segunda-feira, 11 de maio de 2015

Marconi Autoriza Projeto Que Dá Autonomia à UEG


O governador Marconi Perillo assinou a autorização ao projeto que concede autonomia à Universidade Estadual de Goiás (UEG) a ser enviado à Assembleia nos próximos dias. A declaração foi dada, durante hangout (bate-papo virtual), sexta-feira, em resposta à pergunta de uma internauta, que o questionou sobre novas datas para concurso na instituição.

“Eu assinei ontem a autorização de um projeto de autonomia para a UEG. Pedi apenas ao secretário-Chefe da Casa Civil (José Carlos Siqueira), que consulte em um prazo de 15 dias sobre esse projeto de autonomia, que eu enviarei à Assembleia Legislativa. Com isso, concursos e todas as outras questões relativas à UEG serão definidas exclusivamente pelo reitor, pelos pró-reitores e pelo corpo dirigente da UEG”, disse.

Outro assunto questionado por internautas foi referente à inauguração do Hospital de Urgências Governador Otávio Lage, na Região Noroeste de Goiânia (Hugol). De acordo com o governador, até o fim de junho a unidade será entregue à sociedade em pleno funcionamento.

“Nessa semana mesmo definimos o repasse de recursos à Secretaria da Saúde para aquisição dos últimos equipamentos e o primeiro repasse à AGIR (Organização Social que gerirá o hospital). Com isto, nós temos tudo para chegar ao final do mês de junho com todas as condições objetivas para que o Hugo 2 (Hugol) seja aberto. Nós não vamos fazer uma inauguração pura e simples. Nós vamos inaugurar e já abrir imediatamente as portas”, garantiu.

No bate-papo virtual, o governador antecipou também a data para início da nova etapa do programa de reconstrução de rodovias estaduais. Segundo Marconi, o Rodovida 3 será lançado ainda no primeiro semestre deste ano.

“Nós temos um plano de reconstrução rodoviária. Nós tivemos o Rodovida Reconstrução 1 e o 2. Agora, estamos viabilizando a equação financeira para começarmos no Rodovida Reconstrução 3. Ele deverá ser iniciado provavelmente ainda no primeiro semestre deste ano. Já reconstruímos 4,5 mil quilômetros de rodovia e o programa de reconstrução 3 prevê a reconstrução de mais 4,2 mil quilômetros”, pontuou Marconi.

Ao internauta que o questionou se a vida de governador é muito cansativa e se haveria dias em que ele gostaria de ficar em casa descansando, Marconi afirmou: “Depende de quem é o governador. Eu gosto muito de trabalhar. Acordo muito cedo, durmo muito tarde, minha agenda é agitadíssima de domingo a domingo. Eu gosto muito do que faço. Se não gostasse, não teria me candidatado pela quarta vez. Faço com prazer, amor, dedicação, responsabilidade, espírito público. Não tenho dúvida que para conseguir sucesso é preciso trabalhar muito. O sucesso só chegar depois de exaustivo trabalho, planejamento, seriedade, responsabilidade e boa equipe. A cada ação bem executada a gente beneficia milhares, milhões de pessoas”.

Veja os principais trechos do bate-papo:

Hugo

Nós nos reunimos várias vezes nos últimos dias com o Sérgio Daher, que é o presidente da AGIR, com o secretário de Saúde, Leonardo Vilela, e equipe, com o presidente da Agetop, Jayme Rincón, que já entregou a obra, e com a secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão, no sentido de viabilizar os recursos para que os selecionados sejam contratados e os últimos detalhes do Hugol concluídos, para que o hospital tenha suas portas abertas. Nessa semana mesmo definimos o repasse de recursos à Secretaria da Saúde para aquisição dos últimos equipamentos e o primeiro repasse à AGIR. Com isto, nós temos tudo para chegar ao final do mês de junho com todas as condições objetivas para que o Hugo 2 (Hugol) seja aberto. Nós não vamos fazer uma inauguração pura e simples do Hugol. Nós vamos inaugurar e já abrir imediatamente as portas. E não tenho dúvida de que o Hugo 2 (Hugol) será um dos mais importantes benefícios sociais para a população. Será o maior hospital da região centro-norte do país, com 500 leitos, 21 centros cirúrgicos, 17 aparelhos de raio X, dois tomógrafos, toda uma ala especializada em queimaduras, 80 leitos de UTI em oito alas, enfim, um hospital de primeiro mundo, que vai tratar as pessoas de forma humanizada e vai completar a rede de hospitais de urgência do nosso Estado. Com ele teremos condições de prestar um serviço ainda mais qualificado na área da saúde.

