De forma criativa, médicos cearenses descobriram uma nova utilidade para a pele da tilápia, um dos peixes mais comuns criados pelos piscicultores no Brasil.
A pele está sendo usada para o tratamento de queimaduras de segundo grau.
O experimento está sendo desenvolvido pelos médicos da UFC - Universidade Federal do Ceará com bons resultados.
Segundo Odorico Moraes, coordenador do projeto, até agora foram tratadas cerca de 70 pessoas - "A pele de tilápia resolve o problema de infecção decorrente dos ferimentos e acaba com a perda de líquidos pelos tecidos, um processo bastante comum em quem sofre queimaduras de segundo grau, que comprometem a epiderme - a camada mais superficial da pele. O tempo de recuperação do paciente também é muito menor, já que a pele do peixe é rica em colágeno tipo 1, que acelera a cicatrização".
Outro ponto positivo da pele do peixe é que ela diminui sensivelmente a dor dos pacientes. Não se sabe ainda se ela contém substâncias analgésicas ou anestésicas.
A tilápia é um peixe muito comercial para a alimentação, porém a sua pele normalmente era descartada.
Para a sua utilização a pele da tilápia precisa ser tratada. Um processo de esterilização retirada restos de gordura e músculos e o material é desinfetado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário