terça-feira, 27 de outubro de 2015

Maurício de Sousa, Pai da Mônica, do Cebolinha e do Cascão Completa 80 Anos

Pai de Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e muitos outros personagens clássicos das histórias em quadrinhos nacionais, Mauricio de Sousa, completa, nesta terça-feira 80 anos — dos quais, 55 foram inteiramente dedicados à nona arte. 

Nascido em 1935, no interior de São Paulo, o criador da ‘Turma da Mônica’ chega ao seu octogésimo aniversário cheio de disposição e criatividade para sempre levar novidades ao público que admira seus personagens.

Para o pupilo e funcionário de Mauricio, o artista amazonense Rogério ‘Romahs’ Mascarenhas — que, há quatro anos, trabalha como um dos roteiristas dos gibis da ‘Turma da Mônica’ —, o aniversariante é um exemplo de pessoa, de quadrinista e de empresário.

“O Mauricio de Sousa tem uma visão diferenciada do negócio. Ele é um incrível cartunista e empresário e que, até hoje, diferente de outros artistas, mantém total controle sobre sua criação”, conta Romahs.

O roteirista ressaltou, ainda, o caráter paternal de Mauricio. “Da última vez que fui a São Paulo, fiquei no sítio dele e almoçamos juntos. É incrível perceber como ele trata bem todos os seus funcionários, a gente se sente como em uma grande família”, disse ele.

Romahs revelou, também, que, apesar disso, o pai da Mônica é muito exigente com o material apresentado. “Como ele trata seus personagens como filhos, ele é muito exigente. Todos os roteiros que escrevemos passam por seu crivo, antes de irem para o estúdio. Mas, o mais legal disso tudo é que ele nos liga para elogiar quando gosta muito da história, ou para dar conselhos quando acha que não estamos indo bem”, comentou o amazonense.

Primeiro autor do segmento dos quadrinhos a ingressar em uma academia de letras, Mauricio de Sousa, que é considerado escritor para crianças pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), fez e continua a fazer história no universo literário. Prova disso é sua participação destacada nas Bienais do Livros.

“Quando o conheci em uma Bienal, ele parecia um Beatle. As pessoas gritavam, se batiam, se empurravam para vê-lo mais de perto. Foi incrível”, lembrou Romahs.

Neste ano, Mauricio foi o grande homenageado da 17ª edição da Bienal do Livro Rio, que contou com diversas atividades relacionadas ao desenhista, na programação.

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