Neymar da Silva Santos, pai do atacante do Barcelona e da seleção brasileira, prestou depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito da Máfia do Futebol, nesta terça-feira, para falar sobre a polêmica transferência do jogador do Santos ao time catalão.
Durante quase duas horas de sessão em Brasília, Neymar pai se defendeu dos crimes e sonegações que é acusado.
"A nossa empresa pagou mais do que a Receita está cobrando da gente. A Justiça ainda não determinou nada. Nós pagamos como empresa mais do que a fiscalização está nos cobrando", disse Neymar pai.
Neymar e sua família são investigados pelo fisco espanhol e pela Justiça brasileira por suposta sonegação fiscal.
No Brasil, a suspeita é que a família tenha usado a empresa que administra a carreira do jogador para pagar alíquotas de ‘pessoa jurídica', ao invés de alíquotas de ‘pessoa física', que são maiores, de 27,5%. Na Espanha a investigação é sobre a transferência de Neymar para o Barcelona.
A Receita brasileira cobra de Neymar impostos não pagos pela pessoa física que somam R$ 190 milhões, em impostos não pagos e multas.
"O fisco desconsidera o que eu paguei como Pessoa Jurídica e debita tudo isso no Neymar. Por isso que mostrei os contratos. Eu não falsifiquei os contratos que não fiz. Não quero chegar e falar que a Receita e órgãos regulamentadores estão errados. Pergunta para o Santos como os contratos foram falsificados", analisou o pai do jogador.
"O dinheiro foi recebido todo no Brasil, via Banco Central. Você não tem como trazer dinheiro do Japão, Inglaterra ou de qualquer lugar sem passar pelo Banco Central", completou.
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