O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) lançou, nesta terça-feira (22), em Brasília, o Plano de Desenvolvimento da Aquicultura Brasileira (PDA). A iniciativa visa aumentar a produção de pescado no Brasil até 2020 e colocar o País em posição de destaque na atividade.
Orçado em R$ 500 milhões, o PDA vai incentivar o desenvolvimento da aquicultura em águas marinhas de domínio da União, a piscicultura em tanques e viveiros escavados, o desenvolvimento da carcinicultura (criação de camarões em viveiros), da Amazônia Legal e do semiárido.
De acordo com o ministério, o plano vai ordenar a atividade aquícola brasileira de modo a aproveitar os 8.500 km de costa marítima e a água doce disponível do País, dentro dos critérios estabelecidos pela Agência Nacional de Águas (ANA).
Segundo o ministro Helder Barbalho, o plano foi construído de forma participativa com o setor produtivo e tem o objetivo de ser um parâmetro na execução de políticas públicas de planejamento da atividade. “A aquicultura representa nova fronteira para o crescimento do nosso agronegócio”, destacou.
A maior novidade do Plano é a criação dos Distritos Industriais Aquícolas (DIA), que vão verticalizar a produção nos locais de maior potencial. “Tenho a certeza de que o PDA pode nos ajudar a conquistar os objetivos que todos queremos para a nossa aquicultura”, destaca o ministro
O negócio envolvendo o pescado no mundo movimenta US$ 600 bilhões todos anos. Entretanto, o Brasil é apenas o 12º maior produtor mundial em aquicultura. Com o Plano, a meta do governo brasileiro é chegar à 5ª colocação, com a produção de 2 milhões de toneladas por ano.
Acordo de cooperação
O ministro Helder Barbalho entregou o Registro Geral da Atividade Pesqueira na modalidade de aquicultor à empresa Tilabras S/A, uma sociedade entre a Regal Springs (a maior produtora de tilápia do mundo) e a brasileira Axial Holding.
A Tilabras irá investir US$ 51 milhões na criação de tilápias no rio Paraná. O ministro vai assinar ainda um Acordo de Cooperação Técnica entre o MPA e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para avaliação da pesca e aquicultura, ações de fomento, entre outros.
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