Hospitais de Urgência

Nós já estamos construindo o Hugo da região Norte. Teremos nesse governo mais três no Entorno de Brasília. Com essa rede toda funcionando, teremos uma saúde mais humanizada. Os hospitais do governo de Goiás depois da implantação das OSs se transformaram em hospitais de alta qualidade. E esse é um compromisso nosso, continuar tratando com respeito a saúde das pessoas.

Bolsa Universitária

Nós paralisamos as inscrições neste semestre, porque estamos acima do limite do contrato que é estabelecido entre a OVG e o Governo do Estado. Esse contrato estabelece um teto máximo de 26 mil alunos por mês. E nós temos um pouco mais de 26 mil alunos recebendo a Bolsa. Acredito que no segundo semestre isso já esteja regularizado e nós possamos começar de novo as inscrições. Essa é a orientação que dei à professora Eliana França, que é a coordenadora geral da OVG, e que a Valéria também passou a ela. A Bolsa Universitária é um programa prioritário e, tão logo a gente tenha condições legais de voltar às inscrições, nós o faremos.

Projetos para juventude

Vamos ampliar o Passe Livre Estudantil. O programa já atinge toda a região metropolitana, agora estamos preparando estudos para Anápolis, Catalão e em seguida vamos ampliar para outras maiores cidades do Estado. Vamos manter o programa Bolsa Futuro, que já atendeu mais de 500 mil alunos, o programa Bolsa Universitária, o programa para jovens aprendizes, programas na área de ciência e tecnologia e vamos trabalhar para melhorar cada vez mais a educação. Não há nada mais importante do que a educação. E vamos ampliar os cursos profissionalizantes. Vamos entregar neste governo mais cinco escolas, que estão em construção, para formação e profissionalização de jovens.


Defensoria Pública

A Defensoria Pública é um avanço que se consolida nesse governo. Já fizemos a contratação de concursados anteriores, temos um concurso e nós vamos começar a convocar os primeiros concursados agora. Ao longo desse governo nós vamos definir todos os avanços que for preciso em relação à carreira, sempre observando a questão financeira, orçamentária. Não adianta gastar além do que a gente pode. Um dado importante que eu gostaria de destacar é o seguinte: nós estamos concluindo a formatação de um projeto de lei, que será enviado à Assembleia Legislativa pelo poder judiciário, relacionado a recursos e taxas que são pagos ao Judiciário. Parte desses recursos será destinada ao Executivo. E dos recursos destinados ao Executivo, uma parcela será destinada ao Fundo da Defensoria Pública. Com esse Fundo nós teremos condições de avançar muito em relação aos instrumentais de trabalho e às melhorias que a Defensoria precisa.

Segurança Pública

Segurança é algo que depende de uma junção de esforços. O problema da Segurança Pública no Brasil hoje é que a Constituição estabelece que só os governadores, só os governos estaduais, são obrigados a investir dinheiro público. Ao Governo Federal cabem apenas os gastos com as Forças Armadas, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. Eu tenho defendido que a Constituição seja mudada e o Governo Federal passe a ter responsabilidade financeira também em relação a esses gastos e investimentos. E que os municípios também tenham essa responsabilidade. Quanto mais dinheiro a gente colocar, mais segurança teremos. Nós investimos na construção e funcionamento de uma grande central de inteligência, comando e controle, que já funciona na Secretaria de Segurança. Estamos trabalhando através da inteligência para avançar no sentido de reduzir a criminalidade, os homicídios. Mas não é uma tarefa fácil e não pode ser só do Governo Estadual. É preciso também mudar a lei penal. Hoje um grande problema nosso é a reincidência no crime. A lei penal é de 1940, ou seja um código defasado em 75 anos. A polícia prende, mas a justiça é obrigada a soltar por conta de uma lei frágil. É preciso de muitas medidas. O Governo Federal tem R$ 11 bilhões em seu Fundo Penitenciário Nacional, que deveria ser destinado à construção de presídios novos, mas esse dinheiro é usado para o Governo fazer superávit primário, para o governo pagar contas externas. Por essas e outras razões é que a gente enfrenta dificuldades. Mas nós temos procurado fazer nossa parte.



