domingo, 31 de maio de 2015

Sem Patrocínio, Goiás Emite Nota de Repúdio à Caixa Econômica e Critica Governo Federal




O presidente do Goiás, Sérgio Rassi, manifestou nesta sexta-feira, por meio de nota oficial, seu descontentamento com a postura da Caixa Econômica Federal, que não patrocinará o clube esmeraldino. A atual gestão empenhou-se desde o início de 2014 em reduzir a folha salarial e tentar obter todas as certidões negativas necessárias para conseguir o patrocínio. De acordo com Sérgio Rassi, o Goiás só não teve o patrocínio antes porque não tinha as certidões. O GloboEsporte. comtenta contato com a Caixa, que ainda não se posicionou sobre o assunto.

– Estou perplexo com informação recebida e confirmada pela diretoria da Caixa que estamos “fora” do rol de times a serem patrocinados pela mesma em 2015 (…) Como o governo apregoa o rigor fiscal e trabalhista e marginaliza clubes que rezam sistematicamente desta cartilha?? Vejam a performance do GEC, financeiramente, em 2014. Fomos o time com melhor desempenho em termos de balança econômica, com redução de débito em 22% (cerca de 15 milhões de reais), em que pese toda a dificuldade de receita mencionada!! Ao passo que todos os demais times da série A (com exceção do Flamengo) aumentaram seus déficits financeiros – diz um trecho do documento emitido por Rassi.

O Goiás está sem patrocinador master desde maio do ano passado. O clube tem apostado na formação de jogadores e enxugou a folha salarial desde o início da gestão de Sérgio Rassi. Eventualmente a diretoria fecha acordo e estampa marcas de outras empresas em jogos isolados. Outra medida adotada, sobretudo no ano passado, foi tentar lucrar mandando jogos fora de Goiânia – contra o Botafogo, quando cumpria perda de mando e atuou em Juiz de Fora, e contra o Flamengo, quando jogou por conta própria em Cuiabá.

Confira a nota oficial emitida pelo presidente Sérgio Rassi
Estou perplexo com informação recebida e confirmada pela diretoria da Caixa que estamos “fora” do rol de times a serem patrocinados pela mesma em 2015!
Muito claro e certo na minha memória, quando há cerca de 2 anos, na gestão do Dr. Joao Bosco, lá fomos pedir este patrocínio e tivemos como resposta: “o Goiás Esporte Clube há 3 anos consta em nossa lista de intenções e, até o momento só dela não faz parte porque não é detentora das certidões negativas de débito; traga-as que vocês farão parte dessa lista”!!
No início de nossa gestão, há cerca de 14 meses, arregaçamos as mangas de nossas camisas e começamos a trabalhar neste sentido, cortando da própria carne. Obviamente que não por determinação da Caixa…mas por filosofia de trabalho, tendo, contudo, como premiação aos nossos esforços, o dito patrocínio. Tivemos redução brutal das quotas de TV por antecipações praticadas anteriormente, ficamos sem patrocinador máster em nossa camisa desde maio de 2014 e, ainda pior, não tivemos a compreensão de maioria de nossos torcedores que abandonaram os estádios! Ainda neste cenário adverso, instituímos medidas, tais quais, limitação salarial, recolhimento rigoroso de impostos, assim como quitação de dívidas trabalhistas e extrema contenção de gastos, com proibição de contratações de novos funcionários e demissão daqueles considerados supérfluos à instituição. Sob extrema dificuldade cumprimos nossas obrigações salariais em dia, assim como premiações por desempenho. Tivemos a competência de jogadores da base, que subiram ao time principal e, graças a esses heróis gladiadores esmeraldinos, fizemos boa campanha no campeonato nacional, em nenhum momento sob risco de rebaixamento, além da conquista do campeonato goiano de 2015 e a “quase” conquista de bicampeonato em 2014, em condições de exceção, não consolidadas.
Em 2015 muito alarde se fez à medida provisória adotada pelo governo no sentido de moralização fiscal e trabalhista. Batizada como “Proforte”, veio ganhando corpo e discussão ao longo dos meses, com diversas polêmicas e modificações. O Goiás Esporte Clube tem ficado alheio a essa situação, porque não precisa se adequar aos termos da medida! Conseguimos, por esforços próprios, cumprirmos além dos quesitos requeridos! 
Este é o grande paradoxo da questão!! Como o governo apregoa o rigor fiscal e trabalhista e marginaliza clubes que rezam sistematicamente desta cartilha?? Vejam a performance do GEC, financeiramente, em 2014. Fomos o time com melhor desempenho em termos de balança econômica, com redução de débito em 22% (cerca de 15 milhões de reais), em que pese toda a dificuldade de receita mencionada!! Ao passo que todos os demais times da série A (com exceção do Flamengo) aumentaram seus déficits financeiros.
Que país é esse, que vive do corporativismo e apadrinhamento de seus comparsas, praticando o clientelismo dos comissionamentos e superfaturamentos??
Que país é esse que não reconhece o mérito e o trabalho honesto!!
Que não premia o bom aluno ou o bom desempenho?? Que prefere virar as costas aos que prometeu ajudar se assim merecesse!!
Que país é esse governado por um partido há 4 quadriênios que tem “trabalho” em seu nome, mas é o que menos pratica ou reconhece!!
Torcedor esmeraldino, não precisamos desta humilhação!! Vamos estampar em nossa camisa aquilo que orgulhamos em expor! NOSSO PRÓPRIO NOME!!
Venha e assine-a comigo! Vamos mostrar a todos que somos maiores que nossas adversidades! Que esta injustiça nos faça crescer ainda mais, às nossas próprias custas e méritos!
Fonte: Globo Esporte

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