terça-feira, 23 de abril de 2013

Governo Quer Impedir Que Empresas e Pessoas Físicas Tenham Direitos Econômicos de Jogadores

Fonte: Site Resenhaesportiva.com
Os grandes clubes brasileiros com raríssimas exceções tem pendências com a União. Impostos Federais, FGTS e INSS. Isto tem gerado sérios problemas para vários clubes. Em 2011 os 15 maiores clubes brasileiros deviam a bagatela de R$ 3,2 bilhões de reais. 


Recentemente o Flamengo renegociou as suas dívidas e conseguiu tirar as certidões negativas. Tudo para viabilizar o patrocínio junto à CEF Caixa Econômica Federal. O mesmo patrocínio que o Goiás não conseguiu pela falta das certidões. 

Semana passada a transferência do zagueiro Dedé para o Cruzeiro foi bloqueada devido a dívidas do Vasco junto à União. 

A inadimplência também impede que os clubes consigam captar verbas públicas com Projetos usando a Lei de Incentivo ao Esporte. 

O Ministério dos Esportes sinalizou com uma Medida Provisória para a Reestruturação destas dívidas. O Projeto prevê o parcelamento das dívidas em 20 anos e o abatimento do valor total por meio de investimentos sociais ou em esportes olímpicos. 

Um dos pilares do projeto é a reestruturação da Timemania. A loteria deve sofrer mudanças que tornem mais atrativa ao apostador e que tenha uma adesão maior dos torcedores dos clubes. 

A grande resistência ao Projeto vem de onde menos se esperava. Dos Clubes! Um dos pontos da Medida Provisória é impedir que pessoas físicas e empresas continuem a ter direitos econômicos de jogadores. 

Na visão dos cartolas seria uma verdadeira tragédia. Hoje a grande maioria dos atletas dos grandes clubes tem os direitos econômicos “fatiados”. Vejamos o exemplo de Neymar – O Santos tem 55%, o Sondas 40% e a Teisa 5%. Empresas como Energy Sports, Liga Participações e Intermediações e Ability ficariam impedidas de ter percentuais de atletas. 

Outro exemplo é o Goiás que assinou contrato com a Luppi Investimentos e vendeu 50% dos direitos econômicos de todos os jogadores da base revelados entre 2006 e 2011. 

Sem este dinheiro os clubes não teriam como fazer as contratações e muitos negócios que hoje são mal explicados deixariam de ocorrer.

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