa, mas sem pisotear o senador Aécio Neves (PSDB-MG) – o que marca seu distanciamento em relação ao senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que concorre com Marconi.
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