Goiás teve o segundo maior crescimento na produção industrial do País em janeiro, segundo a Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice, divulgado nesta terça-feira (14/3), aponta uma expansão de 2,4% na indústria goiana, enquanto a média nacional registrou queda de 0,1%, na comparação entre janeiro e dezembro de 2016. A maior alta foi registrada no Espírito Santo (4,1%).
Apesar da queda na média nacional, 9 das 14 regiões pesquisadas tiveram crescimento na produção industrial: além do Espírito Santo e Goiás, Pará (2,4%), Pernambuco (2,1%), São Paulo (1%), Minas Gerais (0,7%), Santa Catarina (0,6%), Amazonas (0,5%) e Rio de Janeiro (0,3%). Bahia (-4,3%), Ceará (-3,4%), Rio Grande do Sul (-3,1%) e Paraná (-0,8%) recuaram.
A taxa de produção industrial de Goiás também subiu no comparativo entre janeiro de 2017 com o mesmo mês de 2016. Nesse caso, o salto foi de 8,5%. De acordo com a pesquisa do IBGE, os setores que impulsionaram o crescimento foram os de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (91%) e de produtos alimentícios (9,1%).
A produção alimentícia é exatamente a que tem o maior peso no setor industrial de Goiás. Segundo o IBGE, ela foi beneficiada pelo aumento na produção de leite esterilizado, tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da produção do óleo de soja, além do próprio óleo de soja bruto, milho doce preparado e conservado e óleo de soja refinado. Também se destacaram os produtos químicos (24,5%), principalmente adubos e fertilizantes com fósforo e potássio. Em contrapartida, houve recuo na produção de veículos automotores, reboques e carrocerias (-56,7%).
A Pesquisa Industrial Mensal também demonstra que é o segundo mês consecutivo em que a indústria goiana registra crescimento, em comparação com o mês anterior. No acumulado de dezembro de janeiro, a alta chegou a 7,2%.
De acordo com a superintendente do Instituto Mauro Borges, Lilian Prado, a recuperação da indústria é um importante termômetro para a econômica goiana, principalmente para o trabalhador do setor. “Quanto mais a produção cresce, maior é a confiança dos empresários de que a economia está bem, aumentando assim as contratações”, diz.
O resultado demonstra, ainda, o resultado das políticas públicas do governo do Estado, tais como as missões comerciais lideradas pelo governador Marconi Perillo, segurança nos contratos, ajuste fiscal e consequente manutenção de investimentos mesmo em tempos de crise.
Na semana passada, por exemplo, Marconi Perillo acertou com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a retirada de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) que tramitava no Supremo Tribuna Federal (STF), por meio da qual o governado paulista tentava barrar os incentivos fiscais concedidos por Goiás ao setor produtivo. A medida foi considerada uma vitória pelo governo goiano.
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