A Polícia Civil, por meio do Grupo Antissequestro da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC), apresentou nesta sexta-feira (20/05), no auditório da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), o suspeito pela morte da corretora Núbia Francisco de Souza, de 46 anos. Antônio Rodrigues de Brito, de 40 anos, foi preso em flagrante e confessou o crime.
O vice-governador e secretário de Segurança Pública, José Eliton, participou do início da entrevista coletiva de apresentação do suspeito, quando lamentou o fato ocorrido, solidarizou-se com a família e parabenizou a equipe da Polícia Civil pela agilidade na investigação. “Essa corporação tem feito um belo trabalho e vai continuar da mesma forma, sem tolerar esse tipo de situação”, afirmou, ao lembrar que as forças policiais têm atendido a população dando respostas rápidas aos casos em Goiás. Como neste, em que Antônio foi preso menos de três dias após o registro da ocorrência de desaparecimento da corretora.
Eliton também demonstrou preocupação com episódios que ele classificou de “tristes e horrorosos”, “normalmente cometidos por reincidentes”. “A Polícia Civil tem trabalhado muito. O índice de resolutividade de crimes em Goiás tem sido muito acima da média nacional”, disse. O vice-governador e titular da SSPAP também afirmou que, apesar de o poder público procurar desempenhar bem as funções que lhe cabe, a política de segurança pública no país precisa ser rediscutida e Goiás tem feito seu papel apresentando um conjunto de propostas sobre o tema em nível nacional.
A entrevista coletiva contou ainda com a participação do chefe do Grupo Antissequestro da DEIC, delegado Valdemir Pereira, do superintendente de Polícia Judiciária da SSPAP, Ricardo Chueire, e do titular da DEIC, delegado Thiago Damasceno.
O crime
O chefe do Grupo Antissequestro detalhou como ocorreu a investigação e disse acreditar que o crime foi premeditado. "Ele já tinha esse pensamento [matá-la] quando ligou para ela na segunda-feira (16). Tanto é que ele não tinha mais as mesas e cadeiras prometidas para vender Núbia. Já tinha vendido na semana passada", explicou.
A corretora de imóveis Núbia Francisco, de 46 anos, desapareceu quando saiu para encontrar com Antônio, em Guapó, onde ele mora. Núbia compraria mesas e cadeiras que seriam revendidas em uma loja de móveis usados. Segundo familiares, ela já havia feito negócio anterior com Antônio.
“No veículo da vítima abandonado em um posto de gasolina desativado na saída para Trindade havia frascos de álcool. A partir de então fomos ao supermercado onde os produtos foram comprados e conseguimos chegar ao autor”, detalha Valdemir Pereira. Antônio levou R$ 850 que estavam com Núbia e disse ter pago algumas contas com a quantia.
Depois de preso, ele levou a polícia até um córrego na zona rural de Cezarina, a 64 quilômetros de Goiânia. O Corpo de Bombeiros foi acionado e conseguiu resgatar ocorpo da vítima que foi morta por asfixia e encontrada amordaçada e com os pés amarrados.
“Peço perdão para família dela e para minhas filhas. Foi um momento de bobeira”, disse o autor do crime durante a apresentação.No local onde o corpo da vítima foi encontrado, também estava um sapato usado por Núbia, além de um pedaço da corda que foi usado para amarrá-la.
“A polícia entende que ele tinha intenção de roubar o carro, devido aos seus antecedentes, mas o veículo teve problemas e ele não conseguiu leva-lo”, disse o investigador. Antônio já foi condenado por crimes de furto, roubo e receptação de veículos. Pelo morte de Núbia, vai ser indiciado por latrocínio e ocultação de cadáver.
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