Com o coração quase saindo pela boca, o torcedor atleticano fez o Serra Dourada se transformar em Antonio Accioly. Chamado para dar a sua parcela de contribuição, os quase 20 mil torcedores rubro-negros, tomaram as dependências do Serra Dourada para resgatar a história de um time. O Atlético renasceu. Renasceu duas vezes. Renasceu em 2005 e voltou a renascer em 2013.
Talvez a dificuldade de renascer este ano tenha sido maior do que a dificuldade de 2005. A vitória contra o Guaratinguetá, da forma como aconteceu. Foi no sufoco, depois dos 40 minutos do segundo tempo, quando a esperança já tinha ido embora. Ricardo Jesus ressurgiu, de onde não sei, só sei que assim como o Atlético, ele ressurgiu, como se já estivesse escrito em algum lugar. Primeiro para fazer um cruzamento certeiro e colocar a bola na cabeça de Juninho, com seus 1,65 de altura, fazer um improvável gol de cabeça que fez vibrar o coração do torcedor atleticano. Depois, ele próprio, Ricardo Jesus recebeu um belo passe de Juninho, já nos acréscimos, acabou com o sofrimento do torcedor atleticano.
2x0 livrou o Atlético do rebaixamento e salvou o torcedor do sofrimento.
O Atlético não tem um grande time, não tem uma grande torcida, mas tem uma grande história. Futebol é feito de paixão e emoção. Se este ano faltou paixão para o torcedor atleticano, sobrou emoção. Emoção essa que faz dobrar a paixão rubro-negra.
Paixão que não se mede pela quantidade de torcedores, mas sim pela intensidade com que se chora as derrotas e se comemora as vitórias.
4 comentários:
Belissimo texto...
Detalhe. 20 mil presentes e nenhuma briga. Única torcida que é família....
Texto de um verdadeiro jornalista/desportista do futebol goianoa
Parabens pelo texto.
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