Pequenos Produtores

O Governo tem feito ao longo dos meus governos muito em relação à cadeia produtiva do leite. Não só com relação a políticas tributárias em Goiás, mas também buscando entendimento com os governos de São Paulo e de Minas Gerais na regulação dos preços. Por mais que tenhamos oferecido condições tributárias para a indústria e, consequentemente, para o produtor, essa concorrência com São Paulo e Minas Gerais é muito desleal. Tenho conversado sobre alternativas que possam nos permitir colaborar ainda mais com esse segmento, que é um dos segmentos mais capilares, uma das cadeias que geram mais empregos no Estado de Goiás, e cujos produtores talvez sejam os mais prejudicados por conta da crise econômica, das dificuldades que vivemos no país, e dessas concorrências desleais.



Segurança Pública no Entorno do DF

Nós contratamos cerca de 2 mil policiais do Serviço de Interesse Militar Voluntário Especial (Simve) e destacamos parcela considerável ao Entorno de Brasília. É importante dizer que o Governo já paga uma gratificação especial para todo policial que serve no Entorno, para que eles tenham um salário compatível com os policiais de Brasília. A diferença é que quem paga os salários de policiais, médicos, professores em Brasília é o Governo Federal. Isso não acontece com Goiás. Ainda assim temos feito um esforço grande para oferecer melhores condições nessa área de segurança. O que tenho defendido é que o Governo Federal envie um projeto de emenda à Constituição garantindo recursos do Governo Federal para a Segurança Pública. E que o Governo Federal assuma juntamente com os governos de Brasília e de Goiás as responsabilidades de compartilhar soluções e recursos financeiros para melhorar a Segurança Pública no Entorno.



Transporte no Entorno do DF

Estamos conversando permanentemente com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Estamos pedindo, tanto eu quanto o governador de Brasília (Rodrigo Rollemberg), e já estivemos várias vezes na ANTT e no Ministério dos Transportes, é que a ANTT nos permita definir uma política que possa integrar definitivamente os governos de Goiás e de Brasília, com vistas a melhorar o transporte na região. Uma providência que estamos ultimando junto à ANTT é que o BRT de Brasília a Santa Maria se estenda a Valparaíso e Luziânia. Com isso, vamos ter melhoria para o transporte de massa.



Saúde no Entorno do DF

Nós assumimos o hospital municipal de Santo Antônio do Descoberto. O hospital ficou parado por mais de dez anos, estava sendo construído pela prefeitura. Nós assumimos, estamos concluindo a obra e vamos colocar para funcionar com o apoio do governo federal. Depois da conclusão, nós vamos equipar o hospital. Este será o Hugo 8, o hospital de urgências que vai ajudar muito a melhorar a vida de quem vive em Santo Antônio. Neste mês nós estamos recebendo o hospital de Águas Lindas, que também estava paralisado. Vamos assumir responsabilidade de concluir a obra, de equipá-lo em parceria com o Ministério da Saúde e depois de pagar o funcionamento do hospital. Por fim, nós já estamos no processo de desapropriação de uma área na região do Entorno Sul, que fica nas divisas de Novo Gama, Valparaíso, Cidade Ocidental e Luziânia, para construirmos o Hugo 10, que será um grande hospital de urgências construído neste governo para atender a região do Entorno Sul.



Desenvolvimento

O desenvolvimento industrial é muito importante, porque gera muito emprego. Goiás só se destacou no Brasil na diminuição das diferenças sociais, na melhoria dos salários e empregos, no PIB e nas exportações, exatamente porque focamos tudo na industrialização.

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